Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

LULA E A BANDA LARGA

Fonte: NIVALDO CORDEIRO


LULA E A BANDA LARGA

07 de fevereiro de 2010

Convido você, meu caro leitor, a ver o discurso no link anexo, no qual Lula dá uma espécie de resposta indireta à carta do presidente da Telebrasil, Antonio Carlos Valente, comentada por mim no artigo anterior. O discurso é um peça interessante pela retórica e pelo conteúdo. Aqui está contida a grande promessa e a grande mentira que precisa ser denunciada e combatida. Aqui está registrada a ameaça direta do poder constituído a todo o segmento empresarial. E não são palavras vãs.

Primeiro, não é papel do Estado garantir que todos tenham acesso à banda larga, porque há de ter quem até mesmo não queira, ainda que seja de graça. Em muitas situações, direitos supostos acabam por se tornar como que compulsoriedades. Essa é a maldição da metástase dos mal afamados direitos humanos, a maldição moderna que acaba por destruir os fundamentos de uma sociedade sã. Lula afirmou que o governo assumiu o compromisso de levar a banda larga a todos os rincões. Ora, isso só se faz com subsídios e ações antieconômicas, sem qualquer racionalidade que não a lógica distributivista, portanto incompatível com a atividade empresarial privada.


Segundo, Lula enganosamente afirmou que o governo não quer estatizar, mas apenas suprir uma suposta falha de mercado. Lula disse que as empresas privadas teriam a obrigação de levar infra-estrutura sem considerar as racionalidades econômicas mínimas. Ora, as empresas não têm obrigação de vender para quem não é demanda, não tem renda, capacidade de pagar pelos serviços. Para isso, o governo dispõe dos recursos dos Fundo de Universalização de Telecomunicações – FUST, que desde a sua origem estão sendo desviados de suas finalidades.


Que retórica porca! Lula apelou para o jogo de palavras e para o sentimentalismo barato, em nome dos pobres, como sempre faz. Esse raciocínio é de extremo perigo. Com base nele todas as ações espúrias de governo, intervindo no processo econômico por todos os meios, estão previamente justificadas. Lula reclamou que os serviços são caros, sem citar que o maior componente isolado de custo são os impostos. O governo rouba os produtores e rouba os consumidores e posa de bom mocinho, assim impedindo a universalização dos serviços.


As empresas de Telecom não são responsáveis pela existência de pobres.


Por cima de tudo está a maldição da busca utópica da igualdade, a ser alcançada a qualquer custo. Lulasatanizou as empresas, responsabilizando-as por não vender serviços a quem não pode pagar, quando ele mesmo chefia o Estado que tributa com destinação expressa para suprir a carência, sem, no entanto, cumprir seus compromissos com as populações mais pobres. Lula mente quando diz defender os pobres.


Ouvir esse discurso me convenceu ainda mais que a Telebrasil errou estrategicamente ao apoiar a Confecom, vindo a fazer parte daquele circo leninista grotesco. Teria mesmo que ter recusado e denunciado o embuste. Daqui para frente a linha revolucionária do PT vai prevalecer na condução do governo Lula e nada o fará recuar. Lula, no discurso citado acima, reafirmou isso com todas as letras.


Caro leitor, dá para imaginar o que virá se Dilma for eleita e trouxer com elas todos os mensaleiros cassados, a começar pelo maior deles. Estamos no rumo da Venezuela. De novo, veremos governantes laçando bois no pasto.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".