ACABOU A FARRA CHAVISTA DO PETRÓLEO?! Publicado na quinta-feira, 16 de outubro de 2008 - Tradução de Francisco Vianna O colapso financeiro de 2008 não perdoa nenhuma ideologia: pulverizou a escola do capitalismo especulativo e desregulamentado do governo Bush e arruinará também o populismo de esquerda do presidente venezuelano Hugo Chávez, com base nos altos preços do petróleo. Quase todos os economistas coincidem em que a Venezuela será o país latino-americano mais duramente golpeado pela recessão mundial que se avizinha (para desespero da Argentina). Isso se deve ao fato de que a Venezuela obtém 94 % de sua renda em dólares e outras moedas fortes estrangeiras da exportação do petróleo cru, e os preções dessa mercadoria bateram um recorde de queda de US$146 o barril no mês de julho para algo em torno de US$75 o barril na quarta-feira de ontem. Numa recessão global, os países industrializados comprarão menos petróleo. O banco financeiro Goldman Sachs avaliou esta semana que os preços do cru cairão em média a US$70 o barril até o fim desse ano, e que podem baixar até chegar a US$50 o barril caso a recessão mundial se aprofunde. Com tais preços, Chávez terá problemas para manter seus planos ‘sociais’ em seu país, o que poderá agravar as tensões que crescem entre os venezuelanos. E as grandiosas promessas de ajuda econômica que Chávez faz diariamente a outros países serão ainda mais difíceis de serem cumpridas. A ‘PFC Energy’, uma empresa de consultoria com sede em Washington, disse que a Venezuela necessitará que o preço do petróleo se situe a peço menos US$97 o barril para que possa equilibrar a sua balança de pagamentos externos em 2009, uma cifra muito superior aos preços atuais. Rose Anne Franco, uma das autoras do informe da PFC, me disse que essa avaliação não inclui milhares de milhões de dólares prometidos por Chávez a outros países (como à Argentina, por exemplo), e que ainda não foram – e provavelmente não serão - oficializados. Os funcionários do governo venezuelano dizem que o orçamento de 2009 foi todo calculado com o preço mínimo do petróleo a US$60 o barril, mas economistas independentes concordam que isso não quer dizer muita coisa, porque os presidentes venezuelanos sempre orçaram o petróleo a preços baixos para poderem gastar a seu bel prazer os excedentes que porventura consigam quando o produto alcança preços mais elevados, e Chávez tem feito isso mais do que ninguém. ''Na América latina, a Venezuela poderá ser sem sombra de dúvida o principal perdedor caso os preços do petróleo se mantenham baixos, pela imensa importância dessa mercadoria na economia do país'', disse Augusto de La Torre, o principal economista para a América latina do Banco Mundial. “A coisa pode ficar muito difícil, porque há um ritmo de gasto público muito elevado e não vai ser fácil politicamente reduzir esse gasto público para ajustá-lo a um menor nível de renda do estado''. O maior problema da Venezuela é que, embora os preços do petróleo tenham quintuplicado nos últimos seis anos, o gasto público também cresceu proporcionalmente. Para piorar as coisas, o governo de Chávez não incrementou suficientemente as reservas estrangeiras do país para poder enfrentar os anos de vacas magras e não pode aumentar a produção de petróleo para compensar a queda de preços porque muitas das instalações do monopólio estatal PDVSA não foram adequadamente mantidas e aumentadas. ''Acabou a ‘petro-festa’ chavista, e virá um ajuste muito importante'' Um boletim informativo venezuelano, o VENECOMY, disse que o país poderá estar “no limiar de uma das piores crises econômicas de sua história''. Com o preço do petróleo no nivel atual, é provável que o governo desvalorize a moeda antes do fim do ano, ou que aumente o imposto sobre o valor agregado, ou que anuncie um corte drástico do gasto público, ou que faça uma combinação de todas essas coisas, disse a publicação. Também começará ''a procurar bodes expiatórios, e como Bush já não está disponível, talvez escolha o setor privado venezuelano' Minha opinião: a queda do preço do petróleo não impedirá Chávez de continuar gastando muito acima de suas possibilidades durante as próximas semanas, porque a primeira prioridade do ‘presidente narcisista-leninist E tampouco é provável que a recessão global provoque a queda de Chávez do poder. Ele agora controla as reservas do Banco Central, que usa para absorver um pouco o impacto da crise. E sempre pode por a culpa no ''império'' norte-americano pelo inevitável aperto de cinto que os venezuelanos terão que se submeter. Mas, com os atuais preços do petróleo, o ‘petro-populismo’ chavista ficará sem combustível (que me perdoem o trocadilho). A megalomania do presidente venezuelano sempre tem sido proporcional à alta dos preços do petróleo. E com tais preços em queda livre, preparem-se para assistir a um Chávez menos loquaz, ou a um Chávez que continuará falando até pelos cotovelos, porém com cada vez menos gente que lhe preste atenção. Saudações, VIANNA |
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
ACABOU A FARRA CHAVISTA DO PETRÓLEO?!
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From: Francisco Vianna
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".
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