Durante muito tempo, a pobreza foi o lote comum da humanidade e a possibilidade de crescimento permaneceu desconhecida. Este crescimento é um evento histórico considerável e recente. Em apenas uma geração, o crescimento se estendeu por todas as partes do planeta.
O seu motor é a inovação; a inovação nunca é linear, ela se dá através de saltos. Nem toda inovação é um sucesso; algumas desaparecem por serem inúteis, outras se mostram mal controladas. Como a economia, a inovação progride, portanto, por tentativa e erro: os ritmos econômicos se ressentem disso, ciclos nascem a partir daí. Nos Estados Unidos, uma verdadeira inovação - a securitização - aumentou recentemente as possibilidades de crédito, pulverizou os riscos e contribuiu dessa forma para o forte crescimento mundial dos últimos dez anos. Porém, uma má avaliação dos riscos e o entusiasmo dos especuladores (um efeito bolha) quase destruíram o sistema financeiro internacional.
O Estado americano interveio, para comprar as dívidas ruins, pois, o Estado na economia liberal é sempre o último recurso. Essa pane no capitalismo não é uma pane do capitalismo: por mais imperfeito que seja, o capitalismo continua sendo o motor incomparável do desenvolvimento para o grande benefício da humanidade. Este livro relata a história do crescimento e as condições de sua continuidade. A mensagem? Aprender com seus sucessos e erros, sem jamais renunciar a uma abordagem científica, sem jamais ceder nem à euforia, nem ao pânico. O pior que pode acontecer em caso de crise, é renunciar aos conhecimentos adquiridos para recair nas paixões ideológicas: paixões que, no século passado, mataram mais do que qualquer epidemia.
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