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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pedro Cardoso diz que atores são obrigados a fazer pornografia

TERRA CINEMA

Pedro Cardoso fez um discurso exaltado e polêmico no lançamento do longa-metragem Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos de Oliveira, na noite desta quarta-feira no Festival do Rio. O ator, que também produz o filme, acusou alguns diretores brasileiros de promoverem a pornografia na televisão e no cinema, obrigando a classe artística a participar de tais cenas.

'A pornografia tornou-se agora um modo de atrair o público. Temos visto cenas de nudez ou quase nudez em basicamente toda a programação dos programas de televisão', disparou.

'A constância com que isso aparece tem colocado em exposição a nudez dos atores. É raro um trabalho, seja flme, novela ou programa de humor que não inclua cenas deste tipo.'

'A minha tese é de que a nudez impede a comédia e mesmo o próprio ato de representar. Quando estou nu, sou sempre eu a estar nu, nunca o personagem. Ao despir-se do figurino, o ator despe-se também do personagem', afirmou, ressaltando que Todo Mundo tem Problemas Sexuais, apesar do tema, não traz nenhum momento de nudez.

'Eu fiz algumas cenas de nudez muito parcial e me senti sempre muito mal. Esse absurdo causa grande desconforto ao ator e a atriz porque nos obriga a mentir', citou, recebendo aplausos. 'A nudez produz uma sensação erótica. Neste filme, os atores estão vestidos para que os personagens possam estar desnudos.'

'A pornografia está tão dissimulada em nossa cultura que não a reconhecemos como tal. Hoje qualquer diretor, medíocre ou não, se acha no direito de determinar que uma atriz possa ficar pelada numa cena ou parcialmente despida', disse, ressaltando, indiretamente, que os diretores da TV Globo também apelam para a 'pornografia' televisiva.


'É frequente que cineastas de primeiro filme exibam para seus amigos em sessão privê as cenas privadas que conseguiu de uma determinada atriz', acusa. 'Quando os atores se recusam a fazer nudez, os diretores ficam bravos e fazem malcriações, como crianças mimadas, porque se consideram no direito a ela'.

O protesto de Cardoso abriu espaço para a discussão, especialmente entre os atores. Em tom revoltado, ele pediu que os artistas não se submetam a cenas de nudez.

'Até quando nós atores ficaremos atendendo ao voyeurismo e a disfunção sexual de diretores, roteiristas e produtores?', questiona. 'Eu penso num dia que não teremos medo do You Tube ou das sessões nostalgia do Canal Brasil. O dia que não teremos medo que nossos filhos tenham que responder perguntas constrangedoras dos colegas na escola.'

'Um diretor não deveria pedir que faça algo que ele não pediria a uma filha sua. Se essa gente quer nudez, que fiquem nus eles mesmos.'

'Atores e atrizes podem dizer não às cenas que se sintam desconfortáveis. Não temos uma obrigação de tirar a roupa, que esta não é uma exigência do ofício de ator e sim da indústria pornográfica. E a conclusão de sempre: o programa popular tem que ter calcinha e sutiã, como se a gente brasileira fosse assim medíocre', ressalta.

O discurso levou Cardoso a tocar no assunto da vida pessoal. Namorado da atriz Graziella Moretto, no ar na TV Globo com a novela Três Irmãs, insinuou que ela sempre é contrariada nos bastidores da produção televisiva.

'No ar, na novela das 19h, ou mesmo das 18h, criam-se cenas de estupro, de banho, exibicionismo e adultério. Tudo apenas para proporcionar as cenas de nudez e influenciar o tesão alheio.'

'E para que não digam que estou transtornado com esse assunto só porque agora estou namorando com uma atriz: de fato, dói mais a dor que dói em nós mesmos.'

'Agora ver a mulher que eu amo tendo que diariamente se defender no trabalho contra a pornografia tornou esse assunto a primeira ordem do meu dia. Se antes era apenas responsabilidade profissional me opor à pornografia, agora é também por amor', finaliza. (Cavaleiro do Templo: é engraçado isto... Vão me dizer que antes não era assim? Eu conheço pessoas do meio artístico e sempre coisas ipores do que esta, se chamava "teste do sofá". Para "aparecer" na telinha, na revista, em qualquer lugar que fosse o(a) artista tinha que se submeter sexualmente a alguém. Mas tudo bem, vale como denúncia de um famoso.)

Tomada pelos aplausos, Claudia Abreu, que também está no elenco do filme, deu seu depoimento. 'Já passei por uma situação como essas recentemente e ele está completamente certo. É exatamente isso que acontece', disse. Vale ressaltar que a atriz aparece completamente nua no filme Os Desafinados, de Walter Lima Jr., em cartaz em alguns cinemas do País.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".