Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A CAMINHO DO TOTALITARISMO



A CAMINHO DO TOTALITARISMO

31 de janeiro de 2010



Caro leitor, ler os jornais diários com atenção leva-nos inevitavelmente ao desespero. Parece cada vez mais claro que o desfecho das eleições presidenciais que aproximam terá papel decisivo nos destinos da Nação. São cada vez mais evidentes os indícios de que a candidata oficial não pode perder, pois um projeto megalomaníaco e totalitário de poder está em curso e a continuidade do status quo político é imprescindível para que tal projeto seja concluído.


Desesperador mesmo é saber que a única candidatura oposicionista, a de José Serra, se não representa perigo igual por comungar das mesmas crenças e partilhar do mesmíssimo projeto, quando muito serviria para retardar o desfecho, período no qual o país poderá ficar ingovernável, vez que toda a burocracia, os sindicatos, os movimentos sociais, parte considerável dos parlamentares, o Poder Judiciário, ou seja, todas as instâncias de poder estão sob controle da agenda política do partido governante e respondem ao seu comando. Um presidente não pode representar a si mesmo. Para governar teria que levar em conta a realidade de poder, mais ou menos nos termos que vemos agora Barack Obama no EUA, que praticamente abandonou sua agenda de campanha, curvando-se à correlação real de poder. José Serra poderia perfeitamente virar um fantoche das forças petistas, controladoras de fato do Estado.


Com certo desespero li hoje no Caderno de Economia do jornal Estadão que a Petrobrás, sozinha, já movimenta mais de 10% do PIB, em face de sua acelerada expansão dos últimos meses. Some-se a isso a estatização continuada em vários setores feita pelo PT, a última agora com a ressurreição da Telebrás para prestar serviços de banda larga, e teremos o descortino de como caminhou a economia brasileira nos últimos oito anos. O Estado mastodôntico nunca foi tão gigantesco, nunca tributou tanto, regulou tanto e produziu tanto. O governo tenta agora, de todas as formas, se expandir por áreas que ainda estão sob o controle da iniciativa privada, como o de produção de notícias e de comunicação de entretenimento. Para isso, fez a Confecom. Para isso está mobilizando todas as suas forças, pois sabe que é questão de tempo os empresários engajados no setor fazerem oposição aberta e denunciarem o processo revolucionário, como vimos na Venezuela. Aliás, nem sei por que não o fizeram ainda e nem pelo que esperam. Cada dia perdido de luta dá uma vantagem a mais para os inimigos da democracia e da sociedade aberta.


A notícia mais preocupante de hoje trazida pelo Estadão, todavia, é a de que o governo deverá encaminhar projeto de lei ao Congresso Nacional alterando a estrutura do Ministério da Defesa, dando ao ministro atribuições que hoje são competências dos comandantes das Forças. Entre as modificações está a de escolher os oficiais indicados para promoção e a centralização da compra de material bélico. Não preciso dizer que esses dois itens são a essência do poder das Forças. Uma vez uma lei dessas em vigor teremos as Forças Armadas neutralizadas e o caminho aberto para o totalitarismo franco.

Não há muito o que fazer quando os empresários, os oficiais superiores das Forças Armadas, a Igreja e outras expressões da sociedade civil nada enxergam de errado nesse movimento no rumo do totalitarismo. Eu espero o pior.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".