Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

AS ELEIÇÕES EM HONDURAS

Fonte: HEITOR DE PAOLA



ABSTENÇÃO: MENOS DE 40%


(SE DESCONTADOS OS 850 MIL ELEITORES FORA DO PAÍS, ENTRE OS RESIDENTES 78% COMPARECERAM ÀS URNAS)


PORFÍRIO LOBO (NACIONALISTA): 57,16%


ELVIN SANTOS (LIBERAL): 33,42%


(RESULTADOS PARCIAIS)


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HEITOR DE PAOLA


29/11/2009


Desde a destituição constitucional de Zelaya em 28 de junho voltei minha atenção para aquele pequeno país do istmo centro-americano, pois a meu ver, lá se jogava uma partida crucial para a reviravolta da dominação quase exclusiva do Foro de São Paulo em nosso continente. Nestes cinco meses produzi entre textos e noticiário 229 artigos, sendo 95 só de notícias quase diárias. Certamente negligenciei outros temas que me são caros, mas valeu a pena. Estou certo de que em nenhum outro lugar foram encontradas tantas informações sobre Honduras. E continuarei! Porque as eleições de hoje representam um lance muito importante, mas nunca o lance final. Usando a analogia que prefiro, com uma partida de xadrez, hoje haverá um Xeque muito importante, mas não o Mate.


A notícia mais importante será o número de abstenções. Em Honduras o voto não é obrigatório, como nos países realmente livres em que o voto é um direito, não um dever. Nas últimas eleições presidenciais a abstenção atingiu 45% dos eleitores. Hoje, no entanto, este número pode crescer ou diminuir sensivelmente, apesar do clima de entusiasmo e euforia que nos relata Peña Esclusa direto de Tegucigalpa (ver áudio abaixo) e que transparece nos principais jornais do país.


Uma abstenção abaixo de 20% ou 25% será um Xeque das azuis. Se for muito grande, será um Xeque das vermelhas. Mesmo com pouca abstenção e vitória do melhor colocado nas pesquisas, ‘Pepe’ Lobo do Partido Nacionalista os riscos continuarão enormes para a Iberoamérica, pois como disse Nivaldo Cordeiro com muita propriedade ‘Lula declarando que não reconhecerá as eleições próximas, porque seu aliado Zelaya não foi reconduzido ao poder (...) significa que provavelmente o Foro de São Paulo vai se engajar na derrubada do novo governo’.


No comentário de um leitor de MSM ao meu artigo GRAVE AMEAÇA À LIBERDADE!Fica claro que qualquer resultado que seja submetido ao rule of law será contestado pelo Foro de SP:


Prezado Heitor,


Muito bom o seu artigo. Mas dando continuidade ao que você abordou, chamo a sua atenção para um outro fato que favorece essas idéias totalitárias. Cada vez mais se amplia no discurso dos “juristas”, seja nas faculdades, seja nos congressos, seja na literatura, a idéia de que a tripartição de poderes precisa ser “repensada”. Cada vez mais se fala numa “interpenetração dos poderes”. Note, no entanto, que isso não significa reforçar o sistema do “check and balances”, mas sim reforçar o exercício das funções atípicas dos poderes, subvertendo-os. Daí temos juízes legisladores e o executivo legislando a partir de portarias (o que as desvirtua enquanto institutos de direito público). Nesse jogo, o poder mais prejudicado é o Legislativo, sustentáculo da democracia representativa. Não é por acaso que já se promovem “debates” sobre o fim do Senado. Primeiro extingue-se o Senado, em breve talvez a Câmara. Assim, repensam a tripartição de poderes extinguindo um desses, subvertendo as atribuições dos outros dois e criando, quiçá, um outro poder, o técnico-planejador.


É exatamente isto que está em jogo em Honduras. Zelaya foi apeado do poder executivo porque negou-se a obedecer os demais poderes que usaram os checks and balances do rule of faw, apelando para argumentos puramente democráticos: Qualquer impedimento do ‘eleito pelo povo’ é golpe de Estado!

O Xeque-Mate ainda demora e ninguém poderá ter certeza de que lado virá, independente do resultado das eleições!


ENTREVISTA DE ALEJANDRO PEÑA ESCLUSA A FERNANDO LODOÑO HOYOS

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".