Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

No pulo da terrorista

DEMÉTRIUS SURDI

QUARTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2010


Lanço a questão: terá o Exército Brasileiro culhão necessário o suficiente para, no caso de Dilma eleita, intervir? 

Se a Democracia é representatividade política, então a próxima eleição para Presidente já sepultou a Democracia que pudesse existir no Brasil. Será apenas uma disputa de cargos entre a esquerda política: do menos para o mais radical, extremista, revolucionário possível (1). Confirma aquilo que Lula da Silva cantou em algum palanque Brasil afora: que estava feliz por existirem só candidatos de esquerda na próxima disputa eleitoral. 

E, pois, basta de falar que o Brasil “está caminhando para o socialismo”, porque o simples fato de existirem leis ou projetos de lei em pauta de votação que relativizem a vida, invadam a propriedade privada “ditando o que é e o que não é bom para a nossa saúde” (2), sugiram negociação com invasores de terras, em outras palavras “negociar com terrorista”, ou promovam caça aos símbolos religiosos, quanto mais aos símbolos fundadores da nação – tudo isso e muito mais, já caracteriza o avanço do Estado Socialista. 

O ponto não é o estar se aproximando do socialismo e de um governo para o outro ocorre a implantação do “socialismo” – pensar nisso é ingenuidade. A técnica moderna é a da infiltração (3). Por isso é um eterno desenvolvimento do aparato socialista dentro de um Estado já infiltrado, cuja inexistência de uma real oposição só serve de motivação para a corrida cada vez mais escancarada e sem medo dos revolucionários. Para entender isso, o leitor precisa lançar seu olhar sobre o arco do tempo e analisar o que vem ocorrendo há décadas no Brasil. Não é teoria da conspiração coisa alguma, é estudo sobre dados concretos da realidade. 

O maior erro do Governo Militar foi ter concedido anistia àqueles que queriam derrubá-lo para no lugar instaurar um Estado Comunista. Estavam na luta armada José Dirceu (que, muito provavelmente, não fosse o Mensalão, estaria hoje na disputa presidencial), Franklin Martins, Paulo Vannuchi, Carlos Minc, Tarso Genro, José Genoíno, e quem?, Dilma Rousseff, integrante do Comando de Libertação Nacional. Muitos deles treinados em guerrilhas na selva cubana. Preparados para assassinar inocentes, opositores, provocar o terror e abrir caminho para a tomada do poder. 

Anistiados, isto é, “perdoados”, puderam voltar ao país ou sair da ilegalidade (4), abandonando seus disfarces e corrigindo cirurgias, para “democraticamente” pregarem o apego aos valores socialistas. O problema da Democracia é permitir justamente isso, que preguem a destruição dela. Ué, e vai dizer que apologia ao nazismo não é proibido? Da mesma forma deveria o sê-lo com a ideologia comunista, a da foice e do martelo que estampa tão escarnecedoramente as bandeiras de partidos brasileiros. 

Como não deu certo na época, esses terroristas foram galgando posições políticas, fazendo infiltração através da militância diária, e hoje estão nos mais altos cargos públicos do país. Tudo começou mais ou menos com a ascensão de Fernando Henrique Cardoso à presidência, esse que é o atual apologista da liberação da maconha (5) e principal propagandista da ideologia globalista, do partido da “social” democracia, o PSDB. Pois é, já parou pra pensar o que diz a sigla do partido de “oposição” ao PT? 

Fingindo diferenças ideológicas, os gigantes PT e PSDB dominam o cenário político brasileiro e apenas disputam cargos. Se quisermos falar em diferença, é que, embora socializantes, um é mais radical que o outro – só isso. 

O perigo maior concentra-se em Dilma Rousseff, a terrorista que foi pega no pulo do gato no momento mais importante de uma candidatura: o do protocolo. Lá na época de Lula as ações eram mais disfarçadas, mas hoje são destemidas: na segunda-feira dia 5 de julho, correu na internet o programa de governo que Dilma e o PT entregaram no ato da protocolização da candidatura. Era a confirmação legal, oficial, do próprio PT frente ao Brasil, assumindo que iriam cumprir, se eleitos, o PNDH-3, que promete, entre vários itens: o apoio estatal ao genocídio de seres humanos em gestação (aborto) e a negociação com bandidos que invadam propriedades rurais antes que um juiz possa emitir uma liminar de reintegração de posse (6).

É o quadro de demência plena à que a mentalidade revolucionária encaminhou essa gente e que, não é de agora, eles querem nos levar também. 

Percebendo o escândalo provocado entre aqueles que ainda possuem a massa cinzenta íntegra, o PT, com a maior candura do mundo, declarou que confundiu os papéis do programa e substituiu-o por um programa mais light, entregando-o nos minutos finais do prazo do TSE. As explicações são as mais evasivas, falsas e estapafúrdias possíveis.

Mas esse é o modo de agir do PT. Solta um programa radical. A sociedade fica escandalizada. Voltam atrás. A sociedade fica alienada com alguma festa ou evento esportivo. Retomam o programa. A sociedade nem percebe. De repente, doeu! 

Então, como são obstinados por cumprir as metas revolucionárias, lembrando a decadência das instituições, a falta de mobilização popular e tendo em vista a experiência avassaladora para a população da Venezuela com o governo bolivariano de Chávez, lanço a questão: terá o Exército Brasileiro culhão necessário o suficiente para, no caso de Dilma eleita e num estágio avançado de implantação de leis socialistas, intervir?

Futuro crepuscular o nosso com Dilma presidente. 


Notas: 
1 – Não me sinto representado nesta eleição para Presidente. Você se sente? Dê o seu voto na enquete aberta até 30 de setembro (topo da página, à direita). 

2 – Aqui eu me refiro à lei anti-fumo, típicas de um Estado Totalitário (esse mesmo com maiúsculas assustadoras), promulgada no estado de São Paulo pelo então governador José Serra e em algumas cidades do Brasil, como Curitiba, pelo então prefeito Beto Richa. A lei, é do conhecimento de todos, proíbe que os freqüentadores de um espaço privado, p. ex. um bar, fumem cigarros e semelhantes dentro do recinto sob a prerrogativa de estarem causando mal à saúde alheia – ignorando o fato de que as pessoas estão no local por livre e espontânea vontade. A lei é inconstitucional, burra, e caracteriza a invasão do Estado na propriedade privada (seja ela o móvel ou imóvel ou o corpo físico do indivíduo), o que classifica imediatamente seus promulgadores e seu governo como portadores de mentalidades totalitárias. Quanto a isto não há contestação, o resto é pura vontade coletiva em detrimento das liberdades individuais. 

A propósito, ambos os políticos citados concorrem agora aos cargos de Presidente e Governador do Paraná, respectivamente. Notem como a coisa é assustadora: se eleitos, não duvide que tentarão impor sua ideologia totalitária sobre as vontades individuais. 


3 – Infiltração em todos os domínios: político, cultural, econômico, religioso, etc. O fundador do Partido Comunista Italiano, Antonio Gramsci, leitor de Karl Marx, sugeria isso abertamente para as revoluções ocidentais, tanto que a técnica é conhecida como infiltração gramsciana ou marxismo cultural. 

4 – O mesmo não ocorre com o terrorista Cesare Battisti, que se pôr os pés na Itália é imediatamente preso, não por coincidência asilado por seus companheiros de classe aqui no Brasil. 

5 – Fico pensando como seria uma realidade onde tivéssemos que lidar com a vontade livre e legal do fumante de maconha frente à proibição de cigarros e fumos em locais fechados. O pobre do cigarro, que não provoca alterações comportamentais, perde para a maconha, capaz de levar seu usuário à perda de consciência. Poderá o maconheiro dar o pito no local fechado? Haverão negócios especializados para tal finalidade? Que neurônio a menos perderam os apologistas da maconha? Talvez justamente aquele que é afetado pela erva da boa. 

6 – É difícil de entender esse último item? Imagine um marginal armado invadindo a sua casa exigindo a posse dela, você chama a polícia para proteger a sua Família e a sua Propriedade, mas então surge o mastodôntico Estado dizendo que o marginal deve ser ouvido antes que o juiz possa expedir uma liminar de reintegração de posse. É tudo o que o Diabo gosta, tudo o que eles querem. 

Leiam: 


Nivaldo Cordeiro: “Folha” Incorrigível. 

Mais:

Leia “A falta que a militância faz” de Olavo de Carvalho e ouça o inspiradíssimo programa True Outspeak de 5 de Julho.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".