QUARTA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DE 2009
Por Arlindo Montenegro
Quando dois humanos se juntam, um deles lidera e toma as decisões.
Quando um líder tem fé no transcendental, decide com a autoridade moral, privilegiando a liberdade de cada um que seja ou não fiel a sua mesma crença. Existe no líder a certeza de que o transcendente é único.
Mas quando dois homens se juntam e nenhum deles acredita no transcendental, a razão deixa de imperar e as decisões acabam no pugilato, que leva à guerra e à desgraça das nações. É o que se pode observar da ação dos papagaios de pirata treinados para repetir as palavras de ordem das ideologias totalitárias.
Todos e cada um destes líderes, sejam ignorantes populistas, acadêmicos ou de formação militar, aparecem felizes e risonhas sempre que estão dizendo aos outros o que é melhor pensar, dizer, fazer para mudar o mundo e o clima. Como se o sol, as chuvas, os vulcões, as catástrofes naturais, o planeta, o universo mesmo fossem passíveis de correção. É muita pretensão!
Querem dizer o que devemos comer para envenenar-nos e reduzir as “bocas excedentes”. Querem controlar as funções reprodutoras! E escolhem privilegiar os estados totalitários, uma “nova ordem mundial”, estabelecendo currais e rações, ameaçando a liberdade de todos os seres vivos: homens, animais, rios e florestas devem curvar-se à vontade desses “líderes”, assaltantes da razão.
Para alcançar seus objetivos utilizam todos os meios disponibilizados pelas mais avançadas tecnologias e conhecimentos científicos, incluindo a “engenharia social” e a propaganda subliminar através da televisão, repetindo mentiras com cara angelical e gestos mágicos.
O mais assustador é como utilizam toda forma de violência: drogas, homicídios, exploração sexual, roubo e furto continuado, escândalos com exposição da privacidade, escutas telefônicas, tudo quanto possa servir ao controle e intimidação, bem como a corrupção em todos os níveis.
Manoel Molares do Val, em sua coluna no jornal “El Tiempo”, datada de 2 de Dezembro 2009, discorre como o “líder” Evo Morales está copiando o “líder“ Fidel Castro “utilizando métodos propagandísticos mais sutís que os desse touro frenético, que é Hugo Chávez”. A tradução livre está entre aspas.
Morales revela a ferramenta, que convence tantos intelectuais que visitam Cuba e agora visitam a Bolívia, a sair defendendo com unhas e dentes os “lideres” e suas ditaduras cruéis: a satisfação de “pequenos vícios”. E todos sabem que essas “aventuras” em Cuba são todas gravadas. Evo deve estar fazendo o mesmo.
Que aventuras? “Sabem muito bem os intelectuais, jornalistas e artistas dos favores gratuitos, disfarçados de amor, que recebem em Cuba. Aqueles favores que os dom Juan e as vampiresas, não se atrevem a comentar com seus companheiros de ofício intelectual, artístico ou da imprensa: ‘brincar’ com exemplares hétero ou homossexuais, muitas vezes crianças.”
“Prestem bem atenção aos que louvam o castrismo e alardeiam as excelências do sistema educacional e da saúde. Ocultam a realidade, enquanto prolongam até o ultimo milésimo de segundo, a vida desse regime que lhes proporciona prazeres continuados, a sensação de poder sobre outros seres, grandeza.”
“Para garantir que não é necessário publicar o material gravado com as cenas de conquistas sexuais tão miseráveis, antecipam-se à chantagem, cantando as maravilhas do castro comunismo. O bom exemplo cubano, serve para os alcalóides. Oh! Queridos cocaleiros, a folha e o pó deveriam circular livremente! Esta sim que é uma reivindicação revolucionária!”
“Companheiro, me dá o manifesto de apoio a Evo Morales. Vou assinar e depois vou cheirar umas tirinhas bem cheiradas. Não existe solidariedade maior no mundo, isso já estas sabendo”.
E dá prá acreditar que a metodologia da chantagem não existem entre nós? A diferença – por enquanto – é que gravam na hora de receber propinas. Gravam conversas telefônicas, gravam a corrupção e jogam no ventilador quando é conveniente. Os pecados do rei, não existem. São ignorados, minimizados e arquivados. É o que estão fazendo os papagaios de pirata treinados para repetir as palavras de ordem das ideologias totalitárias em direção à nova ordem mundial.
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