Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A CARTA DA TELEBRASIL A LULA

Fonte: NIVALDO CORDEIRO


A CARTA DA TELEBRASIL A LULA

05 de fevereiro de 2010

Hoje recebi o “Informativo Telebrasil”, órgão oficial da entidade, e nele está contido o inteiro teor da Carta Aberta enviada ao presidente Lula, assinada pelo seu principal executivo, Antonio Carlos Valente. É um documento de redobrada importância, que precisa ser analisado dentro do contexto das relações institucionais das lideranças empresariais com o governo petista. O caro leitor deve se recordar do artigo anterior que publiquei (“A maldição da conivência”), no qual procurei mostrar que me pareceu um grande equívoco o setor de Telecom ter apoiado e participado da Confecom.


O conflito do PT não é tático nem episódio com o setor de Telecom, ele é estratégico e conceitual. Esse partido abomina a economia de mercado e se depender dele, especialmente naqueles chamados setores de ponta, “estratégicos”, será tudo estatizado. A prova mais cabal está dada agora, com a possível decisão de recriar a Telebrás para fornecer serviços de banda larga, inclusive no varejo. As pessoas bem informadas sabem que isso é uma exorbitância, não havendo nenhuma necessidade de o Estado ingerir nessa atividade enquanto produtor. Mas o PT o fará por razões filosóficas.


Os jornais de hoje trouxeram a notícia de que o programa de governo da candidata Dilma, ora em elaboração, será acentuadamente mais à esquerda do que foi o governo Lula e nele será contemplada a expansão do braço produtor estatal, mediante estatização. A recriação da Telebrás, portanto, não é acidental, é fruto das crenças mais profundas dos atores políticos integrados no PT.


Na Carta, depois de recordar de que a idéia de elaborar um Plano Nacional de Banda Larga nasceu do próprio setor, Antonio Carlos Valente escreveu: “
Entretanto, notícias publicadas nos últimos dias nos principais jornais do país, acenam com a possibilidade da divulgação de decisões por parte do governo brasileiro sem que o diálogo, prova de maturidade das sociedades democráticas, tivesse ocorrido em sua plenitude. As notícias avançam ainda mais e especulam sobre a possível recriação da Telebrás, empresa em processo de extinção desde 1998. Estas notícias produziram uma enorme preocupação em segmentos representativos da sociedade, dentre eles a própria TELEBRASIL.


O presidente da Telebrasil já deveria ter descoberto que não é possível diálogo algum com os militantes revolucionários abrigados no governo Lula, empenhados em destruir a economia de mercado. Discutir, para eles, é mera tática protelatória, a fim de acumular forças suficientes para pôr em ação suas preciosas idéiasestatistas. Deu-se o caso aqui. Eu mesmo escrevi, em dezembro último, artigo abordando especificamente oPlano Nacional de Banda Larga. Quem acompanha o que eu escrevo não pode alegar nenhuma surpresa com o que está acontecendo.


O PT, na sua trajetória no rumo do socialismo, é impermeável a qualquer tipo de argumento e lobby. Aliás, se ações de bastidores resolvessem tal carta não teria sido escrita. A sua materialização é a confissão acabada de que tais esforços fracassaram em todas as instâncias. O último ano do governo Lula tem servido para que todas as decisões represadas nos últimos sete anos sejam agora tomadas, concretizando sua vontade política socialista. Nada mudará essa trajetória, nem mesmo a forte Carta da Telebrasil.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".