por Melanie Phillips em 29 de janeiro de 2010
Aimpressionante virada contra Obama em Massachusetts, onde os Democratas perderam uma cadeira aparentemente impossível de ser tomada, mantida em suas mãos por seis décadas, e com isso a sua “super maioria” no Senado, está sendo minimizada, aqui e ali, pela sua caracterização como uma revolta contra os planos do presidente para o seguro saúde ou como uma expressão de desencanto geral.
Todavia, aqueles que fazem os cálculos políticos têm uma explicação bastante diferente. Enquanto as questões relativas à economia e ao seguro saúde foram indubitavelmente importantes, outra questão em particular parece ter sido decisiva. Tal como ressalta Clarice Feldman noAmerican Thinker:
A questão chave para os eleitores de Massachusetts não foi o seguro saúde nem os gastos governamentais. Foi a segurança nacional e o tratamento dispensado aos inimigos terroristas.
É claro que foi. E também a truculência. E a arrogância. Eis o que o vencedor, o Republicano Scott Brown disse em seu discurso após o anúncio do resultado:
E me permitam dizer isto, com respeito aos que desejam nos fazer mal: eu acredito que a nossa Constituição e as leis existem para proteger esta nação – e não para conceder direitos e privilégios aos inimigos em tempo de guerra. Ao lidar com terroristas, o dinheiro dos contribuintes deveria custear armas para detê-los, e não custear advogados que os defendam.
Aumentar impostos, estatizar o nosso sistema de seguro e assistência à saúde e dar novos direitos a terroristas é a agenda errada para o nosso país. O que eu ouvi por repetidas vezes durante a campanha é que os nossos líderes políticos se distanciaram do povo, ficaram impacientes com as divergências, mas confortáveis fazendo acordos nos bastidores. E nós podemos fazer melhor que isso.
Eles imaginaram que vocês estavam de acordo com todas aquelas ambições. Eles imaginaram que eram donos dos seus votos. Eles imaginaram que não poderiam perder.
E agora esse esquema foi frustrado. Um ano após a eleição do homem que iria redimir a América e salvar o planeta, e justamente daqueles considerados “seus”, vem esse impressionante repúdio, que é tanto pior e mais brutalmente pessoal pelo fato de que Obama fez campanha em Massachusetts. (Tanto quanto em suas desastrosas excursões na política externa, onde o resultado do envolvimento pessoal de Obama invariavelmente torna as coisas ainda piores).
E que momento da política mundial para que o líder do mundo livre fique sem pernas. A questão é: os Republicanos estão em forma para aproveitar esta oportunidade?
Tradução: Henrique Dmyterko
Publicado originalmente na Spectator.co.uk/melaniephillips em 20/01/2010
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