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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Porque Serra vai perder

MÍDIA A MAIS

por Ipojuca Pontes em 6 de julho de 2010


Dilma e Serra. No fundo, não há tanta diferença assim, já que Serra não faz oposição ao desgoverno petista
“Toda indulgência para com os culpados revela conivência”
Napoleão Bonaparte
Antes das chamadas “convenções partidárias”, período em que os partidos  apresentam os candidatos à disputa eleitoral da presidência da República, o “pré-candidato” José Serra, do PSDB, marcava 10 pontos de vantagem sobre a candidata do PT, Dilma Rousseff - então, uma mutante ex-terrorista em fase de recauchutagem facial e adestramento “neoliberal” (administrado, na moita, pelo trotskista Antonio Palloci, o amigo das Farc e das meninas brasilienses de Jeany Mary Corner).
Dois meses depois, apontados convencionalmente os candidatos, as mesmas pesquisas davam conta de que José Serra e Dilma Rousseff, farinhas do mesmo saco ideológico, estavam empatados em 37%, cada um, nas intenções de voto do eleitorado.
Semana passada, no entanto, pesquisa da Vox Populi reafirmava uma sondagem anterior do Ibope/CNI, confirmando a vantagem da candidata petista sobre o candidato tucano em exatos cinco pontos: Dilma 40% contra 35% em favor de José Serra. Pior ainda: com a recente escolha do ignorado ex-vereador e deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ) para vice-presidente da República na chapa do PSDB, especialistas do ramo já estão prevendo que  a diferença pró Dilma vai disparar – embora, verdade seja dita, uma nova pesquisa tenha indicado outro “empate técnico” entre os dois candidatos. Durma-se com um barulho desses!
Diante do quadro exposto, a pergunta que se impõe é a seguinte: por que José Serra vai perder as eleições?
Antes de tudo, por não fazer oposição: de fato, na cabeça de Zé Serra, ao que parece, a guerra total empreendida pelo PT para manter o poder não passa de um sarau de moçoilas repleto de amenidades. Assim, não dá. Querem uma amostra de como a coisa funciona no Brasil atual?
Pois bem: com crescente ousadia o coronel Lula da Silva manda e desmanda, como se a nação fosse o seu chiqueiro de porcos. Ele despeja sua verruma ignorante pelos quatro cantos do planeta em favor do terrorismo em geral, faz da máquina pública um bordel do PT, transforma a Petrobras numa agência do mais desenfreado sindicalismo selvagem, inventa obras eleitoreiras que nunca se concluem e, como sempre, mente como um obcecado para inventar um crescimento que não existe (visto que, em média, ele nunca passou de 3,57% durante seus dois mandatos) – e por aí vai.
Bem, diante de tais descalabros, como se posiciona o candidato Zé Serra?
Ele simplesmente aparece na ribalta e, bancando o bom moço, afirma o seguinte: - “Lula está acima do bem e do mal”. Pode?
Como se sabe, no ano de 1990, depois da  queda do Muro de Berlim e da derrocada da URSS, Fidel Castro e Lula da Silva criaram - para dar continuidade ao fogo subversivo da antiga Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) - o famigerado Foro de São Paulo, cujo objetivo era, e continua sendo, por meio de maquinações maquiavélicas, tomar de bandeja a democracia representativa para impor o regime socialista no espaço continental.
De início, contando com a participação de  48 organizações comunistas, entre elas,  partidos socialistas, movimentos sindicais, alianças e frentes revolucionárias, em pouco tempo, graças aos milhões de dólares levantados pelo narcotráfico das Farc, o FSP transformou-se numa Internacional Comunista poderosa, reunindo mais de 350 associações partidárias, trabalhando dia e noite para restabelecer na “América Latina aquilo que foi perdido no Leste Europeu” – ou seja: o Controle Vermelho totalitário, ainda que disfarçado sob o falso manto da “democracia participativa”.
Com efeito, seguindo os preceitos anualmente administrados pelos integrantes do Foro de São Paulo, todos comprometidos com a transição rápida para o socialismo, o Brasil apresenta hoje os mais alarmantes índices de violência, corrupção e degradação social.
Em matéria de criminalidade em massa, somos campeões olímpicos: segundo dados estatísticos oficiais nada menos de 54 mil pessoas morrem anualmente no país pelas vias da violência, vítimas de assassinatos, sequestros, “balas perdidas” etc. - 70% das quais sem a menor punição.
Por sua vez, o roubo puro e simples, o desvio de verbas nas repartições públicas e nas estatais, os gastos faraônicos com propaganda enganosa, o desperdício com as milionárias mordomias palacianas, as concessões e os subsídios concedidos aos grupelhos privilegiados e amigos do Rei travestidos de empresários, transformaram-se em atividades estáveis e de grande status social, num país que se afigura a cada dia mais instável, absurdo e vil.
No tocante à condição social, o panorama não poderia ser mais degradante: no mundo rural, por exemplo, o MST, braço armado do PT (idealizado pela igreja apóstata da Pastoral da Terra), invade, mata, rouba, incendeia e destrói plantações, tudo – mas tudo mesmo - sob os olhares complacentes dos poderes constituídos e o amparo financeiro (legal e ilegal) do próprio governo – vale dizer, do bolso do contribuinte.
No mundo urbano, por outro lado, o  tecido social apodrece literalmente, entregue (royalty, aqui, para o mulato Lima Barreto) à esbórnia e à dissolução. Acossada pelo Ogro Antropofágico de Lula, escravizada durante cinco meses do ano para sustentar o ente insaciável, a sociedade pulula desnorteada na busca da sobrevivência a todo custo, atrás da grana fácil ou suada e da ascensão social que leva, sem remorso, ao consumo pelo consumo ou, quando não, ao crime.
Neste torvelinho desagregador, notoriamente decadente, sexo, droga, rock and roll, mistificação religiosa, arte engajada e lazer alienante, entre outros ingredientes  (satanicamente manipuladas pelos meios de comunicação), formam o grosso caldo cultural propositadamente administrado para o entorpecimento da massa sem rumo.
É claro que o candidato Zé Serra, ex-presidente da UNE e da clandestina Ação Popular (AP), com passagem pelo Chile do comunista Allende, tem a exata noção do que significa a “transição para o socialismo” no território latino-americano. Mais ainda: ele tem o perfeito conhecimento da coleção de fracassos da social-democracia no mundo, particularmente na Europa, onde países como Grécia, Portugal, Espanha, Itália, França, Inglaterra e a própria Alemanha, fazendo da moeda sem lastro o pasto das indiscriminadas benesses sociais, caíram de quatro - quem sabe para não mais se levantar.
No entanto, mesmo sabendo disso tudo, o candidato tucano, no seu cortejo eleitoral, insiste em prometer, por exemplo, coisas como entregar remédio de graça a domicílio, gerenciar o consumo de droga, oficializar o aborto, proibir o tabaco, liberar o casamento gay, manter intocada a floresta amazônica, cortar gastos sem fechar ministérios (muito antes pelo contrário) e fazer renascer das cinzas os espantalhos da SUDENE e da SUDAM, dois  falidos sumidouros dos dinheiros públicos.
E para completar a sina de candidato puxado para a derrota, numa campanha de  densa complexidade psicossocial, Serra, ar de administrador público enfezado, vestido ao modo de um Brizola (camisa social azul e calça bege), teima em se apresentar como o eterno chato dono da verdade – uma verdade, de resto, chocha e vã, desprovida de qualquer filosofia.
Te cuida, rapaz!

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".