20, abril, 2011
Paris, 1968. O mundo parou para ver a revolta de um magote de estudantes da Universidade da Sorbonne que vociferavam: “É proibido proibir”.
Nesse slogan, os rebeldes apontavam para um novo “ideal de vida”, em que todas as sadias barreiras da moral, da disciplina e dos bons costumes estariam eliminadas. Maio de 1968, data da Revolução da Sorbonne foi um marco inicial a partir do qual tem-se proliferado a devassidão por todos os meios possíveis: pela moda, pela arte, por novas doutrinas, etc. E, durante anos, um instrumento foi muito útil para essa corrente ideológica : a televisão.
A TV tornou-se um dos maiores difusores desse “ideal de vida libertário”. E a maneira mais eficaz de forçar a Opinião Pública a seguir suas metas é fazê-la acreditar que “todo o mundo pensa assim”. Ái de quem discordar! Será logo tachado de “retrógrado”. Ir contra esse “ideal de vida” é inadmissível. Mais que proibido proibir, é proibido discordar!
Tal é o mau exemplo que a TV nos passa que até atores de programas televisivos reconhecem. Conforme notícia do site do Yahoo Brasil (11/3/2011), a atriz Carolina Dieckmann declarou que seus filhos “não assistem televisão aberta. Hoje não há motivos para assistirem”. O novelista Walcyr Carrasco disse ter “pena” de Carolina, pois deve “ser horrível trabalhar em um meio que ela não suporta, a ponto de pedir que seus filhos não assistam”. Quem está dentro sabe mais de perto a composição do veneno produzido, e os possíveis efeitos…
Há quem diga que os programas televisivos, as novelas por exemplo, são boas, pois “representam a realidade, e a realidade deve ser vista de frente!” Na verdade, o mundo das novelas não reproduzem a vida real de hoje, mas tenta fabricar a realidade de amanhã, caso as pessoas se deixem influenciar pelas novas modas e idéias sugeridas subrepticiamente pelo programa.
Outra consideração ainda me vem à mente: muita gente não percebe que muitos de seus problemas familiares – a rebeldia de seus filhos, por exemplo, ou a infidelidade conjugal – entram em seus lares por influência da televisão, cujo lema subjacente é o “proibido proibir”.
E o leitor, o que pensa disso? Deixe seu comentário!
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Discurso de posse do presidente eleito da França, Nicolas Sarkozy
VOU REABILITAR O TRABALHO!
Derrotamos a frivolidade e a hipocrisia dos intelectuais progressistas.
O pensamento único é daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada.
Não vamos permitir a mercantilização de um mundo onde não há lugar para a cultura: desde 1.968 não se podia falar da moral. Haviam-nos imposto o relativismo.
A idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto quanto o mestre, que não se pode dar notas para não traumatizar o mau estudante.
Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente. Que a autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado. Que não havia nada sagrado, nada admirável.
Era o slogan de maio de 68 nas paredes de Sorbone: “Viver sem obrigações e gozar sem trabalhar”.
Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo.
Assassinaram os escrúpulos e a ética.
Uma esquerda hipócrita que permitia indenizaçõesmilionárias aos grandes executivos e o triunfo do predador sobre o empreendedor.
Esta esquerda está na política, nos meio de comunicação, na economia.
Ela tomou o gosto do poder.
A crise da cultura do trabalho é uma crise moral.
Vou reabilitar o trabalho.
Deixaram sem poder as forças da ordem e criaram uma farsa: “abriu-se uma fossa entre a polícia e a juventude”.
Os vândalos são bons e a polícia é má.
Como se a sociedade fosse sempre culpada e o delinqüente, inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam o transportecoletivo.
Amam tanto a escola pública, e seus filhos estudam em colégios privados.
Dizem adorar a periferia e jamais vivem nela.
Assinam petições quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa.
Essa esquerda que desde maio de 1.968 renunciou o mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a República.
Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui.
Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar.
Quero criar uma cidadania de deveres;
“PRIMEIRO OS DEVERES, DEPOIS OS DIREITOS”.
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