Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Onde está Pedro, aí também está a Igreja - campanha de apoio ao Papa

INSTITUTO PLÍNIO CORRÊA DE OLIVEIRA

Leia abaixo, na íntegra, o documento que será enviado ao Vaticano e confirme seu apoio.



Ubi Petrus, ibi et Ecclesia

Preito filial de solidariedade a Sua Santidade Bento XVI


A Sua Santidade Bento XVI

Cidade do Vaticano

B
eatíssimo Padre,

N
ós, 
abaixo-assinados, católicos brasileiros, de joelhos diante de vossa Sagrada Pessoa, vimos apresentar a Vossa Santidade nossa profunda e sincera solidariedade diante das vis calúnias e torpes ataques de que tem sido vítima nestas últimas semanas.

C
om uma hipocrisia que tem poucos antecedentes na História, os mesmos intelectuais, líderes políticos e órgãos de imprensa e televisão que destroem sistematicamente a inocência das nossas cria
nças e adolescentes — pela difusão incessante da pornografia e a promoção de uma cultura na qual “é proibido proibir” — hoje rasgam as vestes diante do abuso sexual de crianças praticado por um certo número de sacerdotes e religiosos indignos. Pior ainda: tais correntes ditas “avançadas” ousam culpar por esses abusos ignóbeis a própria Igreja, a qual, pela sua incessante pregação da moral evangélica, não somente ergueu o mundo pagão do lodaçal de uma corrupção moral desbragada, mas, ao longo de vinte séculos, foi o baluarte da virtude da pureza!

Q
ue autoridade intelectual e moral têm tais agressores para exigirem a abolição do celibato 
eclesiástico — eles que glorificam a promiscuidade sexual desde a mais tenra idade; eles que distribuem preservativos a crianças, incitando-as a praticarem o “sexo seguro”; que corrompem almas inocentes com suas “aulas de educação sexual” pautadas por uma visão hedonista e dissoluta da sexualidade; e que promovem as relações homossexuais, a ponto de desejarem abaixar a idade legal de consentimento para as mesmas?

O
s abusos sexuais cometidos por sacerdotes e religiosos não são, por acaso, em sua imensa maioria, casos de homossexualidade com adolescentes, ou seja, precisamente atos que esses mesmos intelectuais, líderes políticos e órgãos de imprensa favorecem? Eles que agora atacam a Igreja e a vossa Sagrada Pe
ssoa?

S
anto Padre, os brasileiros somos um povo intuitivo, que sabe ler no fundo dos corações: não nos deixamos iludir pelas falácias do crescente estrondo publicitário que, na pessoa do Papa, procura, na verdade, derrubar o estandarte que ele empunha; ou seja, a bandeira imaculada dos ensinamentos morais d’Aquele que é, para a humanidade inteira, “o Caminho, a Verdade e a V
ida”.

O
s promotores dessa ofensiva publicitária querem evitar que nossos contemporâneos, desilud
idos das falaciosas promessas de felicidade atéia dos arautos da “modernidade”, prestem ouvidos ao ensinamento tradicional da Igreja, incluindo vossas oportunas denúncias da “ditadura do relativismo” que, em nome da idolatria do homem, visa eliminar qualquer freio à liberdade, legalizando o aborto e a eutanásia, favorecendo as relações pré-matrimoniais, o divórcio e o pseudo-casamento homossexual.

O
s fomentadores dos ataques contra Vossa Santidade desejam, na realidade, silenciar vossa voz, porque ela se ergue para defender as raízes cristãs da civilização ocidental e para pleitear o direito da Igreja Católica de intervir no debate público a respeito das grandes questões culturais e sociais co
ntemporâneas, à luz do Evangelho. O que contraria os planos daqueles que, em nome do laicismo de Estado, querem até eliminar dos lugares públicos o mais sagrado símbolo religioso — o crucifixo, que nos recorda o padecimento e a morte de nosso Divino Redentor.

O
s disseminadores das falsas acusações de que Vossa Santidade teria acobertado — em Mun
ique ou na Cúria romana — os que praticaram abusos contra crianças são, paradoxalmente, aqueles mesmos que se indignaram com vossa Instrução de 2005 proibindo o acesso aos seminários de candidatos com arraigada tendência homossexual, ou seja, os candidatos que têm maior probabilidade estatística de vir a abusar sexualmente de adolescentes ou de meninos.

P
romotores da atual campanha de calúnias são também aqueles que não se conformam com o fato de que Vossa Santidade, quando ainda Cardeal-Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, denunciou o comunismo como “a vergonha de nosso tempo” e condenou a Teologia de Libe
rtação de inspiração marxista, que grassava nos meios católicos, e em relação à qual, em data recente, Vossa Santidade reiterou sua posição contrária, no discurso aos Prelados dos Regionais Sul 3 e Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em visita ad limina apostolorum.

S
anto Padre: nós, católicos brasileiros, sabemos ler, nas entrelinhas dos jornais, o significado mais profundo do debate em curso. E, fiéis aos ensinamentos perenes da Santa Igreja, aderimos de todo 
coração aos “valores não negociáveis” promovidos por Vossa Santidade, ou seja:
a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até à morte natural;
- a sacralidade da família fundada sobre o matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher; e
- o direito dos pais de educar os filhos e inculcar-lhes os princípios morais e religiosos verdadeiros.

A
o manifestarmos nosso total repúdio à ignóbil campanha de calúnias contra vossa Sagrada Pessoa e ao expressar-Lhe nossa solidariedade, não somos movidos apenas pelo sent
imento filial que anima os fiéis católicos ao ver o doce Vigário de Cristo na Terra atacado pelas hostes do mal. Sabemos bem que Ubi Petrus, ibi et Ecclesia (onde está Pedro, aí também está a Igreja). Por isso, queremos fazer ao mesmo tempo um ato de fé na Igreja Católica e, em particular, naqueles ensinamentos perenes de seu Magistério que a “ditadura do relativismo” deseja ver eliminados da nossa legislação e de nossas vidas.

S
antid
ade, no meio da borrasca, os corações de milhões de brasileiros acompanhá-lo-ão em sua corajosa defesa dos direitos de Deus e dos “valores não negociáveis”, com suas preces, com seu fervor filial e com a energia que lhes vem do sacramento da Confirmação que os transformou em autênticos soldados de Cristo.

B
em sabemos, Santidade, e é com dor que o dizemos, que neste momento em que a Igreja dev
eria enfrentar firme e coesa a tempestade que se anuncia, ela se vê entretanto enfraquecida em seu elemento humano pela ação de correntes que nela se esgueiraram, e que levaram às impressionantes lamentações de Vosso Predecessor Paulo VI quando disse que “a fumaça de satanás” havia penetrado no Templo de Deus, referindo-se ainda a um misterioso processo de “autodemolição” em curso, após o último Concílio.

M
as tal situação, lo
nge de produzir desânimo, torna ainda mais cogente que cerrem fileiras em torno da Cátedra de Pedro aqueles que desejam de toda alma permanecer fiéis aos ensinamentos evangélicos. Entre estes humildemente nos incluímos, seguindo o exemplo do grande e saudoso lider católico brasileiro do século XX, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

D
entro de algumas
 semanas, por ocasião do décimo aniversário da beatificação de Jacinta, e no ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, Vossa Santidade pisará o solo de nossa Mãe Patria, o querido Portugal, onde Nossa Senhora falou em português aos três pastorinhos de Fátima.

L
embraremos, então, a visão profética que a mesma Jacinta teve no último período de sua curta existência e que tanto a fez sofrer:
Eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!”

E
stará chegando essa hora? A pergunta se põe e
, por isso, com os mesmos sentimentos de Jacinta, pedimos à pequena vidente e a Nossa Senhora de Fátima para que intercedam junto a Nosso Senhor Jesus Cristo e obtenham para Vossa Santidade assinaladas graças de discernimento e fortaleza, com as quais possa dirigir a Barca de Pedro com mão segura, em meio ao “tsunami” publicitário, mediante o qual pretendem afundá-La. Esforço vão, porque sabemos que, no final, conforme a promessa indefectível de Nosso Senhor, “portae inferi non praevalebunt” (as portas do inferno não prevalecerão contra ela).

D
irigindo a Deus essa prece do mais fundo do coração, depositamos aos pés de Vossa Sa
ntidade nossas mais respeitosas e filiais homenagens.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".