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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Otários ou colaboradores? - o capitalismo desligado dos valores morais e do senso de ajuda mútua

NEPÔSTS

Cavaleiro do Templo: posto este artigo para fazer comentários sobre o mesmo logo abaixo.

Participamos do evento na RioInfo sobre o futuro da Internet.

Sala cheia de amigos, fala-se de tudo até que o professor da UFRJ Henrique Antoun lança a provocação.

“Vem cá, o usuário que colabora é colaborador ou apenas um otário?”.

É uma pergunta que todo mundo, no fundo, se faz. Por que alguém vai perder tempo colocando “pitacos” no Wikipedia? Informando de engarrafamento por celular? Etc…

Enquanto ele está ali por esporte, o dono do site está à vera, ganhando dinheiro. Será que não teremos no futuro a revolução dos otários.

Farinha pouca meu pirão primeiro?

Tenho algumas intuições sobre o assunto.

Desenvolvi duas teorias:

1) a do desespero do elevador.

Cena: todo mundo calado dentro do elevador…ele pára…silêncio e todo mundo começa a falar. Por quê?

Me parece que, no desespero, as pessoas sentem necessidade da interação para resolver seus problemas. Como não há ninguém para ajudá-los, começa-se a tentar uma alternativa.

A colaboração, a meu ver, é a necessidade de solucionarmos problemas que ninguém pode oficialmente nos ajudar. Você comprou um carro, mas deu problema e você não sabe como solucionar. A montadora desconhece e você quer saber a opinião de outros consumidores igual a você.

Você tende a pedir ajuda e fica mais aberto para ajudar, não necessariamente nessa ordem. Mas e o outro lado de quem ajuda? Aí vem a segunda teoria:

2) o complexo de praça do interior

Me parece que o grande motivador é o combate ao anonimato. Todo mundo se sente solitário e anônimo na grande cidade e precisa sair da sombra. A colaboração é quase um reencontro da praça do interior, no qual pessoas com o mesmo interesse sentam no fim de tarde para conversar.

Se vamos perguntar por que as pessoas colaboram na rede, caberia também, na sequência, saber por que os bares ficam lotados às sextas-feiras, as pessoas vão à praia ou festas bater papo.

Ou seja, o ser humano é basicamente um ser interativo que precisa do outro para se afirmar e se confirmar enquanto ser social.

Não resta dúvida que não se bate papo sempre na mesma praia ou no mesmo bar. Algo pode mudar e acontecer que determinado site seja abandonado por outros, por facilidadades, que podem até passar por algum tipo de “recompensa”.

Mas é ver…

CAVALEIRO DO TEMPLO 

Quero comentar este artigo que não cita em nenhum momento que as pessoas possam querer ajudar pelo simples fato de quererem ajudar e cita que com esta ajuda as pessoas estariam enriquecendo o "esperto" que criou o sitema enquanto os que ajudam poderiam ser "otários" por fazerem isto.

Pois bem.

Acho que este é mais um exemplo do que disse Viktor Frankl. Ajudar por ajudar e/ou fazer por "ordem interna superior" parece que desapareceu da mente e do coração dos "capitalistas". Coloco entre aspas pois capitalismo sem sentimentos superiores é apenas a morte do próprio capitalismo no longo prazo. Portanto este tipo de "capitalista" não o é de fato, visto que estas pessoas não conhecem os fundamentos do mesmo (entre eles a moral judaico-cristã).

A crítica indireta feita ao criador do site me parece apenas inveja, vontade que o autor do artigo teve de ter ele mesmo sido o criador do tal site que está tornando rico o proprietário através do trabalho "otário" dos outros. As pessoas só podem falar do que conhecem e sobre como são. 

Eu acredito em recompensa imediata mas não apenas nestas. No meu blog, por exemplo, ganho experiência de vida, ganho conhecimento ao publicar o material que aqui está. É um trabalho voluntário que me traz uma recompensa muito maior do que o que invisto. Mas me parece que pela ótica do "capitalismo atual" isto não estaria correto. É preciso GANHAR DINHEIRO.

Não é de se estranhar, portanto, que o SOCIALISMO/COMUNISMO esteja vencendo a guerra. Neste jogo sem elementos superiores ao imediatismo e transcendentais, os esquerdistas dão banho em qualquer um.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".