QUINTA-FEIRA, FEVEREIRO 04, 2010
Por Klauber Cristofen PiresHá alguns dias atrás redigi o artigo Lula, de A a Z, com o fito de enumerar, pelas 26 letras do alfabeto, um rol não exaustivo das desastrosas e perigosas ações do governo de Lula e do PT. Desta vez, trago à baila o retrato de um Lula tão fiel quanto Capitu, somente para que os leitores tenham a concreta percepção de sua natureza de escalador profissional da política; somente para que os indecisos compreendam que ele não possui nenhum senso de liderança baseado em visão de estadista, muito menos em valores que mereçam tal denominação.
Acaso se lembram do projeto do biodiesel? Quanta propaganda nos entrava nos lares pela tv? Quantos sorrisos de caboclos plantando palmeiras oleaginosas? Quanta megalomania a apresentar o símbolo da Petrobras em tomadas de baixo para cima? Quantos dedos em riste de um Lula falando cuspindo a anunciar a nossa revolução eco-energértica? E hoje? Alguém se lembra disto?
Qual foi o problema do biodiesel? Por quê ele não funcionou? Ele não deu certo porque a sua concepção foi praticamente toda fundada num estilo de produção socialista. Era um negócio de comprar a produção de "agricultores familiares" (leia-se "assentados do MST") a preço previamente estipulado, antes mesmo de ter-se desenvolvido a tecnologia necessária para uma saída economicamente competitiva. No final, os caboclos ficaram no calote, e ninguém na imprensa tradicional fala mais nisso. E aí, Lula? Silêncio....
Carapanã comeu, voou. Carrapato de bicho morto pula pra outro, e pulou, agora para o álcool. E lá está ele, grudadinho na maior promessa de alternativa aos combustíveis fósseis do mundo, "The Guy", anunciando a boa nova. O quê? Estão plantando cana na Amazônia? O álcool está roubando as áreas de produção de comida? "Não vi, não sei, assinei sem ler"....
Pra completar, o álcool foi abandonado pelos motivos inversos ao do biodiesel: se um não deu certo porque não funcionava, este não deu porque funciona. Hoje o álcool é um negócio quase que totalmente privado, que, ora bolas, não tem muito a depender da máquina estatal, e por isto mesmo, tem pouco a oferecer à parasitagem eleitoreira. O bicho, aqui, tá vivo, mas tem o couro muito espesso...e os bicudos não chegam até à fonte. Tá na hora de pular de novo...
Pré-sal! Ô beleza! Uma máquina gigantesca, forrada de sindicalistas! Dá beleza de estender os olhos pelas suas amplas salas e contemplar aquela plantação de cargos de confiança! E que tranquilidade! O pré-sal está prometido para quando todos nós estivermos mortos, e é disto que precisamos! De promessas! Promessas vendem! Ademais, quem vai dizer, na bomba, se aquele litro de gasolina veio do pré-sal ou dos Emirados? Aqui sim, o hematófogo se cria, tanto é que pretende se instalar para além do seu governo.
Depois deste singelo lembrete, que fatia do empresariado pode acreditar em Lula como defensor do seu respectivo setor? O negócio do álcool, trabalhando em paz, estava indo muito bem até que por ele vampirizado. Depois, o que sobrou foram as proibições de plantio na Amazônia e em outras áreas com boa vocação, e mais intervenção na forma de regulações estorvadoras, com prejuízos incalculáveis para muita gente e perda de empregos para muitos mais.
E o que esperam obter os grupos políticos regionais de uma liderança tão volúvel, quando "o cara" dá no pé justamente na hora em que as perspectivas de investimentos estão para serem concretizadas?
Trabalhadores! que pensar de um líder que, de tão embriagado pelo seu carisma, não dá a mínima para os seus empregos? Perguntem àqueles produtores e empregados do biodiesel e do álcool!
Lula é carrapato, e o cachorro somos todos nós!
Lula é o PT. Lula é a Dilma. Lula é a esquerda. Nada que dele emana se difere de todos os demais que lhe cercam e bajulam.
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