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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Lula precisa ser responsabilizado!

Fonte: LIBERTATUM
SEXTA-FEIRA, JANEIRO 29, 2010


...a destruição da biografia de Lula pela correta atribuição de seus feitos (e também os não-feitos) tenderá a levar com ele para as profundezas todas as bandeiras que ele e o PT têm desfraldado, e de quebra, destruirá também a sua descendência, encarnada na figura de Dilma Roussef, que não possui nenhum capital político próprio


Por Klauber Cristofen Pires


No meu último artigo, Lula, de A a Z, discorri sobre 26 fatos graves (foi o que coube no alfabeto, mas muitos outros poderiam ter sido incluidos) que certamente tiveram as digitais de Lula, independentemente dos seus "não sei, não vi, assinei sem ler".


Entretanto, não obstante a larga difusão que a blogosfera deu ao texto, houve quem o tivesse constestado, talvez por considerar que estamos a perder tempo, já que se avizinha o fim do seu segundo mandato. Aqui apresento a minha persitência em manter o tema, e procurarei demonstrar porque é necessário que Lula seja apontado pelos seus atos.


Durante o passar destes sete anos de mandato, o PT passou por várias atribulações, frutos dos seus escândalos, ainda que sob um clima de doçura por parte da imprensa tradicional. Neste tempo, muitos caíram: José Dirceu, Genoíno, Gushiken, Sílvio Pereira...mas Lula continuou no seu lugar. Nos piores dias, encolheu como um vírus que se cristaliza para depois, em ambiente mais propício, voltar a se expandir.


Lula é o PT. A esquerda, no Brasil, é Lula. Lula é o centro de gravidade de todo o pensamento esquerdista no Brasil. Todos os outros partidos de esquerda, aliados ou sedizentes dissidentes do PT, são comensais, como as rêmoras, os "piolhos-de-tubarão": suas existências dependem de estarem com suas ventosas ligadas ao partido, e mais especificamente, ao Lula.


Usando de uma comparação que me parece propícia, lembro do filme Reino de Fogo. Nesta película, uma geração de dragões assume o controle da Terra, mas todos eles são descendentes estéreis de um único dragão macho. Os heróis do filme, finalmente, conseguem vencê-los por matá-lo.


Obviamente que não estou sugerindo que se cometa nenhum crime. Porém, a destruição da biografia de Lula pela correta atribuição de seus feitos (e também os não-feitos) tenderá a levar com ele para as profundezas todas as bandeiras que ele e o PT têm desfraldado, e de quebra, destruirá também a sua descendência, encarnada na figura de Dilma Roussef, que não possui nenhum capital político próprio.


Por outro lado, é preciso delimitar de vez o modus operandido Supremo Apedeuta. Em um conceito suscinto, Lula morde com a caneta e assopra com o microfone. Quem agita e faz o trabalho braçal são os seus militantes, aos quais ele atende com o argumento de que são reivindicações legítimas do povo. Porém, se algo der errado, sai à francesa.


Há pouco tempo atrás imagens dos noticiários mostraram um Lula discursando para entidades empresariais ligadas à área de comunicação, num evento em que sua fala foi mais ou menos assim "o remédio para os males da liberdade de imprensa é mais liberdade de impresa"! Não muito tempo depois veio, em cascata, a Confecom, o 3º PNDH e a Conferência da Cultura, onde pratica ou permite que se pratiquem todos os ataque possíveis contra as empresas do ramo e a classe jornalística. Da mesma forma agiu com relação ao aborto, eis que prometeu, em sua Carta aos Brasileiros, que não o defenderia, embora jamais tivesse impedido - e com certeza fomentou - várias tentativas de sua legalização. Estes são apenas dois exemplos. Caberiam muitos mais.


Por fim, agora sob um prisma estratégico, acusar Lula atualmente é a coisa mais isenta que todos podem fazer, pois ele não está em campanha eleitoral (pelo menos não de forma oficial). Portanto, todos os setores da sociedade podem se sentir à vontade para se expressar, sem medo de possíveis admoestações por parte de um impacialíssimo poder judiciário eleitoral. A hora é esta!


Lula precisa ser reponsabilizado. Quando foi a hora de sofrer um impeachment, uma oposição leniente e passiva preferiu pensar que ele eleitoralmente morreria sangrando e nada fez. Não se cometa o mesmo erro novamente, pois certamente ele pensa em voltar.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".