Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O anão político - Carta aberta a Lula da Silva

MÍDIA SEM MÁSCARA

Com suas declarações o senhor ofende a dor de uma mãe, Reina Tamayo Danger; o senhor ofende a memória de nosso irmão de luta, o mártir Orlando Zapata Tamayo, encarcerado só pelo fato de lutar valente e pacificamente contra a ditadura.

7 de abril de 2010

A: Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República Federativa do Brasil.

Senhor Presidente:

Em entrevista oferecida à agência Associated Press, o Senhor comparou os presos políticos encarcerados injustamente pelo regime comunista dos irmãos Castro, com os presos comuns de seu país e pediu respeito à legislação cubana. Pois digo-lhe que a legislação vigente em Cuba, no que concerne ao Código Penal, é uma cópia quase fiel do Código Penal da Rússia de Stalin.

A luta que a oposição trava dentro e fora de Cuba, contra a ditadura, é pacífica; não tem nada a ver com métodos violentos, como o fizeram antes de 1959 os irmãos Castro. Para ser breve lhe darei só um exemplo: o movimento 26 de Julho em Havana, detonaram mais de cinqüenta bombas matando pessoas inocentes em apenas uma noite. Este acontecimento sangrento é recordado na história de Cuba como "O dia das cem bombas". Depois de usurpar o poder começaram os fuzilamentos semeando o medo e a violência, fatos que duram já mais de meio século.

Embora a greve de fome seja um instrumento de protesto que põe em perigo a vida de quem a realiza, é inumana, irracional e condenável a atitude do governo cubano que não escuta o pedido de libertação dos presos políticos por parte da oposição, da comunidade internacional e das valentes Damas de Branco que exigem apenas a libertação de seus seres queridos, as quais foram golpeadas e reprimidas por agentes do governo mostrando uma vez mais sua natureza repressiva.

Com suas declarações o senhor ofende a dor de uma mãe, Reina Tamayo Danger; o senhor ofende a memória de nosso irmão de luta, o mártir Orlando Zapata Tamayo, encarcerado só pelo fato de lutar valente e pacificamente contra a ditadura.

Orlando Zapata Tamayo se enfrentou desde sua cela escura durante sete anos com todo um exército de esbirros assassinos recebendo torturas e incontáveis golpes que, todavia, não puderam dobrá-lo. Pagou com sua vida o preço da liberdade; isso não fazem nem os bandidos de seu país nem os de nenhum país do mundo. Isso dói ao tirano, como o aborrece igualmente reconhecer que não puderam matar sua honra, sua galhardia, pois sabem que morreu de pé como só os homens dignos sabem fazer; dói-lhes saber que seu exemplo já é indelével.

Senhor presidente, pode-se ser agradecido, porém essa não é a melhor maneira de pagar aos Castro os favores que talvez lhe tenham feito em seu passado. Há alguns dias no programa de TV do jornalista Andrés Oppenheimer, escutei o ex-chanceler do México, Jorge Castañeda, dizer que o Brasil é um gigante econômico, mas ao mesmo tempo um anão político.

O Brasil é uma grande nação, cujo povo trabalha por seu progresso; o povo cubano sempre lhe dispensou um profundo respeito e é por isso que acredito que o anão político é seu presidente.

O senhor demonstrou com suas aberrantes e ofensivas declarações, e não só por isto, mas porque também, junto a alguns mandatários latino-americanos, por um lado comete a mesquinhez de não querer reconhecer um governo legítimo como o da República de Honduras e por outro, comunga com a ditadura de Havana. Isso, senhor presidente, é pequenez política e dupla moral. Se lhe falta valor para condenar os crimes da ditadura em meu país, então o senhor guarde silêncio.

Humberto Montoya Portuondo é co-fundador do Movimento Alternativa Republicana.

Exilado em Aurora, Illinois, USA.

Tradução: Graça Salgueiro

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".