LUCIANO AYAN
Fonte: Paulopes
A Arquidiocese de Washington, no Distrito de Columbia (EUA), suspendeu o padre Marcel Guarnizo (foto) por ter negado a comunhão a uma lésbica durante o funeral de sua mãe, ao final de fevereiro.
Barbara Johnson, 51, disse ao Washington Post: “Ele [o padre] falou que não poderia me dar a comunhão porque eu vivia com uma mulher, o que, aos olhos da igreja, é pecado”.
Comunicado da arquidiocese afirma que o padre foi afastado de suas atividades por apresentar “comportamento de bullying incompatível com o seu ministério sacerdotal”.
A atitude do padre dividiu os católicos. Uns acharam que ele apenas estava colocando em prática o que a igreja prega, e outros afirmaram que se tratou de um exagero.
Após o constrangimento, Johnson disse que Guarnizo teria de prestar contas de seu comportamento no Juízo Final. Afirmou, também, que ia fazer de tudo para impedir que ele voltasse a ter contato com fiéis.
Pelo comunicado, contudo, o afastamento do padre é temporário, pelo tempo suficiente “para resolver a questão adequadamente”.
Meus comentários
O pessoal da Arquidiocese de Washington perdeu definitivamente o juízo.
E estrategicamente cometeram um erro que terá consequências graves. Explico melhor: em termos corporativos, se algum rival político (*) diz que você não fez algo que ele ACHA que você deveria fazer, mas você de fato NÃO DEVERIA fazer, e mesmo assim você aceita, está abrindo brechas para ser desrespeitado em largas quantidades.
Aliás, se fizer isso continuamente, é melhor procurar outro emprego, pois ninguém vai te respeitar mais. E, se tiver cometido tal erro estratégico, não merece ser respeitado mesmo.
Que mensagem a Arquidiocese de Washington esta passando aos seus adversários? Simples. Eles estão dizendo que dentro das suas igrejas pode tudo. Quem sabe, no futuro, um gay poderá entrar lá e começar a transar com seu companheiro na frente de todos, e AI do padre que tentar intervir. Quem sabe algum deles poderia tentar até EJACULAR na cara do padre.
Estou exagerando? Não. Veja o que ocorre corporativamente com quem abre as pernas indevidamente.
E ainda eles tem a cara de pau de dizer que o padre punido teve “comportamento de bullying incompatível com o seu ministério sacerdotal”. Nada disso. Ele apenas cumpriu a sua doutrina.
Bullying na verdade vai ser aquele sofrido pelos cristãos norte-americanos, POR CONIVÊNCIA de gente como os líderes da Arquidiocese de Washington.
Ingenuidade tem limites.
(*) Exceção é aberta no caso desta pessoa ser teu chefe. Mas aí raramente falamos de um rival político, e nesse caso é sempre melhor procurar outro emprego.
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