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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anthony Comstock: o primeiro ativista pró-vida da história moderna

JULIO SEVERO

12 de maio de 2010

Pioneiro na luta contra o aborto e em iniciativas para pressionar o Congresso e os políticos a proteger as famílias e suas crianças e adolescentes

Julio Severo
Apresentar filmes e materiais pornográficos para crianças e adolescentes sob a capa de “educação sexual”, mostrando cenas e posições explícitas de sexo, inclusive homossexual. Expor crianças e adolescentes a métodos chamados de “planejamento familiar”, inclusive aborto, para impedir a gravidez como se a gravidez fosse uma doença sexualmente transmissível. Esse, infelizmente, é o padrão de violência criminosa que predomina nas escolas e na sociedade quando os pervertidos não são impedidos de mudar as leis e a cultura.
A vasta maioria dos esforços para expor crianças e adolescentes à educação sexual pornográfica e informações e “serviços” de aborto e contracepção é resultado das campanhas da Federação Internacional de Planejamento Familiar, fundada na década de 1950 por Margaret Sanger. Foi um imperialismo cultural e pornográfico que venceu primeiramente as barreiras legais nos EUA e depois se expandiu como vírus para o resto do mundo.
Hoje a Federação Internacional de Planejamento Familiar é a maior promotora mundial de contracepção, aborto e educação sexual pornográfica nas escolas.
De acordo com Sanger, o controle da natalidade
Destruiria o Cristianismo.
Exterminaria a raça negra.
Purificaria a raça branca.
Promoveria o aborto como direito humano das mulheres.
A violência sexual oficialmente travestida de educação para crianças e adolescentes hoje é algo criminoso, e é assim que Anthony Comstock a encarava. Desde o final da década de 1860, seu alvo de ação era o combate às propagandas de pornografia, aborto e controle da natalidade. Nascido em 1844 em Connecticut numa cidade chamada Nova Canaã, desde menino ele adorava ler a Bíblia e era um evangélico que não praticava o Cristianismo apenas dentro da igreja. Ele acabou se tornando um obreiro ativo na Associação Cristã de Moços (ACM) de Nova Iorque. A ACM era uma organização evangélica muito conhecida, onde até mesmo o famoso pregador D.L. Moody era membro ativo.
Nessa época, a ACM fundou a Sociedade para a Eliminação dos Vícios para avançar o trabalho de Comstock, onde ele atuou como secretário até sua morte.
Ele lutava contra os vícios sociais fazendo pressão sobre os legisladores. Ele viajava para Washington DC e convencia os congressistas da necessidade de leis para proteger as famílias e suas crianças e adolescentes contra a pornografia. Tais iniciativas pioneiras foram as primeiras demonstrações de lobby pró-família, ou campanhas para pressionar e influenciar os legisladores a priorizarem o bem-estar das famílias.
Suas pressões sobre o Congresso foram vitoriosas e levaram em 1873 ao estabelecimento de uma forte lei federal proibindo o transporte de produtos obscenos, imorais ou lascivos no correio. A lei, que estabelecia até 10 anos de cadeia para os infratores, acabou ficando conhecida como Lei Comstock.
Para implementar a lei, Comstock foi oficialmente nomeado como Agente Especial do Departamento dos Correios dos EUA, com amplos poderes do governo para deter a pornografia. De 1873 a 1915, ele conduziu batidas policiais espetaculares em publicadores e vendedores de literatura obscena.
Num só ano, mais de 6 toneladas de chapas fotográficas pornográficas, mais de 60 toneladas de livros pornográficos, 200.000 fotografias e imagens, 31.500 caixas de pílulas e poções e 60.300 artigos obscenos foram destruídos. Esse resultado não veio ao acaso: Comstock levava sua carreira e responsabilidades muito a sério.
A Lei Comstock ainda está em vigor nas leis federais americanas que proíbem a obscenidade, e hoje é usada principalmente para combater vigorosamente a pornografia infantil na internet e impressa. Assim, toda a repressão moderna à exploração pornográfica das crianças está montada nos esforços pioneiros de um evangélico atuante. Mas depois da morte de Comstock em 1915, sua lei começou a ceder aos ataques sistemáticos de Sanger, pois não havia ninguém que pudesse ou quisesse ocupar o lugar de Comstock.
Mesmo assim, o Rev. Billy Sunday (1862-1935), provavelmente o maior pregador de multidões antes de Billy Graham, condenava a venda de bebidas alcoólicas, a pornografia, o controle da natalidade e outros males sociais. De orientação presbiteriana, ele denunciou Sanger e sua ideologia até seus últimos dias. Entre os católicos, as denúncias vieram do Pe. John Ryan, na década de 1930. Não muito diferente de Sunday, Comstock via as bebidas alcoólicas como nocivas. Por coincidência, Sanger morreu alcoólatra em 1966.
Anthony Comstock realizou grandes proezas legais de proteção às famílias e enfrentou, em sua própria geração, muitos ativistas do aborto e da pornografia. Mas durante sua existência, quem prevaleceu foi ele.
No começo de 1915, Woodrow Wilson, o presidente dos EUA, nomeou Comstock para liderar a delegação americana na Conferência Internacional da Pureza, realizada naquele ano na cidade de São Francisco. Conforme admite o historiador Paul Boyer, dos 4.000 delegados presentes, “provavelmente todos tinham a mesma posição dele”. Após esse evento que coroou internacionalmente todo o seu trabalho, ele partiu deste mundo.
Comstock foi vitorioso. Entre 1873 e 1877, ele “provavelmente levou a julgamento mais aborteiros… do que qualquer outra pessoa na história dos Estados Unidos”. Depois de seus primeiros cinco anos de ações agressivas, “os anúncios comerciais de aborto diminuíram de forma radical em todas as partes dos EUA”. Aliás, o historiador James Mohr conclui que por causa do trabalho de Comstock, “o período de visibilidade comercial do aborto, que havia durado desde a década de 1840, estava acabado”. (Carlson)
Outra historiadora da questão do aborto, Leslie Reagan, conclui que o aborto ficou totalmente fora da pauta das igrejas americanas até o final da década de 1950 simplesmente porque “durante aproximadamente um século inteiro o aborto era crime e nenhum movimento social sugeria o contrário”. Essa foi uma das grandes realizações de Comstock. (Carlson)
Como é que durante quase 100 anos a Lei Comstock fez prevalecer a moralidade acima da imoralidade? Como é que um homem sozinho consegue num período longo de quarenta anos amedrontar e derrotar uma multidão de milionários Golias pornógrafos, espíritas, abortistas e imorais? A vida de Comstock prova que quem está no Senhor faz proezas.
No Brasil, Comstock é desconhecido. Mas em 2005, a revista Superinteressante, que durante muitos anos era publicada pela mesma editora responsável pela revista Playboy no Brasil, classificou Comstock como o “mais temível censor da história dos EUA”, ainda usando como referência o pornógrafo anticristão D. M. Bennett. Do ponto de vista dos pornógrafos, Comstock era na verdade um terror e o fundador da Playboy foi provavelmente o maior defensor da liberdade de expressão. Mas do ponto de vista das famílias e suas crianças, os esforços de Comstock representavam proteção e justiça.
Enquanto Comstock lutava contra a pornografia, o aborto e a contracepção, as igrejas evangélicas estavam florescendo com reavivamentos genuínos. Durante a imbatível era de Comstock, D.L. Moody foi usado por Deus em grandes reavivamentos, Billy Sunday iniciou seu ministério que alcançou os EUA de ponta a ponta e o movimento pentecostal nasceu para mudar a história do evangelismo mundial.
A era de Comstock, que foi marcada pelos maiores reavivamentos pentecostais já vistos, foi uma era em que os EUA eram uma nação indiscutivelmente e predominantemente evangélica.
De acordo com a Enciclopédia Britânica de 1911, o cenário religioso dos EUA em 1890 era: 68% eram protestantes e 30% eram católicos. Mas desde que a contracepção e o aborto foram totalmente legalizados — a contracepção no final da década de 1960 e o aborto em 1973 —, o cenário mudou. De 1972 a 1993, os protestantes constituíam 63% da população dos EUA. Em 2002, eles eram 52% e pela primeira vez desde a fundação dos EUA, agora os protestantes são minoria. O sonho de Sanger se tornou realidade: o controle da natalidade está destruindo o Cristianismo nos EUA.
Hoje, com o domínio da pornografia, aborto e contracepção na sociedade americana, os EUA perderam sua outrora predominância evangélica.
Os EUA e o mundo precisam de avivamento. E o genuíno avivamento anda junto com a justiça social, como bem atestam as muitas conquistas sociais de Comstock.
Este artigo é apenas um resumo do e-book “Anthony Comstock: o primeiro campeão pró-família da história moderna”, escrito por Julio Severo. Para ler o e-book completo, siga este link:
http://www.scribd.com/doc/31144287/Anthony-Comstock-o-primeiro-campeao-pro-familia-da-historia-moderna

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".