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quinta-feira, 22 de abril de 2010

A DECLARAÇÃO-BOMBA DE DILMA: "EU AMO O MEU PAÍS!

BLOG REINALDO AZEVEDO
quinta-feira, 22 de abril de 2010 | 5:51

No texto que escrevi ontem sobre a entrevista de Dilma a Datena, informei que o apresentador lhe pediu uma revelação inédita, algo que ela não houvesse dito ainda a ninguém e que gostaria de dizer ali. Vai do comecinho do vídeo até 1min40s:





Transcrevo para a história:

DILMA - Olhe, eu queria dizer uma coisa assim… Eu acho que pra mim, tá?, esses anos que passei lá em Brasília, no governo federal, foi (sic) um momento especial na minha vida, Porque eu sou de uma geração que sempre quis transformar o Brasil, sempre queria um, um… país mais justo. E, aí, o que é que acontece? Acontece que a gente… Muita gente ficou pra trás. E, muitas vezes, né?, cê ficava pensando: “Mas será que, nessa etapa da minha vida, já pro…, já pra segunda metade, né?, eu vou ter essa oportunidade?” E eu quero te dizer o seguinte: eu me sinto muito feliz de ter chegado até aqui. Já sou muito grata por ter chegado até aqui. E, é…, uma coisa que fica muito dentro de mim, né?… Se ocê me perguntasse: “MAS O QUE É QUE OCÊ QUER DIZER MESMO COM ISSO? Eu quero dizer o seguinte: “Eu amo o meu país”. E, já ter chegado aqui, para mim, foi uma grande conquista.

DATENA 
- Isso não quer dizer que já é o suficiente, né?

DILMA -
 Não! Porque a gente, qualquer um de nós, quem tá me escutando sabe disso, homens e mulheres, uma das melhores coisas da gente é que a gente não desiste nunca, né? Nós não desistimos. Como dizia a mãe do presidente pra ele: “Teime, Teime Lula”. É isso que eu digo pra mim mesma: “Dilma, teime”.

Comento


O que é isso? Efeito da marquetagem. É a equipe de campanha dizendo à candidata que ela tem de se mostrar mais humana, fazer um discurso menos tecnocrático, ser menos rígida, mostrar-se uma pessoa amorável, cordata, doce, próxima… Tudo aquilo que ela não é.

Por isso acabou estrelando esse momento patético, em que fica tentando arrancar palavras do vazio para provar a sua ternura, forçando um certo suspense emocionado que termina na frase estupenda: “EU AMO O MEU PAÍS”. Mais: sua resposta dá a entender que já chegou longe demais…

O alinhamento de Datena com Lula, o PT e Dilma é conhecido. Atuou, durante a entrevista, como um advogado entusiasmado do governismo e tradutor do que ela dizia. Mas o esforço, parece, não foi bem-sucedido. Queria algo que, afinal, fosse notícia nos sites e nos jornais. Aos cinco minutos (desse trecho), cobra:


DATENA 
- Me dá uma notícia que vai sair no jornal amanhã. A senhora não me deu nenhuma até agora.

E Dilma respondeu com aquela descontração natural:


“A minha manchete é a seguinte: eu achei a entrevista com você o máximo!”

Dizer o quê. O petistíssimo apresentador, certamente sem querer, encerrou o programa com uma pergunta-emblema, aos 5min29s:


DATENA 
- Olha, é… Temos um minuto e quarenta, o que a gente poderia fazer? Dançar, eu não sei dançar; cantar um tango, eu não sei cantar. Eu acho que nós (sic) já esgotamos tudo que tinha de falar…

DILMA 
- Eu sabia cantar, mas a minha voz tá ruim também…

DATENA -
 Experimenta um pouquinho…

DILMA
 - Não, não… El día que me quieras…

Pode não saber cantar. Mas, se não mudar a toada, tem tudo para dançar. Nem sempre haverá alguém ao lado com o talento de Datena…

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".