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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A decadência da diplomacia brasileira

Fonte: MÍDIA SEM MÁSCARA

Refletindo de forma primorosa sobre a trajetória política do presidente do Brasil, Armando Valadares alerta: O verdadeiro Lula da Silva é aquele que nos anos setenta se abraçava às guerrilhas terroristas das FARC e apoiava os crimes e torturas a meus compatriotas sob a tirania castrista.

Em meus artigos anteriores analisei a política do presidente do Brasil, comparando-o a Kerensky porque, do mesmo modo que este último, Lula da Silva foi o mais laborioso colaborador tentando aplanar o caminho para que os comunistas se apoderem dos povos e os escravizem, como vinha pretendendo (inutilmente) com Honduras.

Porém, nesta ocasião se equivocou; suas manobras se espatifaram contra a decisão de um povo valente e decidido, que Lula conspirou para escravizar, e que por defender a liberdade e a democracia não titubeou um só instante em enfrentar o mundo antes que submeter-se ao socialismo do século XXI.


Da mesma forma que Lula da Silva se lançou a fundo, tirando a máscara de moderado e respeitoso das leis, me sinto no dever e na obrigação de denunciar energicamente, de maneira se se quer menos diplomática, sua real natureza. O verdadeiro Lula da Silva é aquele que nos anos setenta se abraçava às guerrilhas terroristas das FARC e apoiava os crimes e torturas a meus compatriotas sob a tirania castrista. Há alguns anos, escrevi um artigo assinalando de maneira irrefutável sua cumplicidade com todos os inimigos da liberdade, com os terroristas e narco-traficantes guerrilheiros colombianos, salvadorenhos, etc. e aqueles planos totalitários do Foro de São Paulo.


Minha denúncia rigorosamente histórica e documentada com nomes, datas e locais, foi mencionada ao então candidato à presidência, Lula da Silva, pelo prestigioso jornalista brasileiro Boris Casoy em seu programa de televisão. Sem argumento, decomposto e iracundo, sua resposta foi chamar-me "picareta de Miami" em 8 de outubro de 2002.


A "moderação obrigada" do presidente brasileiro em seus anos de mandato foi determinada, não por uma mudança em seus sentimentos socialistas, mas pela fortaleza das instituições e do povo brasileiro que não lhe teriam permitido nunca transformar o país em um Estado marxista ao estilo de Cuba ou Venezuela. Com as mãos atadas e não podendo fazê-lo, não se atrevendo nem sequer a tentar, teve de contentar-se em apoiar, em se solidarizar com todos os depredadores de seus povos e, nostálgico de seu sonho frustrado de levar o Brasil ao socialismo chavista do século XXI, fez todo o possível, contribuiu com todas as forças de seus verdadeiros "ideais" empurrando outros países do continente ao modelo social que ele não pôde implantar em seu próprio país.


Daí seu resoluto apoio ao deposto presidente hondurenho Zelaya, um apoio quase doentio que levou o país que representa a violar todos os acordos diplomáticos internacionais. A atuação no caso de Honduras levou a outrora prestigiosa e respeitável diplomacia brasileira ao nível mais baixo, questionável e vergonhoso de sua história, que já muitos analistas qualificam como o Vietnã diplomático do Brasil.


Um editorial do Diario las Américas de 28 de setembro assinala que "o Brasil está violando abertamente em Honduras a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas que foi subscrita em 16 de abril de 1961, e que entrou em vigor depois das ratificações constitucionais correspondentes em 24 de abril de 1961.


A violação consiste em dar refúgio arbitrário na sede de sua missão diplomática em Tegucigalpa ao derrocado presidente Manuel Zelaya, especialmente por estar desde os balcões e sacadas do prédio, com microfone na mão, alentando os que queimaram automóveis e saquearam lojas na capital hondurenha".


Outro artigo da Convenção de Genebra, violado pelo governo do Brasil, o Parágrafo 3º do Artigo 41 da mencionada Convenção de Viena, deixa estabelecido claramente que o que o governo brasileiro está permitindo a Zelaya, desde sua sede diplomática chamando aos enfrentamentos, à violência, à desordem e ao terrorismo é ilegal e uma ingerência, e grosseira intromissão nos assuntos internos de Honduras.


Lula da Silva com sua atuação não está só violando a Convenção de Viena. O prestigioso jurista, diplomata de carreira e coordenador de Pro Justicia, Mauricio Velasco, em uma análise da atual situação na embaixada brasileira publicado no El Heraldo de Honduras, em 24 de setembro, assinala que: "A carta constitutiva da OEA proíbe um hóspede ou exilado em uma sede diplomática a dar declarações políticas a meios de comunicação".


Em 2005, - assinala o advogado Mauricio Velasco - "o deposto presidente do Equador, Lucio Gutiérrez, pediu asilo político na embaixada do Brasil em Quito, (...) lhe foi concedido pelo governo brasileiro sempre e quando não houvesse manifestações de caráter político por parte do senhor Lucio Gutiérrez".


A Organização dos Estados Americanos, OEA, devia se pronunciar sobre estas violações porém não o fará, pois Insulza e o desprestigiado organismo que preside são marionetes de Chávez e dos países da ALBA, cúmplices nesta conspiração contra o heróico povo hondurenho e seus líderes que rechaçam o socialismo (comunismo) do século XXI.


Por que a diplomacia brasileira não atuou com Zelaya como o fez com o deposto presidente Lucio Gutiérrez? Para vergonha dos brasileiros, quem organizou, manejou e decidiu que Zelaya iria para a embaixada do Brasil foi Hugo Chávez, um estrangeiro ditando a política exterior desse país, com o beneplácito do presidente Lula da Silva. Que vergonha! O Senado brasileiro deveria investigar a fundo esses eventos.


Prepotente e desrespeitoso, o presidente brasileiro, em resposta a decisão soberana do governo constitucional de Honduras meses atrás, quando este lhe deu um prazo de 10 dias para definir o status de Zelaya, respondeu que ele ficaria ali até quando a ONU e a OEA quisessem, se esquecendo de que quem mandava em Honduras, por designação constitucional, era o Presidente Micheletti. Lula da Silva diz que não aceitará o resultado das eleições de 29 de novembro em Honduras, porém aceitou o resultado fraudulento do Irã, da Nicarágua, etc.


Quando toda a comunidade internacional está em brasas pelo perigo de uma guerra atômica desencadeada pelo louco do Irã, Lula da Silva declara que falou com Mahmoud Ahmadinejad e que este lhe garantiu que os reatores atômicos eram com fins pacíficos, e que ele, Lula, não tinha porque duvidar disto; e como uma afronta a mais aos brasileiros amantes da liberdade e aos povos civilizados do mundo, convida este terrorista para visitar o país.


Se em Honduras houver derramamento de sangue, mortos e mais episódios de violência e terrorismo, será pela ingerência de Lula da Silva ao permitir, em violação a todas as Leis e convenções internacionais, que o deposto presidente Zelaya continue usando a embaixada do Brasil para seus propósitos políticos e de desestabilização do país.


Armando Valladares, ex-preso político cubano, foi embaixador dos Estados Unidos na Comissão dos Direitos Humanos da ONU. Recebeu a Medalha Presidencial do Cidadão e o prestigioso prêmio internacional de jornalismo ISCHIA 2009. Pintor, escritor, autor do Best Seller mundial "Contra toda a Esperança".


Fonte: Diario las Américas


Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".