Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O povo quer armas!

MÍDIA SEM MÁSCARA

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira que os estados federados não podem limitar ou proibir os cidadãos de possuir armas de fogo, como garante a Segunda Emenda da Constituição. Ao revogar uma proibição de Chicago (Illinois) sobre porte de armas de fogo, a máxima instância judicial americana declarou inconstitucional qualquer restrição nesse sentido por parte dos estados e dos governos locais. Em um duro golpe contra aqueles que buscam um maior controle das armas nos Estados Unidos, o juiz Samuel Alito disse que a Constituição é clara sobre o direito dos cidadãos de portar armas para sua defesa pessoal.
Depois do aborto e da pena de morte, o controle de armas talvez seja o tema mais divisivo e polêmico na sociedade atual. E com boa razão. Armas podem servir tanto para o bem quanto para o mal.
Por que proibir o direito de posse de armas para a defesa pessoal? A idéia daqueles a favor do controle é que, com menos armas, haveria menos crime. Também haveria menos acidentes com armas de fogo ou tragédias passionais, que ocorrem num ímpeto e muitas vezes são facilitados pela presença de armas. Também haveria menos atiradores malucos como os de Columbine e Georgia Tech.

A primeira afirmação (menos armas = menos crime) está longe de ser comprovada. Aliás, parece ocorrer exatamente o contrário. Tanto em Chicago quanto em Washington D.C., cidades que instituíram controle de armas, o crime aumentou durante o período de vigência da lei. É verdade, correlação não é causação: o aumento do crime poderia ter outros motivos. Mesmo assim, parece claro que o controle de armas não é a solução. Os números são quase todos a favor dos apologistas da arma.

Quanto a casos de crimes passionais, acidentes, ou tiroteios como os de Columbine, é possível que um controle mais rigoroso da posse de armas pudesse diminuí-los. Mas também devemos levar em conta que armas salvam vidas. Milhões de pessoas salvaram sua vida ou patrimônio do ataque de criminosos. Quanto a ataques como o de Columbine ou Georgia Tech, é como diz Thomas Sowell: todos os ataques de homens armados só chegaram ao fim com a ação de outros homens armados (sejam cidadãos ou policiais).

O que os "controladores" não entendem é o seguinte: por que alguém compra uma arma? Na maioria dos casos, não é por diversão. As pessoas se armam quando se sentem em perigo. Ou seja: armam-se para defender-se de outras pessoas com armas. Não houvesse ninguém com armas e más intenções, e o controle de armas seria desnecessário.

Em grandes cidades com alto nível de crime, uma arma pode ser um investimento útil. Isso sem falar em situações extremas como guerra, desastre ou crise geral das instituições, em que ter ou não uma arma é a diferença entre a vida e a morte.

De fato, paradoxalmente, um controle de armas funciona melhor em sociedades de baixo nível de crime. Em sociedades de alto nível de crime, tende a fracassar.

O fato é que o homem sempre usou armas para atacar e se defender. A idéia dos progressistas, relativamente nova em termos históricos, é de que a defesa pessoal, da família e do patrimônio não compete mais ao indivíduo, mas ao Estado. Disque 911 e reze para que os hômis cheguem a tempo, e não atirem em você por engano.

Eu não tenho uma arma e não sei atirar nem com estilingue. Mas acho que o controle de armas é um abuso proposto por pessoas que, em geral, estão bem protegidas por guarda-costas armados e carros blindados.

2 comentários:

Everardo disse...

A tentativa de armar a população não passa de um delírio de quem se vê diante de um estado democrático de direito, de uma sociedade que busca uma cultura de paz. Doentes, psicopatas, que desejam armas e armas, devem estar sob cuidados psicológicos, observados pela família, dignos de atenção psico-social. Deve procurar um CAPS em seu município.

Cavaleiro do Templo disse...

Tem que explicar pros coitados (32%...) que ninguém quer armar todo mundo, quer o direito de ter armas quem quiser.

Mas o próprio artigo mostra bem quem quer a população desarmada.

"QUANTO MAIS CORRUPTO UM GOVERNO MAIS LEIS CONTRA A POSSE DE ARMAS".
Cornelío Tacitus, historiador romano, 116 DC.

"[leis proibindo o porte de arma] desarmam somente aqueles que não estão nem disposto nem determinados a cometer crimes"
CESARE BECCARIA, 1764.

"É irracional esperar que [...] um homem desarmado deva permanecer salvo e seguro quando seus servidores estiverem armados"
Niccoló Machiavelli, 1532

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".