Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DELÍRIOS IMPERIAIS DO PT

NIVALDO CORDEIRO


DELÍRIOS IMPERIAIS DO PT
08/08/2010




Mesmo o brasileiro mais desatento pode perceber, a olhos nus, os movimentos diplomáticos desastrados que Lula e o PT impuseram ao Brasil nos últimos anos. Alucinação completa: apoio ao Irã e à sua bomba atômica, apoio incondicional a Cuba de Fidel (com desprezo acintoso pelos direitos humanos), apoio ao Hamas e demais movimentos armados palestinos contra Israel, tutela e apoio incondicional a Hugo Chávez (com direito a hostilizar a Colômbia), apoio a Evo Morales, ao bispo polígamo do Paraguai, ao delirante revolucionário do Equador, a desastrosa tentativa de intervenção em Honduras, a cumplicidade com as FARC no âmbito do Foro de São Paulo e, por tabela, com o tráfico de drogas realizado pelos terroristas tornados narcotraficantes.

Não se pode esquecer do deliberado afastamento dos EUA, tanto no que se refere à linha política, quanto ao comércio bilateral. Neste ano aquele país deixou de ser o principal parceiro comercial brasileiro, dando lugar à China, fato que coincidiu com o ápice da perda de mercado dos manufaturados na nossa balança comercial. A China, se compra matérias primas e alimentos, é também uma feroz e desleal concorrente no segmento dos manufaturados. Está destruindo a nossa indústria, a começar pela fatia que tinha no mercado internacional.

Nada ao acaso. Li hoje um longo e esclarecedor artigo de Samuel Pinheiro Guimarães (A América do Sul em 2022) no qual, em 69 parágrafos, o ideólogo máximo da política externa brasileira expressa sua inadequada e pornográfica visão de futuro da nossa diplomacia, que é a visão a ser seguida em caso de vitória da candidata governista, Dilma Rousseff. O resumo de suas teses é que o Brasil deve se comportar com os vizinhos com bonomia e liberalidade, financiando e dando infra-estrutura em nome da integração. Ao mesmo tempo, fazendo da China e da Índia seus parceiros comerciais preferenciais, ignorando por completo os EUA e a União Européia. Em todo o texto um incontido ódio a esses parceiros tradicionais é manifestado. Nas suas palavras:

Em uma economia mundial em que países como a Índia e a China detêm cerca de 30% da população mundial, com índices de consumo de calorias extremamente baixos, e com economias em rápida e contínua expansão, já que a China cresceu a 10% a.a. em média nos últimos 30 anos e a Índia a 8% a.a.nos últimos dez anos, com escassez crescente de minérios e alimentos, em um contexto de acirrada disputa mundial por recursos, a América do Sul é vista como uma fonte especialmente importante desses recursos”.

O ideólogo do PT se esquece que, qualquer que se já o cenário para os próximos anos, EUA e Europa continuarão a ser o centro propulsor da economia mundial e mais faria sentido se aproximar deles, propiciar a integração e fazer da política comercial um instrumento para o bem estar geral dos brasileiros. Na parte final do texto, pomposamente apelidada de “Um plano para a América do Sul”, Samuel vai ao limite do delírio quixotesco ao fazer um paralelo entre a situação atual da América do Sul com a Europa de depois da Segunda Guerra Mundial. O recurso sofístico é comparar indicadores econômicos e sociais, como se aqui tivesse havido uma destruição em larga escala, como os escombros daquela guerra chagavam a Europa de então. Propõe algo equivalente ao Plano Marshall, com o principal papel cabendo ao Brasil, naturalmente. Nas suas palavras:

Os países da região maiores e mais avançados, econômica e industrialmente, terão de articular programas de desenvolvimento econômico para estimular e financiar a transformação econômica dos países menores; abrir, sem exigir reciprocidade, seus mercados e financiar a construção da infraestruturadesses países e sua interligação continental. O Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul – FOCEM é um primeiro passo nesse sentido, ao reconhecer a especial responsabilidade dos países maiores no desenvolvimento do Mercosul e seus princípios podem servir como base para um programa, que terá de ser muito mais amplo, no âmbito sul-americano”.

A pergunta que não quer calar: com que dinheiro? O que os brasileiros que não são filiados ao PT ganhariam com isso? O que fazer com os nossos próprios bolsões de pobreza? Claro, na mente do delirante Samuel tudo se passa no mundo do “como se”: como se o Brasil fosse rico, como se pudesse exportar capitais em larga escala, como se os países vizinhos quisessem nosso imperialismo de bonomia, como se os EUA fossem ficar de braços cruzados, como se o mundo coubesse na sua pornográfica imaginação.

Essa política já está em curso, como podemos ver na decisão de construir grandes conglomerados empresariais brasileiros, basicamente financiados e protegidos pelo Estado. Veja-se o que está sendo feito com os recursos do BNDES, conforme estampado como manchete principal do jornal Folha de São Paulo de hoje (Doze grupos ficam com 57% dos repasses do BNDES). É o capitalismo dos compadres, que faz do Estado o maior incentivador da concentração empresarial que se tem notícia, destruindo no caminho milhões de pequenas empresas, asfixiadas, por um lado, pelos enormes impostos e regulamentaçõesincumpríveis e, do outro, pela competição desleal dos grandes grupos empresariais subsidiados pelo governo.

O delírio imperialista do PT e dos ideólogos como Samuel Pinheiro Guimarães está criando um clima de horror para os pequenos empresários em nossa economia. O desastre é certo. O PT é o pai e a mãe dos monopólios e oligopólios que matam as pequenas empresas e esfolam os consumidores. É isso que explica porque Dilma Rousseff é a candidata de gente como Abílio Diniz, Lilly Marinho, grandes banqueiros, empresas de Telecom, e todos os setores altamente oligopolizados. Estão esculpindo os delírios mais espúrios de teóricos como Lênin e Hilferding. Estes imaginaram que assim seria o estágio final do capitalismo oligopolista. O PT resolveu materializá-lo, matando as pequenas empresas e esfolando os consumidores, patrocinando o grande final do capitalismo em grande estilo. E sonhando em dominar com bonomia e consentimento os vizinhos latino-americanos.


Cavaleiro do Templo: Olavo de Carvalho explica muito bem. Estamos na "era" dos METACAPITALISTAS.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".