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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Senado minimiza resultado de sua enquete sobre PLC 122/06

Fonte: JULIO SEVERO
3 de dezembro de 2009


Embora o resultado da suspeita enquete tenha sido muito abaixo dos sentimentos da população, Senado tenta depreciá-la mencionando sua pesquisa igualmente suspeita



Julio Severo


A Agência Senado (AS) foi sincera o suficiente para reconhecer que "a maioria dos internautas que votou na enquete da Agência Senado e da Secretaria de Pesquisas e Opinião Pública (Sepop), no mês de novembro, se posicionou contra a aprovação do PLC 122/06".


A AS também admitiu que, "do total, 51,54% foram contrários à proposta e 48,46% a favor. A enquete recebeu 465.326 votos, e foi a que mais mobilizou votantes desde que esse tipo de consulta foi criado".

Entretanto, rapidamente a AS jogou água fria em tudo, dizendo:

A Agência Senado frisa que as enquetes pela internet não utilizam métodos científicos, apenas colocam os temas em debate. Entretanto, o DataSenado fez pesquisa, dessa vez científica, a respeito do tema e nesse caso, 70% dos entrevistados foram favoráveis ao projeto que criminaliza a homofobia.


Houve muitas queixas contra a enquete, pois cada vez que o "não" ao PLC 122/06 subia, ocorria uma "pane". Depois da pane, o resultado invariavelmente favorecia a posição do governo e dos grupos homossexuais.


Houve muitas queixas também contra a pesquisa "científica" do Senado, pois em nenhum momento ela deixou transparecer que por criminalização da "homofobia" (que é toda e qualquer oposição à agenda gay), o PLC 122/06 forçará significativas mudanças legais, obrigando a aceitação do "casamento" homossexual, adoção de crianças por homossexuais e impedindo padres, pastores e cristãos comuns de mencionarem a condenação bíblica às práticas homossexuais. Os formuladores e responsáveis pela pesquisa empenharam-se em acobertar tal ameaça, mas em todos os países em que esse tipo de projeto passou, a conseqüência foi nessa direção.


Além disso, a Agência Senado não se lembrou de mencionar que os resultados da enquete e da pesquisa não refletem os sentimentos da população brasileira.


Pesquisa realizada por organização ligada ao PT no começo de 2009 chegou à conclusão de que, de uma forma ou de outra, 99% da população brasileira não concordam com o homossexualismo.
Contudo, o governo Lula e instituições atreladas — inclusive a Agência Senado — insistem em ignorar o que pensa a vasta maioria do Brasil, embarcando em malabarismos técnicos, estatísticos e políticos para apresentar ao público mirabolantes resultados pseudocientíficos que favoreçam a ideologia de uma minoria imoral.


Se a honestidade fosse um guia útil para o governo e suas instituições, o Senado não teria dificuldade alguma de alertar o público sobre as discrepâncias de sua enquete e pesquisa. O Senado prontamente notificaria o óbvio, declarando: "Em vista do fato de que a vasta maioria da população brasileira não concorda com o homossexualismo, estranhamos o resultado da enquete, que apontou apenas 51,54% nessa posição, e estranhamos muito mais nossa própria pesquisa, que produziu um resultado literalmente alienígena de 70% a favor do PLC 122/06. Faremos uma investigação interna para averiguar que tipo de manipulação na redação das perguntas ou nos números levou a tal discrepância. Agradecemos a sua paciência."


No entanto, com ou sem enquetes e pesquisas, as políticas do governo Lula estão determinadas a homossexualizar a sociedade. Aliás, o governo Lula está usando o resultado da pesquisa sobre 99% da população brasileira contrária ao homossexualismo como evidência da necessidade de reeducar o Brasil a dar meio volta mental. Tal reeducação também se aplicaria se o povo fosse a favor do homossexualismo?


Tente imaginar. Se uma pesquisa indicasse que 99% da população brasileira aceitam o homossexualismo, qual seria a atitude da esquerda brasileira? Não tenha a menor dúvida: eles gritariam que a vontade do povo tem de ser respeitada e não admitiriam, em hipótese alguma, que se falasse em "reeducação" para o povo parar de aceitar o homossexualismo. Eles gritariam que a simples menção de "reeducação" seria tratada como sinônimo de ditadura e violação da Constituição brasileira — sem mencionar violação dos direitos humanos da grande maioria da população.


Entretanto, estamos aceitando deles essas mesmas imposições e abusos, da forma mais passível possível. Nossos filhos nas escolas públicas estão sendo vítimas de uma poderosa lavagem cerebral estatal que quer exterminar deles os sentimentos de 99% do Brasil.


Afinal, o que é a maioria do povo para eles? Um bando de trouxas emudecidos que precisa ser "alfabetizado" nos valores "mais elevados" deles?


Será necessário muito mais do que uma mera enquete ou pesquisa para que o governo respeite a vontade do povo, pois um governo ideológico minimizará toda enquete e pesquisa que não representar sua própria vontade, e as legitimará somente quando favoráveis aos seus interesses. Se os resultados lhe favorecem, ele nos responde: "Calem-se, idiotas! O povo falou, tá falado. Essa é a vontade do povo. Ponto final". Se os resultados favorecem a maioria do povo, ele diz: "Esses resultados só comprovam que vocês são idiotas e precisam ser reeducados!"


Tome também como exemplo o próprio PLC 122/06, de autoria da petista Iara Bernardi e sob a relatoria atual da petista Fátima Cleide. Esse projeto anti-"homofobia", que nasceu das próprias entranhas do PT, foi aprovado de forma maliciosa na Câmara dos Deputados e está avançando da mesma forma no Senado. O governo petista vai enfiar esse profano remédio goela abaixo da população, para erradicar de uma vez o que Lula considera uma doença "perversa" — toda opinião contrária ao homossexualismo.


Quer goste ou não, o povo vai ter de engolir o remédio estatal. "É para o bem deles", sussurram Fátima Cleide, Lula e outras cabeças petistas entre si. "Mais tarde, quando estiverem todos devidamente reeducados, eles aceitarão todas as nossas políticas e projetos e nos verão como heróis. É só aguardar mais um tempo".


Não há saída. Diante de um governo ideológico que quer apenas impor sua vontade nos cidadãos, mil enquetes e pesquisas nada significam. A vontade da maioria não tem importância. A única coisa que importa é o avanço da ideologia, custe o que custar ao Brasil.


Então, que chance o povo tem diante da máquina estatal que passa por cima de opiniões e sentimentos populares? Que chance o povo tem diante de uma máquina que quer manipulá-lo, reeducá-lo e doutriná-lo?


Fonte: www.juliosevero.com


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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".