Henning Albert Boilesen (Copenhague, 1916 - São Paulo, 15 de abril de 1971) foi um empresário dinamarquês radicado no Brasil, presidente da Ultragás, e acusado por militantes de esquerda de ser um dos financiadores da Operação Bandeirante, de ensinar técnicas de torturas e de ser agente da CIA. Foi assassinado por militantes do MRT e da Ação Libertadora Nacional (ALN) em 15 de abril de 1971, na cidade de São Paulo, SP.
Boilesen, foi um dos primeiros grandes empresários a financiar o aparato político-militar brasileiro, que torturou e matou em São Paulo, por meio da Operação Bandeirante (OBAN), que viria a ser o embrião do modus operandi dos DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações-Coordenação de Defesa Interna).
Presidente do grupo Ultra, Boilesen foi executado a tiros por militantes guerrilheiros urbanos de duas organizações de esquerda, em 1971, em São Paulo. Seus executores o escolheram como exemplo para um "justiçamento", acusando-o de ajudar no financiamento da repressão e de assistir a sessões de tortura de presos políticos. Boilesen gozava da intimidade dos agentes de segurança da OBAN, havendo até um instrumento de tortura conhecida como Pianola Boilesen, em homenagem ao empresário que trouxe do exterior uma máquina de eletro-choque acionada por teclado.
O documentário Cidadão Boilesen de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg, conta a história do empresário. A partir da trajetória de Boilesen, um cidadão marcado pelas ambiguidades e paradoxos típicos dos seres humanos fascistas, o filme vai até a Dinamarca, visita os arquivos de histórico escolar da escola onde Boilesen estudou quando criança e adolescente no início do século passado; além de entrevistar amigos, colaboradores civis e militares do empresário, o filho mais velho deste, o cônsul americano em São Paulo à época dos acontecimentos e um dos guerrilheiros que participaram da morte de Boilesen. Contém ainda depoimentos de figuras como o ex-Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo Paulo Egídio Martins, Erasmo Dias e do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, entre outros personagens importantes da época. O filme debate fartamente o hábito do empresário de assistir as sessões de tortura, mesmo na ausencia de provas.
A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi uma organização guerrilheira, revolucionária brasileira de tendência comunista que empreendeu luta contra o regime militar no Brasil (1964-1985). O grupo surgiu no fim de 1967, com a saída de Carlos Marighella do Partido Comunista do Brasil (ex-PCB), após sua participação na conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) em Havana (Cuba).
Para Luís Maklouf Carvalho, a ALN era a a organização mais estruturada da guerrilha urbana, sendo também aquela onde a quantidade de mulheres a ela vinculada era proporcionalmente maior do que em outras organizações.
Em seu programa de ação a Ação Libertadora Nacional audodefinia-se da seguinte forma: Todos nós somos guerrilheiros, terroristas e assaltantes e não homens que dependem de votos de outros revolucionários ou de quem quer que seja para se desempenharem do dever de fazer a revolução. O centralismo democrático não se aplica a Organizações revolucionárias como a nossa.
Segundo pesquisadores e militantes de esquerda, como Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio (ambos ex-guerrilheiros), a ALN tinha a proposta de uma ação objetiva e imediata contra a ditadura militar, defendendo a luta armada e a guerrilha como instrumento de ação política.
Em declaração ao jornalista Elio Gaspari, Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de Ditadura Militar, Esquerda e Sociedade, disse: Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.
Também segundo Jarbas Passarinho, político e militar de direita, ministro do governo Médici e um dos participantes da reunião governamental que decidiu pela instituição do AI-5, o objetivo da ALN era a construção de uma ditadura de esquerda (socialista).
Boilesen, foi um dos primeiros grandes empresários a financiar o aparato político-militar brasileiro, que torturou e matou em São Paulo, por meio da Operação Bandeirante (OBAN), que viria a ser o embrião do modus operandi dos DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações-Coordenação de Defesa Interna).
Presidente do grupo Ultra, Boilesen foi executado a tiros por militantes guerrilheiros urbanos de duas organizações de esquerda, em 1971, em São Paulo. Seus executores o escolheram como exemplo para um "justiçamento", acusando-o de ajudar no financiamento da repressão e de assistir a sessões de tortura de presos políticos. Boilesen gozava da intimidade dos agentes de segurança da OBAN, havendo até um instrumento de tortura conhecida como Pianola Boilesen, em homenagem ao empresário que trouxe do exterior uma máquina de eletro-choque acionada por teclado.
O documentário Cidadão Boilesen de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg, conta a história do empresário. A partir da trajetória de Boilesen, um cidadão marcado pelas ambiguidades e paradoxos típicos dos seres humanos fascistas, o filme vai até a Dinamarca, visita os arquivos de histórico escolar da escola onde Boilesen estudou quando criança e adolescente no início do século passado; além de entrevistar amigos, colaboradores civis e militares do empresário, o filho mais velho deste, o cônsul americano em São Paulo à época dos acontecimentos e um dos guerrilheiros que participaram da morte de Boilesen. Contém ainda depoimentos de figuras como o ex-Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo Paulo Egídio Martins, Erasmo Dias e do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, entre outros personagens importantes da época. O filme debate fartamente o hábito do empresário de assistir as sessões de tortura, mesmo na ausencia de provas.
A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi uma organização guerrilheira, revolucionária brasileira de tendência comunista que empreendeu luta contra o regime militar no Brasil (1964-1985). O grupo surgiu no fim de 1967, com a saída de Carlos Marighella do Partido Comunista do Brasil (ex-PCB), após sua participação na conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) em Havana (Cuba).
Para Luís Maklouf Carvalho, a ALN era a a organização mais estruturada da guerrilha urbana, sendo também aquela onde a quantidade de mulheres a ela vinculada era proporcionalmente maior do que em outras organizações.
Em seu programa de ação a Ação Libertadora Nacional audodefinia-se da seguinte forma: Todos nós somos guerrilheiros, terroristas e assaltantes e não homens que dependem de votos de outros revolucionários ou de quem quer que seja para se desempenharem do dever de fazer a revolução. O centralismo democrático não se aplica a Organizações revolucionárias como a nossa.
Segundo pesquisadores e militantes de esquerda, como Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio (ambos ex-guerrilheiros), a ALN tinha a proposta de uma ação objetiva e imediata contra a ditadura militar, defendendo a luta armada e a guerrilha como instrumento de ação política.
Em declaração ao jornalista Elio Gaspari, Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de Ditadura Militar, Esquerda e Sociedade, disse: Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.
Também segundo Jarbas Passarinho, político e militar de direita, ministro do governo Médici e um dos participantes da reunião governamental que decidiu pela instituição do AI-5, o objetivo da ALN era a construção de uma ditadura de esquerda (socialista).
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