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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O Obama real: Parte II

MÍDIA SEM MÁSCARA
Autor: 17 outubro 2008
Editorias - CulturaEstados UnidosPolítica

Uma recente propaganda do Partido Republicano descrevia sarcasticamente a “única realização” parlamentar de Barack Obama: seu apoio a uma lei que promove a educação sexual para alunos do jardim de infância.

Durante uma entrevista de uma porta-voz do Partido Republicano, Tom Brokaw, do programa NBC News, exibiu a propaganda e perguntou se aquilo era algo sério para ser discutido numa campanha presidencial.

Foi uma variante da velha história sobre “vamos voltar a discutir as questões substantivas”, tanto quanto a pergunta de Brokaw foi uma variante de uma tendência que se amplia rapidamente entre os jornalistas, de eles se tornarem um esquadrão de vingadores de Obama, em vez de repórteres.

Tem alguma importância o fato de que Obama apóie a educação sexual no jardim de infância? Isso tem mais importância do que muito do que as ditas “questões substantivas”.

Coisas aparentemente não correlacionadas podem dar importantes percepções sobre o perfil e caráter de alguém. Por exemplo, depois de a Guerra Fria ter terminado, foi descoberto que uma das coisas que primeiro chamou a atenção dos líderes soviéticos foi a interrupção que o presidente Ronald Reagan promoveu na greve dos controladores de vôo.

Por que os soviéticos se preocuparam com uma questão americana puramente doméstica como uma greve de controladores de vôo? Por que sua atenção não estava confinada nas “questões substantivas” entre os Estados Unidos e a União Soviética?

Porque a maior e mais substantiva de todas as questões é o perfil e caráter do presidente dos Estados Unidos.

Seria difícil imaginar qualquer dos predecessores de Ronald Reagan em muitas décadas – seja republicano ou democrata – interrompendo uma greve de amplitude nacional sem ter cedido às demandas do sindicato.

Esse fato mostrou aos líderes soviéticos de que era constituído o caráter de Reagan, antes mesmo de ele ter se levantado e saído da sala durante negociações com Mikhail Gorbachev. Isso também mostrou aos líderes soviéticos que eles não estavam mais tratando com Jimmy Carter.

Não há nenhuma questão mais substantiva que “Quem é o Barack Obama real por trás da imagem?” O que estar a favor da educação sexual no jardim de infância nos diz sobre o perfil e o caráter desse homem largamente desconhecido que surgiu repentinamente na cena nacional concorrendo ao mais alto cargo do país?

Esse fato nos dá uma percepção do enorme fosso entre a imagem de ano eleitoral do senador Obama e o que ele realmente tem apoiado ou contraposto nas décadas anteriores. Também mostra o enorme fosso que existe entre seus valores e aqueles da maioria dos americanos.

Muitos americanos considerariam a educação sexual para alunos do jardim de infância um absurdo, mas há muito mais a esse respeito.

O que é chamada “educação sexual”, seja para alunos do jardim de infância ou para crianças de maior idade, não é educação sobre biologia, mas doutrinação moral que vai contra os valores tradicionais que as crianças aprendem em suas casas e em suas comunidades.

Obviamente, quanto mais cedo essa doutrinação ocorrer, maiores são as chances de elas substituírem os valores tradicionais. A questão não é a urgência que as crianças do jardim de infância têm de aprenderem sobre sexo, mas a importância que tem, para os doutrinadores, a precocidade do início da doutrinação.

A arrogância desses indivíduos, que assumem a responsabilidade de fazer uma lavagem cerebral, com valores politicamente corretos, na audiência cativa de filhos dos outros, sem assumirem a responsabilidade pelas conseqüências por aquelas crianças ou sociedade, faz parte da visão geral da esquerda que prevalece em nosso sistema educacional.

Educação sexual no jardim de infância é somente uma das muitas questões nas quais Barack Obama tem se alinhado consistentemente com arrogantes elitistas da extrema esquerda. As palavras do senador Obama soam quase sempre razoáveis e moderadas, tanto quanto imponentes e inspiradoras. Mas tudo que ele realmente tem feito ao longo dos anos o coloca indubitavelmente junto aos elitistas da extrema esquerda.

Infelizmente, muitos daqueles que estão encantados com sua retórica provavelmente não verificarão os fatos. Mas não há questão mais substantiva ou mais importante que verificar se o que o candidato diz está diretamente em oposição com o que ele está realmente fazendo por anos.

A velha frase, “um homem de altos ideais e sem princípios,” é uma das que se aplicam muito dolorosamente a Barack Obama. Suas palavras expressando elevados ideais podem ter um apelo para os crédulos, mas sua longa história de não ter princípios o torna um perigo da maior magnitude uma vez na Casa Branca.

Publicado por Townhall.com

Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".