Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

HONDURAS: TENAZ RESISTÊNCIA À TIRANIA!

Fonte: BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, Novembro 26, 2009


Lula ridicularizado num cartaz em Honduras: é apenas o começo!

A Folha de São Paulo desta quinta-feira vale pela foto de primeira página, que reproduzo aqui. E serve de mote para este meu artigo, meio longo, é verdade, mas necessário.

Embora a foto esteja perfeita, faz chamada para um despacho do enviado especial a Honduras, Fabiano Maisonnave, que dividia com Zelaya um dos cômodos da Embaixada brasileira em Tegucigalpa. Maisonnave pode ser identificado com o que se conhece na era lulística como um "jornalista imparcial" o que eu, particularmene não sou. Jamais utilizarei o instituto da imparcialidade privando-me de opinar em favor da democracia e das liberdade e denunciar tipos como Zelaya, um estafeta de Hugo Chávez que tentou pisotear a Constituição hondurenha. Maisonnave, por outro lado, continua designando o governo interino do presidente Roberto Micheletti de golpista. Se não é ele, é o editor da página.

Neste momento, Honduras está às vésperas da eleição presidencial marcada para este domingo. O enviado da Folha reporta os acontecimentos dessa pequena Nação que luta tenazmente contra a tentativa do Foro de São Paulo de implantar o socialismo bolivariano chavista no país.

Entretanto, Maisonnave jamais se refere a esse fato. Na sua matéria na Folha desta quinta-feira alude ao fato de que bombas e coquetéis molotov têm sido lançados contra prédios públicos e emissoras de televisão.

Se Maisonnave acompanha este blog, deve ter visto que a reação da bandalha comunista botocuda que atua em Honduras foi antecipada sutilmente pelo agente Top Top Garcia, o aspone de Lula para assuntos bolivarianos.

No texto, Maisonnave minimiza os efeitos da bomba lançada contra Suprema Corte:

"Em meio a chamados cruzados para apoiar e boicotar a eleição de domingo em Honduras, a Corte Suprema e um estúdio de TV foram atacados respectivamente com lança-granadas e uma bomba caseira ontem de madrugada, causando pequenos danos materiais." (grifo meu)

No parágrafo seguinte, atesta:

"O impacto do ataque ao órgão máximo do Judiciário, cuja segurança tem sido feita por soldados, abriu um buraco de cerca de um metro na parede externa e quebrou o vidro de três janelas, sem deixar feridos."

Mas a pérola vem a seguir, quando num parágrafo, digamos, um tanto contraditório descobre - bingo! - a possível intromissão da CIA! o órgão de inteligência americano:

"Segundo fontes militares, o explosivo foi lançado pelo lança-granadas antitanque russo RPG-7. O armamento, que não é usado pelas Forças Armadas, circula na América Central desde os anos 80, quando foi introduzido pelos "contras" da Nicarágua - mercenários recrutados pela CIA com a missão de derrubar os sandinistas - e pela guerrilha salvadorenha." (Assinante da Folha lê AQUI o texto completo de Maisonnave).


Dia desses a grande imprensa internacional veiculou seguidamente matérias a respeito de uma tal Carta de Hamburgo, quando jornais do mundo inteiro discutiram medidas para salvaguardar o direito dos véiculos de comunicação sobre o material jornalístico que produzem e que estaria sendo utilizado indevidamente através da internet.


Concordo que só as grandes empresas jornalísticas têm condições de produzir e apurar a notícia de forma correta e profissional e que para isso investem altos recursos em equipamento e pessoal qualificado e merecem a contrapartida econômica.


Tal iniciativa foi tomada pelos proprietários dos veículos que contabilizam prejuízos desde que começaram a oferecer esse material jornalístico em seus sites. Os jornais, alegam, perderam leitores e as vendas em banca e assinaturas caíram.


Entretanto, este é apenas um lado da história. O que se tem notado nos últimos anos é que a maioria dos jornais não inovou editorialmente e abriga em suas redações um batalhão de jornalistas que continua a cutivar valores, vamos dizer assim, vigentes durante a guerra fria agora embalados numa nova roupagem: o politicamente correto.


Dou dois exemplos: o caso de Honduras é emblemático. Não precisa ser nenhum iluminado para entender que a destituição de Zelaya não foi um golpe de estado nos moldes daqueles havidos nos anos 60. A ação das autoridades hondurenhas refletiu exatamente o que preconiza a Constituição do país. Tanto é que o governo interino assumiu e manteve o calendário eleitoral e em nenhum momento o presidente Micheletti pretendeu usurpar o poder para nele permanecer para sempre, como fazem Hugo Chávez, Correa, Evo Morales e o sandinista da Nicarágua.


Outro exemplo: o caso recente da visita ao Brasil de Ahmadinejad, o financiador do terrorismo e negador do Holocausto, não vi uma censura sequer a partir de escrito de um jornalista da grande imprensa brasileira, exceção ao Reinaldo Azevedo, de Veja. O único artigo a altura véiculado em jornal foi do governador de São Paulo, José Serra na Folha de São Paulo.


Entretanto, na edição desta quinta-feira a mesma Folha de São Paulo, pretendendo uma imparcialidade idiota, publica no mesmo espaço que cedeu a Serra, um artigo do agente bolivariano Top, Top Garcia, defendendo a miserável política externa lulística e a recepção ao antissemita terrorista do Irã.


Lêem jornais as pessoas verdadeiramente alfabetizadas e instruídas. Mas elas representam um extrato diminuto da sociedade. Na medida em que os jornais vão praticando essa política editorial camaleônica perdem esses poucos leitores.


Portanto, não é apenas por causa da internet que os jornais estão decaíndo. Toda essa crise da mídia impressa decorre de uma fatalidade que marca o século XXI: a prevalência da noção do políticamente correto, atrás da qual passaram a se abrigar as viúvas do finado comunismo. O politicamente correto constitui a maior estupidez por se constituir numa tricheira da guerra contra a evidência dos fatos.


E para finalizar: a internet é uma via de duas mãos. Blogs com o estilo editorial deste aqui, por exemplo, fazem diariamente dezenas de links para os sites dos grandes jornais! E são milhares de blogs ao redor do planeta tecendo a crítica, emitindo opinião, debatendo e discutindo o conteúdo gerados pelos jornais. Me refiro a blogs de profissionais e não de aventureiros. Aliás, esse tipo de gente sempre fez jornalismo barato na impensa tradicional e que no jargão das redações são identificados como picaretas.


Dito isto a conclusão só pode ser uma: a Carta de Hamburgo contém meia verdade. Os jornais precisam pensar neste aspecto que acabo de abordar nestas linhas a partir de um evento que ocorre num país pequeno, pobre e até mesmo desconhecido no mundo que é Honduras. Entretanto pode ser que nessa modesta Nação sul-americana esteja nascendo, finalmente, a resistência à tirania que ameça todo o continente.


Falta à imprensa tradicional dizer isto. Falta o seu firme compromisso com a democracia e o repúdio enérgico e permanente a todo e qualquer tipo de tirania.

Nenhum comentário:

wibiya widget

A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".