Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A lei mais elementar da economia

ORDEM LIVRE

Todo indivíduo tem de lidar com a escassez. Enquanto as necessidades e desejos são inúmeros, os recursos disponíveis para satisfazê-los são sempre limitados. A necessidade de escolher é uma consequência natural desse impasse. A impossibilidade de se alcançar satisfação plena obriga as pessoas a sempre buscarem a melhor alternativa.
Em razão disso, é muito importante que se leve em consideração o custo de oportunidade em todas as situações. O custo de oportunidade pode ser definido como o valor da oportunidade da qual se abriu mão para que determinado bem ou serviço escolhido fosse adquirido.
Quando se encontram em um ambiente de livre troca, ofertantes e demandantes, levando em consideração os seus custos de oportunidade e disponibilidade de recursos, negociam até encontrarem o ponto de equilíbrio entre as suas expectativas, que será manifestado através do preço resultante.
Mas, diferentemente do que ocorre no ambiente livre do mercado, o governo confunde os consumidores a respeito dos sinais lançados pelo mecanismo dos preços, através de impostos e subsídios — além da oferta de serviços “gratuitos”. Isso acontece pelo desprezo dos governantes pelo problema da escassez.
“A primeira lei da economia é a escassez. E a primeira lei da política é ignorar a primeira lei da economia”, explicou Thomas Sowell. Tal verdade pode ser observada diariamente nos negócios governamentais.
Apoiando empresas estatais com os “seus” recursos abundantes, o governo promove uma competição desleal em favor dos seus serviços. Dessa maneira, a entrada (e permanência) de outras empresas privadas no mercado se torna cada vez mais difícil. Poucos são capazes — ou estão dispostos a correrem os riscos — de se lançarem em um mercado em que terão de competir contra um adversário que ignora as limitações impostas pelas simples regras que regem uma economia.
Além do mais, bem ou serviço estatal algum é oferecido de graça, como popularmente se supõe. A conta é sempre encaminhada para o pagador de impostos, comumente chamado de contribuinte no Brasil, como se este voluntariamente concordasse em abrir mão de aproximadamente 40% da sua renda em troca de serviços ineficientes — problema que poderia facilmente ser resolvido, não fosse o governo tão eficaz em eliminar a concorrência ao ignorar as restrições que a escassez de recursos impõe.
Não haveria a necessidade em se pensar em alocação de recursos se não existisse escassez. E é essa a mentalidade constantemente reforçada por políticos que insistem em ignorar a lei mais elementar da economia.
A compreensão do conceito de escassez é fator decisivo, que diferencia um governo sadio e responsável de um governo esbanjador e pouco eficiente.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".