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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entrevista com Indira de Peña Esclusa

MÍDIA SEM MÁSCARA

IndiraRamirezdePenaEsclusa"Meu avô e meu sogro sofreram o cárcere por defender a liberdade". Em entrevista publicada pelo diário "Tal Cual",a esposa de Alejandro Peña Esclusa, Indira Ramirez de Peña Esclusa, assinala que a defesa da democracia tem sido uma constante em sua família. Que Alejandro encontra-se bem de saúde, com bom ânimo e firme em suas convicções.
Parece que a família de Alejandro Peña Esclusa estava sentenciada a suportar a calamidade de que seus integrantes sejam levados ao cárcere por motivos políticos. José Ramón Perdomo, o avô de Indira Ramírez de Peña e esposa de Peña Esclusa, era um soldado na época de Juan Vicente Gómez, encarregado de fazer a guarda dos presos da Generación del 28. Passava remédios, cigarros e cartas a Ramón J. Velásquez e outros, até que descobriram e o deixaram encarcerado em La Rotunda.
Por sua parte, o pai de Peña Esclusa era capitão do Exército quando Marcos Pérez Jiménez governava. Apesar de não ser político, em uma oportunidade lhe perguntaram se estava de acordo com que se submetesse o mandatário a um referendo e, como respondeu afirmativamente, foi privado de sua liberdade e encarcerado no Castillo de La Guaira. Indira Ramírez considera que ao longo da história tocou-lhes defender a democracia.
Eis a entrevista com Indira Ramirez de Peña Esclusa.

Como têm sido estes dias sem Peña Esclusa no lar?
O mais difícil tem sido explicar à minha filha de oito anos tudo o que está acontecendo com seu pai. Quando minhas três filhas viram os explosivos na casa se deram conta de que era uma farsa. Tinham medo, choravam constantemente e estavam muito nervosas. Porém, com o passar dos dias elas compreenderam a situação. Apelei para fatos familiares explicando-lhes que seus avós estiveram presos na ditadura e agora também seu pai. Sob essa premissa, elas assumiram uma atitude bastante firme.
Que papel teve que assumir desde que seu esposo está privado de liberdade?
Sou comunicadora social, porém me dediquei a meu lar. Alejandro se encarregava de sustentar a família; agora eu tenho que assumir toda a responsabilidade. Me propus a lutar em instâncias internacionais. Denunciar o sistema de perseguição que há no país.
Qual é o estado de saúde de Peña Esclusa?
Indira Ramírez comentou que seu esposo está há 23 dias sem ver o sol. Para ver o sol por meia hora ele deverá cumprir um mês, conta. Está se cuidando muito e, apesar de estar preso em um recinto que mede 3 x 3, faz ginástica. Levamos comida saudável para que mantenha os ótimos níveis de saúde. Animicamente e sentimentalmente está fortalecido. Hoje completa 23 dias no cárcere. Até agora não o maltrataram fisicamente, porém conseguiram o que queriam: desprestigiá-lo.
A senhora acredita na justiça venezuelana?
Eu não espero um mínimo de justiça por parte do juiz Luís Cabrera que conduz o caso. Porque se à juíza María Lourdes Afiuni prenderam por ditar uma sentença de liberdade para Eligio Cedeño, nem imagino o que podem fazer ao juiz que dê casa por cárcere ou liberdade a Peña Esclusa, que tem sido crítico de Chávez e não parou de assinalá-lo como totalitário. O juiz Luís Cabrera é simplesmente um refém. Todas as sentenças dos juízes deste país estão sob suspeita, enquanto Afiuni permaneça no cárcere. Todos os juízes deste país estão assustados.

* - Entrevista realizada para o diário "Tal Cual" da Venezuela, em 05 de agosto de 2010.
Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".