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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Homens que não gostam de mulheres

Fonte: FOLHA ONLINE
01/02/2010


João Pereira Coutinho, 33, é colunista da Folha. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro "Avenida Paulista" (Record). Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras, para a Folha Online.

E-mail: jpcoutinho@folha.com.br
Site: http://www.jpcoutinho.com


(Cavaleiro do Templo: mais um exemplo de como propera a imbecilidade humana. E não me refiro ao autor do artigo. Mulheres, acordem!!! Existem inúmeros VALORES que o ser humano pode expressar, terem como válidos. Estes que se referem ao corpo físico são os mais baixos, mesquinhos e ridículos e não expressam em nada as coisas mais belas do mundo feminino. É a minha opinião.)


O que existe é um meio dominado por agências ou criadores que não gostam de mulheres. Agências ou criadores que desfiguram e ridicularizam as mulheres porque abominam nelas tudo aquilo que é deliciosamente sensual e feminino.


Não estive presente na São Paulo Fashion Week. Mas li sobre a matéria. Com fascínio. Com horror. Folheando virtualmente a imprensa americana, passei os olhos pela revista "New York" (não confundir com a "The New Yorker") e encontrei fotografia sobre o evento. Corrijo. Fotografia sobre os bastidores do evento.

Espetáculo admirável: meia dúzia de modelos mudando de roupa, oferecendo os corpos despidos a uma câmera fotográfica. Dizer que as modelos são magras é, se me permitem, um eufemismo. Magro sou eu. As modelos são esqueletos mórbidos com a pele dramaticamente colada aos ossos. Só faltam as moscas a rodear estes cadáveres adiados. Ou os abutres.

Os organizadores do evento mostram preocupação. Paulo Borges, por exemplo, fala em medidas urgentes para combater o horror. Mas que medidas? Nos últimos anos, a São Paulo Fashion Week exigiu peso mínimo para evitar donzelas subnutridas. Pelos vistos, as agências e os criadores não ouvem os apelos e continuam a apostar nos esqueletos.

Longe de mim sugerir soluções. Até porque o problema, temo bem, não tem solução. Basta regressar à foto e perguntar, com honestidade possível, se existe algum homem na Terra que sinta genuína atração por mulheres que são espectros de mulheres.

Não creio. Nas modelos da São Paulo fashion Week não existe qualquer sombra de beleza; não existem as curvas e contracurvas por onde desliza a imaginação. Qualquer homem que goste de mulheres, confrontado com estas mulheres, não sente a vontade inevitável de as despir. Pelo contrário: sente o pudor paternalista e humanitário de as vestir. De as nutrir. E, em certos casos, de mandar chamar o cangalheiro.

A anorexia que sacode o mundo da moda não se explica por uma busca extrema de "elegância" ou "perfeição". Na moda de hoje, não existe "elegância" ou "perfeição" no sentido clássico dos termos. Porque não existe sentido de "harmonia" ou de "proporção".

O que existe é um meio dominado por agências ou criadores que não gostam de mulheres. Agências ou criadores que desfiguram e ridicularizam as mulheres porque abominam nelas tudo aquilo que é deliciosamente sensual e feminino.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".