| 11 ABRIL 2010
INTERNACIONAL - AMÉRICA LATINA
A viagem de Piedad Córdoba à Europa é um elo a mais da estratégia integral dos comunistas contra a Colômbia. E o mais grave é que nenhum dos postulantes à Presidência parece dar-se conta desta grave situação.
A Colômbia enfrenta uma encruzilhada de difícil solução. Após oito anos de governo do melhor presidente da História pátria, e do atualmente melhor mandatário do hemisfério, há uma defasada rapina eleitoreira de vários candidatos populistas, ansiosos em ocupar seu posto a partir de 7 de agosto vindouro, sem que, evidentemente, tenham as mesmas capacidades do governante que sai.
Por desgraça para o país, nenhum dos postulados é conseqüente com a realidade nem com o nível dos problemas internos e externos da Colômbia. Sem exceção, todos os candidatos atuais têm se dedicado a fazer politicagem vulgar e barata. Nenhum apresentou um programa sólido e concreto em cada um dos ramos ministeriais. Muito menos pontualizaram em assuntos fundamentais para a sobrevivência do Estado, a defesa da soberania, a continuidade das instituições e a sustentabilidade de planos de desenvolvimento sócio-político que estão em curso.
Pelo contrario, os aspirantes a ocupar a cadeira de Bolívar têm navegado no mar da verborréia, dos agravos mútuos, da vaidade egocêntrica e do oportunismo midiático. Uma verdadeira vergonha histórica para a Colômbia!
Presas da vaidade e do egocentrismo, Noemí Sanín, Rafael Pardo e Juan Manuel Santos, todos os dias falam do divino e do humano que foram - segundo eles - seus fulgurantes desempenhos nos cargos públicos que exerceram. O aterrador é a sem-vergonhice com que dizem tais mentiras, sem se importar de que qualquer leigo no tema possa questioná-los que, se foram tão excelentes e exitosos, qual a razão para que o país ande por caminhos opostos aos vitoriosos auto-elogios dos três prepotentes candidatos presidenciais enunciados?
Desde outro ângulo, Mockus e Fajardo, dois intranscendentes ex-prefeitos, aumentam o populismo a partir da demagogia de que "tudo vai mudar". Não importa que em seu falatório não haja muito que o sustente. Vargas Lleras segue fiel à sua atitude camaleônica e politiqueira de sempre. Do mesmo modo que Santos, tem transitado por todos os setores politiqueiros e, em cada um deles, além de refúgio tem procurado oportunismo midiático.
O terrorista Gustavo Petro continua igual aos arcaicos comunistas de antanho. Aferrado a paquidérmicas teses-guia do marxismo-leninismo, realiza ingentes esforços demagógicos com o objetivo de colocar a Colômbia dentro da órbita de Chávez e seus comparsas.
Entretanto as FARC, Colombianos pela Paz, o Foro de São Paulo, a Coordenadora Continental Bolivariana, Lula, Chávez, Correa, Morales, etc., tiram proveito da atual desordem. A providencial viagem de Piedad Córdoba à Europa é um elo a mais da estratégia integral dos comunistas contra a Colômbia. E o mais grave do assunto é que nenhum dos postulantes à Presidência da Colômbia parece dar-se conta desta grave situação.
Como Pôncio Pilatos lavam as mãos, empurram responsabilidades goela abaixo, desencavam arquivos históricos de baixa politicagem, etc., porém nenhum propõe nada novo nem benéfico para a Colômbia.
Em resumo, o mal é generalizado. Nem os meios de comunicação, nem a academia, nem os colunistas de opinião se manifestam. Reina a indiferença absoluta. Tudo indica que a enteléquia pré-eleitoral e o ruído das campanhas publicitárias obnubilam a razão dos potenciais eleitores.
Por estas e muitas razões se poderia dizer que Uribe não tem substituto, porém, por desgraça, a danificada é a Colômbia. E por extensão, o segmento territorial do hemisfério governado pelos padrinhos das FARC.
* Escrito com exclusividade para o jornal "Inconfidência" de Minas Gerais
Tradução: Graça Salgueiro
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