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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O fim do périplo da IU pela Colômbia

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA


Uma maneira de respaldar as atrocidades que as FARC cometem é ocultá-las, transferindo a culpa para "as partes em conflito". É utilizar o eufemismo do "conflito social, político e armado interno". Foi isso que a missão da IU fez.

A falsa delegação parlamentar espanhola que esteve em Bogotá, Cali e Medellín nestes dias, saiu furiosa de sua patética viagem. As frases incendiárias lançadas pelos viajantes da Esquerda Unida (IU em sua sigla em espanhol) em 3 de fevereiro passado, ao final de sua "missão reguladora dos direitos humanos", mostram que nem tudo lhes saiu como queriam. À falta de funcionários do alto escalão, tiveram que se consolar com um encontro com o embaixador de seu próprio país. Eles aspiravam em ir ao Palácio de Nariño para proferir seus palavrões e insultos habituais contra o presidente Álvaro Uribe, porém este não os recebeu: ele mal podia perder seu tempo ante espantalhos dessa categoria.


Como na Espanha não levam a sério a Esquerda Unida, grande defensora de tiranos como Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales, seus chefes inventam viagens para que a imprensa estrangeira dê algum eco aos seus amálgamas e ameaças. Essas viagens de turismo revolucionário transformam-se assim, afinal, em tristes farsas.


A IU é uma formação política marginal, herdeira do Partido Comunista da Espanha (PCE). Ela representa uma ideologia criminosa com passado atroz: a maior empresa de destruição dos direitos humanos que a civilização já teve que suportar em toda sua história. Mesmo assim, o neo-comunismo tem o cinismo de querer se erigir em perito em direitos humanos. Porém, com tais antecedentes ninguém lhes dá crédito. Quando se faz parte de uma corrente que preconiza a violência como uma necessidade política, quando esse sistema levou à morte mais de 120 milhões de pessoas no mundo, não se tem autoridade moral para vestir os hábitos de um juiz de nada.


Os políticos da IU foram à Colômbia para fazer a única coisa que sabem: colocar barreiras entre os povos. Aterrissaram em Bogotá para lançar mentiras enormes que perturbem a aprovação do Tratado de Livre Comércio (TLC) entre a Colômbia e a União Européia. Para tratar de dar uma rasteira nos "mecanismos de cooperação estabelecidos entre a Espanha e a Colômbia", como revelou um tal de Francesc Canet, foram instigar os senadores norte-americanos que querem abolir o Plano Colômbia.


Essa visita, entretanto, pode ter tido outros objetivos. Que relação há entre esse curioso périplo e o recente anúncio de que as FARC estão tratando de montar um ato propagandístico na Europa? A missão da IU, ou um dos seus membros, aproveitou esses dias para fazer contatos dissimulados com o movimento terrorista e essa montagem na Espanha, onde os pretendidos delegados não teriam que fazer frente à muralha do idioma?


As declarações que a missão lançou fazem pensar nisso. São a cópia exata das exigências das FARC: que o governo deve reconhecer que há "um conflito social, político e armado interno", que "provoca uma vulnerabilidade sistemática dos direitos humanos por parte de todos os agentes armados", que a Colômbia deve capitular ante a guerrilha, quer dizer, pactuar uma "saída negociada do conflito", que na Colômbia "não se respeita a independência do poder judiciário", etc.


Uma maneira de respaldar as atrocidades que as FARC cometem é ocultá-las, transferindo a culpa para "as partes em conflito". É utilizar o eufemismo do "conflito social, político e armado interno". Foi isso que a missão da IU fez. O documento que entregaram diz, por exemplo, que
"as mulheres e as crianças são utilizadas pelas partes em conflito". Não disse que as FARC fazem isso mas que o fazem "as partes em conflito". Todo mundo sabe que não é o Estado colombiano quem seqüestra e recruta crianças para levá-las às emboscadas. Isso o fazem exclusivamente as FARC e o ELN que os exploram para, além disso, plantar minas anti-pessoa, fazer trabalhos de inteligência e servir de escravos dos chefes terroristas. As Forças Militares, pelo contrário, resgatam os meninos combatentes e os entregam aos programas de reabilitação.


Isso a missão comunista espanhola não reconhece, pois a venda que eles mesmos colocaram nos olhos antes de descer do avião não lhes permitiu ver a realidade. Nessas condições só podiam fazer o que outros os haviam feito decorar: repetir as cantilenas de turno, aprendidas com todo o rigor, como exigem os manuais de agitação e propaganda da IU. Os métodos inventados pelas boas almas de Lênin, Stalin e Breznev não se esquecem facilmente.

Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".