Diário do Comércio, 17 de outubro de 2008
George F. Will, um dos mais renomados colunistas do campo conservador, não está satisfeito com a tônica da campanha republicana, segundo a qual “não são tanto as idéias de Obama que são ruins – ele é que é má pessoa”.
No instante em que milhões de americanos estão sendo lesados nas suas contas de aposentadoria, afirma Will no seu artigo do dia 9 no Washington Post, “o esforço de McCain-Palin para fazer o eleitorado focar os olhos nas ligações que Obama teve em Chicago parece surrealista”.
O argumento não difere muito do de E. J. Dionne – um obamista – que comentei dias atrás: o público não quer saber do passado dos candidatos, mas de como eles vão governar o país e resolver os problemas do presente. No fundo, ambos os colunistas apóiam-se numa regra de etiqueta – um lugar-comum da retórica tradicional – segundo a qual debates devem concentrar-se em idéias e deixar intactas as pessoas.
Mas lugares-comuns são argumentos padronizados aplicáveis a uma multiplicidade de situações diversas, cuja diferença específica, por isso mesmo, lhes escapa.
Uma idéia só pode ser discutida “em si mesma”, sem menções à pessoa do seu emitente, quando sua formulação é intelectualmente completa o bastante para garantir que ela não muda de significado quando troca de porta-voz ou de contexto.
Isso só acontece com teorias científicas e filosóficas altamente abstratas. Com opiniões de políticos, jamais.
A rigor, o único sentido que uma declaração de palanque pode ter é a história pregressa do seu emitente, que ela prolonga e esclarece no contexto atual, com graus variados de coerência e credibilidade conforme a situação. Quando Fidel Castro disse: “Jamais fomos comunistas”, ele era um novato na cena política, ansioso por atrair as simpatias do mundo. Quando ele declarou mais tarde: “Sempre fomos marxistas-leninistas”, era já um ditador consagrado, seguro do apoio soviético. A primeira declaração foi apenas uma captatio benevolentiae, a segunda a proclamação oficial de uma aliança efetivamente existente. (Cavaleiro do Templo: veja a prova do que diz Olavo abaixo).
A necessidade de referir as palavras à pessoa que as profere torna-se ainda mais patente numa disputa eleitoral, quando não se trata de escolher entre idéias abstratas, mas de preencher um cargo: cargos não são ocupados por idéias, mas por pessoas.
Uma vez empossado, o candidato vencedor pode mudar de idéia, mas não de caráter. As propostas de governo que ele apresente durante a campanha não são teorias que possam ser julgadas em si mesmas, porém indícios do seu caráter e da sua capacidade – indícios que, precisamente, só podem ser avaliados em função do seu passado.
Em terceiro lugar, as associações que um político tenha forjado ao longo da sua carreira não são detalhes externos que em nada afetem a hipotética pureza das suas convicções pessoais: são a substância mesma do esquema de poder que lhe dá sustentação política e financeira e cujos anseios e interesses pesarão muito mais sobre a conduta dele no cargo do que as meras idéias que ele possa ter na cabeça, idéias que, se vierem a se opor aos ditames do esquema, só condenarão seu agente ao isolamento e ao fracasso.
No caso de Obama, examinar a pessoa, o passado e as associações torna-se ainda mais obrigatório por dois motivos incontornáveis:
Primeiro: Seu discurso de campanha contrasta de tal maneira com todas as suas ações e palavras anteriores, que ninguém pode votar nele com consciência de causa sem ter primeiro esclarecido se ele mudou de idéia sinceramente ou se o novo make-up com que ele se apresenta é apenas um disfarce. Muitos adeptos de Obama – e alguns dos mais entusiásticos entre eles, como por exemplo Louis Farrakhan (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77539) – não escondem que lhe dão apoio precisamente em razão das idéias radicais que ele defendeu outrora (e daquelas mesmas associações comprometedoras que agora ele nega), e não do seu discurso moderado de hoje, que aceitam apenas como concessão tática provisória. Alguém no campo obamista deve estar enganado a respeito do seu candidato: ou os que o aplaudem por ser um esquerdista fanático, pró-terrorista e anti-americano (como o indicam seus votos no Senado e suas ligações com William Ayers, Raila Odinga, Jeremy Wright, Louis Farrakhan e similares), ou os que confiam nele por ser moderado e patriota como seu discurso eleitoral sugere. Os dois lados não podem ter razão ao mesmo tempo. Fugir dessa questão e concentrar o debate tão-somente no conteúdo do discurso eleitoral em si é fazer desse discurso um fetiche hipnótico em vez de tentar compreendê-lo no seu sentido real e concreto.
Segundo: Obama é um recém-chegado, sua carreira política a mais curta e sua biografia a mais obscura e duvidosa que um candidato à presidência americana já apresentou ao público. O próprio Obama não faz o menor esforço para esclarecer seu passado, antes busca encobri-lo por meio de subterfúgios e mentiras já várias vezes desmascaradas. Por exemplo, ele disse que jamais militou num partido socialista: já apareceram as provas de que militou em dois (v. http://newsbusters.org/blogs/p-j-gladnick/2008/10/08/will-msm-report-obama-membership-socialist-new-party). Ele disse que mal conhecia William Ayers: já está claro que foi nomeado por Ayers para a ONG Chicago Annenberg Challenge e ambos juntos arrecadaram um bocado de dinheiro para organizações esquerdistas.
Essa conduta já é suspeita o bastante, mas o respaldo solícito que ela recebe uniformemente da grande mídia chega a ser assustador, denotando uma fraude jornalística geral e organizada, muito mais temível, pelo alcance universal das suas conseqüências, do que a ocultação da existência do Foro de São Paulo (Cavaleiro do Templo: veja na coluna ao lado) pela mídia brasileira (se eu não tivesse visto este último episódio com os olhos da cara não acreditaria no que eles estão me mostrando agora).
Episódios essenciais, não só da biografia pessoal de Obama, mas da sua militância política, são omitidos sistematicamente pelos jornais e pela TV ou só saem em versão expurgadíssima, higienizada e embelezada, contrastando com a espetaculosa exibição dos menores detalhes íntimos da vida da família Palin, apresentados sempre com vagas insinuações de escândalo precisamente porque em si mesmos nada têm de escandaloso ou relevante. Alguns daqueles episódios, bastante recentes aliás, de 2006 e 2007, mostram um Obama tão diferente daquele que aparece nos debates, que nenhum observador isento pode deixar de notar o contraste e perguntar se a imagem de bom menino veiculada pela propaganda eleitoral do candidato, com a ajuda cúmplice da grande mídia, não é antes uma farsa sinistra destinada a colocar na presidência dos EUA, sob pretextos calmantes, um revolucionário odiento e pelo menos tão anti-americano quanto Hugo Chávez e Ahmadinejad.
Pelo menos uma das faces de Obama que os eleitores americanos não conhecem é tão repugnante que, ao tomar conhecimento dela, você perde na hora todo interesse pelas “propostas de governo” que ele tenha a apresentar, e começa a se perguntar quanto o senso de moralidade dos dirigentes democratas precisou baixar para que aceitassem sepultar fatos tão essenciais e construir em cima do sepulcro a imagem integralmente postiça de um candidato confiável e tranqüilizante, do qual nada mais restasse a discutir senão suas “idéias”.
Essa face, invisível ao povo americano pelo menos até o último dia 10, quando o WorldNetDaily publicou as provas cabais da sua existência (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77508), é a mais visível no Quênia, país onde Obama teve uma atuação política cem vezes mais decisiva, em escala local, do que jamais teve na América até o início da presente campanha eleitoral. Essa atuação consistiu em apoiar abertamente o líder queniano Raila Odinga e em tentar manipular em favor dele o próprio Senado americano. Odinga não é só um notório comunista e agitador anti-americano. É culpado de assassinato em massa. Em 2007, tendo perdido as eleições para presidente, ele desencadeou uma onda de violência, dirigida especialmente contra cristãos, mandando queimar mais de oitocentas igrejas, algumas com gente dentro, matando mais de mil pessoas e expulsando de suas casas aproximadamente quinhentas mil. A matança só parou quando Odinga foi nomeado primeiro-ministro. Obama não lhe negou apoio antes, durante ou depois desses acontecimentos.
Will e Dionne chamariam isso de “velhas ligações do tempo de Chicago”? Diriam que responsabilizar Obama por suas próprias ações em favor de Odinga é “inculpação por associação”, “insulto pessoal”, argumentum ad hominem? Achariam “surrealista” que alguém visse nessas ações um indício mais significativo da índole política e do caráter de Barack Hussein Obama do que suas promessas de campanha?
Não sei, mas sei o que eu diria no lugar deles: o destino que Obama prenuncia para a América não está nas suas promessas de futuro, mas nos fatos do seu passado.
Não chega a ser maravilhoso que um político tão enfatuado das suas “raízes africanas” se esmere tanto em esconder o mais importante episódio africano da sua biografia, que até hoje lhe rende a gratidão e o respeito dos seguidores de Odinga, ao ponto de prenderem e expulsarem do Quênia o repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao país para investigar o que Obama andara fazendo por lá?
Não há mais espaço no presente artigo para expor em detalhe outros capítulos edificantes desse exemplum vitae humanae que o pastor racista Louis Farrakhan chama, literalmente, “o Messias”. Digo apenas que ter uma carreira universitária integralmente financiada por árabes anti-americanos não é “culpa por associação”; receber ajuda de campanha do estelionatário Tony Resko e depois de eleito influenciar prefeituras para que investissem nos negócios dele não é “culpa por associação”; bloquear as medidas do governo destinada a frear os abusos de Fannie Mae e depois receber 100 mil dólares em contribuições dessa empresa não é “culpa por associação”; falsificar uma certidão de nascimento e usar de manobras judiciais para escapar à exigência de mostrar um documento autêntico não é “culpa por associação”; e muito menos é “culpa por associação” militar na Acorn (aquela que de quebra distribui milhares de títulos de eleitor falsos – v. http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud) em favor de empréstimos bancários a devedores insolventes, e depois tentar despejar na conta dessa ONG vinte por cento dos lucros obtidos pelo governo na operação de socorro montada para tapar os rombos desses mesmos empréstimos. Nada disso é “culpa por associação”, e não há nada de surrealista em querer elucidar esses fatos. Surrealista é pretender que o eleitor pode chegar a uma escolha sensata ouvindo o que um candidato diz e fechando os olhos ao que ele fez. Naturalmente, quem ache o contrário é instantaneamente acusado de racista: prova inequívoca de que a campanha de Obama não usa de chantagem racial para proteger o candidato contra a revelação de seus crimes.
Em terceiro lugar, as associações que um político tenha forjado ao longo da sua carreira não são detalhes externos que em nada afetem a hipotética pureza das suas convicções pessoais: são a substância mesma do esquema de poder que lhe dá sustentação política e financeira e cujos anseios e interesses pesarão muito mais sobre a conduta dele no cargo do que as meras idéias que ele possa ter na cabeça, idéias que, se vierem a se opor aos ditames do esquema, só condenarão seu agente ao isolamento e ao fracasso.
No caso de Obama, examinar a pessoa, o passado e as associações torna-se ainda mais obrigatório por dois motivos incontornáveis:
Primeiro: Seu discurso de campanha contrasta de tal maneira com todas as suas ações e palavras anteriores, que ninguém pode votar nele com consciência de causa sem ter primeiro esclarecido se ele mudou de idéia sinceramente ou se o novo make-up com que ele se apresenta é apenas um disfarce. Muitos adeptos de Obama – e alguns dos mais entusiásticos entre eles, como por exemplo Louis Farrakhan (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77539) – não escondem que lhe dão apoio precisamente em razão das idéias radicais que ele defendeu outrora (e daquelas mesmas associações comprometedoras que agora ele nega), e não do seu discurso moderado de hoje, que aceitam apenas como concessão tática provisória. Alguém no campo obamista deve estar enganado a respeito do seu candidato: ou os que o aplaudem por ser um esquerdista fanático, pró-terrorista e anti-americano (como o indicam seus votos no Senado e suas ligações com William Ayers, Raila Odinga, Jeremy Wright, Louis Farrakhan e similares), ou os que confiam nele por ser moderado e patriota como seu discurso eleitoral sugere. Os dois lados não podem ter razão ao mesmo tempo. Fugir dessa questão e concentrar o debate tão-somente no conteúdo do discurso eleitoral em si é fazer desse discurso um fetiche hipnótico em vez de tentar compreendê-lo no seu sentido real e concreto.
Segundo: Obama é um recém-chegado, sua carreira política a mais curta e sua biografia a mais obscura e duvidosa que um candidato à presidência americana já apresentou ao público. O próprio Obama não faz o menor esforço para esclarecer seu passado, antes busca encobri-lo por meio de subterfúgios e mentiras já várias vezes desmascaradas. Por exemplo, ele disse que jamais militou num partido socialista: já apareceram as provas de que militou em dois (v. http://newsbusters.org/blogs/p-j-gladnick/2008/10/08/will-msm-report-obama-membership-socialist-new-party). Ele disse que mal conhecia William Ayers: já está claro que foi nomeado por Ayers para a ONG Chicago Annenberg Challenge e ambos juntos arrecadaram um bocado de dinheiro para organizações esquerdistas.
Essa conduta já é suspeita o bastante, mas o respaldo solícito que ela recebe uniformemente da grande mídia chega a ser assustador, denotando uma fraude jornalística geral e organizada, muito mais temível, pelo alcance universal das suas conseqüências, do que a ocultação da existência do Foro de São Paulo (Cavaleiro do Templo: veja na coluna ao lado) pela mídia brasileira (se eu não tivesse visto este último episódio com os olhos da cara não acreditaria no que eles estão me mostrando agora).
Episódios essenciais, não só da biografia pessoal de Obama, mas da sua militância política, são omitidos sistematicamente pelos jornais e pela TV ou só saem em versão expurgadíssima, higienizada e embelezada, contrastando com a espetaculosa exibição dos menores detalhes íntimos da vida da família Palin, apresentados sempre com vagas insinuações de escândalo precisamente porque em si mesmos nada têm de escandaloso ou relevante. Alguns daqueles episódios, bastante recentes aliás, de 2006 e 2007, mostram um Obama tão diferente daquele que aparece nos debates, que nenhum observador isento pode deixar de notar o contraste e perguntar se a imagem de bom menino veiculada pela propaganda eleitoral do candidato, com a ajuda cúmplice da grande mídia, não é antes uma farsa sinistra destinada a colocar na presidência dos EUA, sob pretextos calmantes, um revolucionário odiento e pelo menos tão anti-americano quanto Hugo Chávez e Ahmadinejad.
Pelo menos uma das faces de Obama que os eleitores americanos não conhecem é tão repugnante que, ao tomar conhecimento dela, você perde na hora todo interesse pelas “propostas de governo” que ele tenha a apresentar, e começa a se perguntar quanto o senso de moralidade dos dirigentes democratas precisou baixar para que aceitassem sepultar fatos tão essenciais e construir em cima do sepulcro a imagem integralmente postiça de um candidato confiável e tranqüilizante, do qual nada mais restasse a discutir senão suas “idéias”.
Essa face, invisível ao povo americano pelo menos até o último dia 10, quando o WorldNetDaily publicou as provas cabais da sua existência (v. http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=77508), é a mais visível no Quênia, país onde Obama teve uma atuação política cem vezes mais decisiva, em escala local, do que jamais teve na América até o início da presente campanha eleitoral. Essa atuação consistiu em apoiar abertamente o líder queniano Raila Odinga e em tentar manipular em favor dele o próprio Senado americano. Odinga não é só um notório comunista e agitador anti-americano. É culpado de assassinato em massa. Em 2007, tendo perdido as eleições para presidente, ele desencadeou uma onda de violência, dirigida especialmente contra cristãos, mandando queimar mais de oitocentas igrejas, algumas com gente dentro, matando mais de mil pessoas e expulsando de suas casas aproximadamente quinhentas mil. A matança só parou quando Odinga foi nomeado primeiro-ministro. Obama não lhe negou apoio antes, durante ou depois desses acontecimentos.
Will e Dionne chamariam isso de “velhas ligações do tempo de Chicago”? Diriam que responsabilizar Obama por suas próprias ações em favor de Odinga é “inculpação por associação”, “insulto pessoal”, argumentum ad hominem? Achariam “surrealista” que alguém visse nessas ações um indício mais significativo da índole política e do caráter de Barack Hussein Obama do que suas promessas de campanha?
Não sei, mas sei o que eu diria no lugar deles: o destino que Obama prenuncia para a América não está nas suas promessas de futuro, mas nos fatos do seu passado.
Não chega a ser maravilhoso que um político tão enfatuado das suas “raízes africanas” se esmere tanto em esconder o mais importante episódio africano da sua biografia, que até hoje lhe rende a gratidão e o respeito dos seguidores de Odinga, ao ponto de prenderem e expulsarem do Quênia o repórter do WorldNetDaily, Jerome Corsi, enviado ao país para investigar o que Obama andara fazendo por lá?
Não há mais espaço no presente artigo para expor em detalhe outros capítulos edificantes desse exemplum vitae humanae que o pastor racista Louis Farrakhan chama, literalmente, “o Messias”. Digo apenas que ter uma carreira universitária integralmente financiada por árabes anti-americanos não é “culpa por associação”; receber ajuda de campanha do estelionatário Tony Resko e depois de eleito influenciar prefeituras para que investissem nos negócios dele não é “culpa por associação”; bloquear as medidas do governo destinada a frear os abusos de Fannie Mae e depois receber 100 mil dólares em contribuições dessa empresa não é “culpa por associação”; falsificar uma certidão de nascimento e usar de manobras judiciais para escapar à exigência de mostrar um documento autêntico não é “culpa por associação”; e muito menos é “culpa por associação” militar na Acorn (aquela que de quebra distribui milhares de títulos de eleitor falsos – v. http://news.yahoo.com/s/ap/20081009/ap_on_el_ge/voter_fraud) em favor de empréstimos bancários a devedores insolventes, e depois tentar despejar na conta dessa ONG vinte por cento dos lucros obtidos pelo governo na operação de socorro montada para tapar os rombos desses mesmos empréstimos. Nada disso é “culpa por associação”, e não há nada de surrealista em querer elucidar esses fatos. Surrealista é pretender que o eleitor pode chegar a uma escolha sensata ouvindo o que um candidato diz e fechando os olhos ao que ele fez. Naturalmente, quem ache o contrário é instantaneamente acusado de racista: prova inequívoca de que a campanha de Obama não usa de chantagem racial para proteger o candidato contra a revelação de seus crimes.
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