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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A intimidação do ozônio: uma retrospectiva

MISES BRASIL
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

por Rod Rojas


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Lembra-se de quando a redução da camada de ozônio iria fazer com que todos nós morrêssemos de melanoma maligno, há apenas alguns anos?  Essa intimidação do ozônio parece ter saído da pauta do terrorismo ambiental completamente.

Como você deve se lembrar, os clorofluorcarbonetos (CFCs) eram o capeta da época, desempenhando o mesmo papel que o dióxido de carbono (CO2) desempenha hoje no amedrontamento do aquecimento global.  Ambientalistas alegavam que o CFC iria, de alguma forma, subir mais de 64 km da superfície da terra até a camada de ozônio, não obstante o fato de os CFCs serem aproximadamente cinco vezes mais pesados que o ar.  Sem dúvida alguma, um caso típico de tijolos flutuantes.

Ao banirem os CFCs em 1989, os 196 países que assinaram o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozônio perderam uma segura, barata, não-tóxica, quimicamente inerte, não-corrosiva e não-inflamável fonte para componentes de geladeiras, propelentes e sistemas de controle de incêndio.

Como ocorre com a maioria das regulamentações, a proibição do CFC atingiu os mais pobres com bem mais intensidade.  Milhões de geladeiras em perfeito estado de funcionamento não mais poderiam ser recarregadas com Freon, de modo que todo mundo foi obrigado a comprar novos eletrodomésticos, agora sem o CFC.  Tal medida, obviamente, foi especialmente difícil para aqueles de baixa renda.

Outro grupo que ainda hoje sofre bastante com tal medida é aquele formado por asmáticos.  Os inaladores com CFC foram substituídos por inaladores com HFA (hidrofluoroalcano), os quais, segundo os relatos de vários médicos, possuem uma eficácia apenas marginal quando comparados à versão de CFC, a qual propiciava um alívio mais rápido e mais duradouro à agonia da asfixia.  Muitos doentes de asma descobriram que, ao passo que os inaladores de CFC faziam com que apenas uma inalada fosse suficiente para reabrir as vias respiratórias, os novos inaladores sem CFC requerem duas ou mesmo três inaladas para funcionar.  Isso elevou o custo da medicação devido ao aumento da dosagem.  Para aumentar ainda mais os estragos, os inaladores de HFA, por serem uma introdução recente, são protegidos por patentes, ao passo que os inaladores de CFC já eram genéricos (não-patenteados).  Os preços por inalador aumentaram sensivelmente.  Apenas nos EUA, eles saíram da faixa dos US$ 5 — US$ 25 para a faixa dos US$ 30 — US$ 60.

Desnecessário dizer que os pagadores de impostos ainda estão sendo obrigados a financiar mais pesquisas nessa área fraudulenta, e que a proibição do CFC ainda segue viva e robusta.  Como sempre, regulamentações e financiamento público são muito facilmente implementados — especialmente quando o público é manipulado com táticas terroristas — e muito difíceis de serem revertidos.  Com efeito, regulamentações quase nunca são revogadas, e as instituições encarregadas de colocá-las em vigor apenas ocasionalmente são desmanteladas.

É importante reconhecer o padrão comportamental de governos, ONGs e cientistas ao analisarmos táticas similares de amedrontamento, como chuva ácida, bug do milêniodoença da vaca loucagripe suína e agora as mudanças climáticas e o terrorismo.  Medo e culpa são as típicas ferramentas utilizadas para roubar a liberdade e o dinheiro dos indivíduos.  Essa tática do medo promove uma arquitetura cada vez mais centralizada de nossas escolhas e faz com que haja transferências de poder e riqueza cada vez maiores para os governos.

Intimidações ambientais são particularmente eficazes porque combinam os efeitos do medo e da culpa.  Esses cenários do tipo "homem-contra-a-natureza" propiciam infinitas possibilidades para que retirem nossas liberdades mais básicas, a menos que o poder seja completamente retirado dos governos.

Enquanto não entendermos que homem e natureza são a mesma coisa, nunca haverá um grau de subdesenvolvimento baixo o bastante para saciar os ecofanáticos.  O suposto filósofo e pensador do movimento ecológico, Derrick Jensen, escreveu que "a civilização não é e nunca poderá ser sustentável".  Não devemos nunca subestimar esse tipo de declaração, especialmente vinda de um sujeito como Jensen, que possui uma ampla platéia e que já defendeu aberta e repetidamente o uso da violência militante para se alcançar objetivos ambientais.  É preciso estar sempre alerta, não para a possibilidade de ações violentas de grupos ecológicos liderados por Jensen, mas para o talento dos governos em cultivar tais ideias e utilizá-las em proveito próprio.

Assim que o mito da mudança climática começar a perder impacto e a população se cansar dessas táticas terroristas, pode esperar pela invenção de novas intimidações.

Rod Rojas é corretor de seguros e atua como conselheiro financeiro para assuntos pessoais, corporativos e de políticas públicas.  É membro do Partido Libertário de Ontário.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".