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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Exames comprovam pólvora em dois suspeitos em morte de prefeito

G1
10/12/2010 19h19 - Atualizado em 10/12/2010 19h50

Polícia vai pedir a prisão temporária das quatro pessoas detidas.
Prefeito de Jandira foi assassinado na manhã desta sexta-feira.




Exames residuográficos comprovaram a existência de resíduos de pólvora nas mãos de dois dos quatro homens que foram detidos pela polícia suspeitos de envolvimento no assassinato do prefeito Braz Paschoalin, de Jandira, na região metropolitana, segundo o delegado do setor de homicídios da delegacia seccional de Carapicuíba, Zacarias Katzer Tadros.
De acordo com o delegado, há "elementos suficientes" para que seja pedida a prisão temporária dos quatro detidos pela polícia, nas investigaçõe que apuram o crime. "Todos os quatro são muito conhecidos da polícia. São membros de uma facção criminosa e possuem uma extensa ficha criminal", disse o delegado.
O crime aconteceu na Rua Antônio Conselheiro, no bairro Santa Tereza, em Jandira, na Grande São Paulo, em frente a uma emissora de rádio, na manhã desta sexta-feira. Dois suspeitos foram detidos em Itapevi, também na região metropolitana, a dois quilômetros do local do crime, quando tentavam explodir um carro prata, pouco depois das 8h30, segundo a PM. E mais dois suspeitos foram detidos à tarde em local não informado pela polícia.
Apesar do resultado dos exames, a polícia vai continuar a investigar se houve a participação deles no assassinato do prefeito. "Eles não negam e nem confirmam. Eles apenas se recusam a falar", disse Tadros. O polícia trabalha com a possibilidade de os dois detidos que apresentaram resquícios de pólvora nas mãos terem sido os executores do crime, enquanto que os outros dois seriam os responsáveis por sumir com o carro prata, que havia sido roubado dias antes. "É uma linha de investigação", disse.
Para o delegado, o crime tratou-se de uma execução. "Foram usadas armas de grosso calibre: uma pistola de 9 mm e, possivelmente, um fuzil ou uma submetralhadora", afirmou. As armas, no entanto, não foram encontradas. Segundo  o delegado, um dos detidos suspeitos teria invadido a casa do prefeito, junto com outras seis pessoas, em outubro, quando a filha dele foi alvo de uma tentativa de sequestro.
Segundo Marcos Carneiro, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), as investigações sobre as mortes de dois suplentes de vereadores - Waldomiro Moreira de Oliveira e Antonio Ivo Aureliano - de Jandira ocorridas este ano serão transferidas para a Delegacia Seccional de Carapicuíba, na Grande São Paulo, onde funciona o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da região. O objetivo é apurar se os assassinatos dos suplentes têm ligação com o do prefeito.
A Polícia Militar informou, inicialmente, que o motorista do prefeito também havia morrido. Mas um delegado confirmou que ele sobreviveu e está internado no Hospital das Clínicas de São Paulo
Paschoalin morreu quando chegava à Rádio Astral FM, onde todas as sextas-feiras participava de um programa de entrevistas, no qual ele respondia perguntas de ouvintes. O barulho produzido por cerca de 15 disparos que mataram o prefeito puderam ser ouvidos ao vivo por quem acompanhava a programação da Rádio Astral FM. O presidente da associação que administra a rádio da cidade, Fernando Silva, estava apresentando a última reportagem do jornal, às 7h57, quando se ouviu os tiros. Uma adolescente de 17 anos presenciou o crime e foi ouvida pela polícia. (Ouça ao lado o som dos disparos que mataram o prefeito de Jandira)
O prefeito estava acompanhado de Wellington Martins, conhecido como Geleia, que trabalhava como segurança e motorista dele. O homem pode estar internado no Hospital das Clínicas de São Paulo, que recebeu no Helicóptero Águia da Polícia Militar um paciente com as características dele. No entanto, até as 18h, a a assessoria de imprensa do HC informava que o homem tinha a identidade desconhecida. Baleado na cabeça e com quadro considerado gravíssimo, ele saiu do centro cirúrgico no fim da tarde e permaneceria na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) sem previsão de alta.
Investigações
O delegado Marcelo Prado, da Seccional de Carapicuíba, também na Grande São Paulo, afirmou que não há sinais de que o prefeito tenha sido vítima de uma tentativa de roubo de carro. Para ele, trata-se de uma execução.
Carro do prefeito Braz Paschoalin No carro do prefeito Braz Paschoalin é possível
contar 19 perfurações (Foto: Juliana Cardilli)
Já o capitão Lycurgo de Freitas Henriques Júnior, da Polícia Militar, informou que os dois suspeitos presos em Itapevi – que têm passagem pela polícia por roubo – estavam tentando explodir o veículo prata apreendido. Os dois homens foram detidos a dois quilômetros do local do crime.
“Pelo menos duas armas foram usadas nos disparos [contra o prefeito]. Foram identificados dois tipos de munição – 9 mm e de fuzil 5,5 mm, que tanto pode ser usada por um [fuzil] AR-15 quanto por uma [metralhadora] M-16”, informou o capitão Lycurgo.
Segundo ele, os dois suspeitos foram presos a 50 metros do carro, que estava encharcado de gasolina, com o motor ligado. Lycurgo acredita que a dupla iria explodir o veículo, que tinha marcas de tiros. Ao lado do carro havia cápsulas de munição de pistola 9 mm. Ainda segundo o capitão da PM, foram encontrados fios de cabelo dentro do carro prata, que serão comparados com o material coletado dos dois suspeitos. Eles foram encaminhados para a realização de exame residuográfico para verificar a existência de vestígios de pólvora.
sobrinho prefeito JandiraSegundo sobrinho de Paschoalin, prefeito não era
ameaçado (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Sem ameaças
O caminhoneiro Kleber Lopes da Silva, de 30 anos, sobrinho de Braz Paschoalin, disse que seu tio não recebia ameaças e era uma pessoa querida pela população. “Por onde você andar em Jandira, só falam bem dele. Não há como a gente prever um crime desses. Que eu saiba, ele nunca recebeu ameaças”, afirmou Silva. “Inimigo todo mundo tem, mas ele não tinha nenhuma desavença pessoal.”
O corpo de Paschoalin será velado no Ginásio Central da cidade, segundo a Prefeitura de Jandira. Ainda não há a confirmação do início do horário do velório. A prefeitura decretou luto oficial por sete dias.
Terceiro mandatoSegundo informações disponíveis no site da Prefeitura de Jandira, Paschoalin estava em seu terceiro mandato como prefeito da cidade. Em 1976, foi eleito vereador, então com 28 anos. Em 1988, foi eleito prefeito pela primeira vez, administrando a cidade de 1989 a 1992. Ele reassumiu o cargo no período entre 1997 e 2000, e foi eleito novamente em 2008, tomando posse em 2009.
Durante o segundo mandato, Paschoalin chegou a ser o prefeito com o maior salário do país. Em 2003, ele foi investigado por causa do sumiço de cem cheques da Prefeitura. Os cheques foram feitos em nome de várias pessoas e sacados de uma vez só. As assinaturas que endossaram os cheques eram falsificadas. A mulher do prefeito, Maria Helena, também foi investigada pelo Ministério Público por causa de despesas que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo considerou irregulares.
O prefeito e mais cinco vereadores de Jandira também são alvo de investigação pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público de São Paulo. Segundo o Gaeco, Paschoalin pode estar por trás do pagamento de propina a vereadores para aprovar projetos de interesse da prefeitura. O promotor Roberto Porto suspeita que o esquema de propinas tenha alguma ligação com o assassinato do prefeito.
Em nota, o PSDB lamenta com "profundo pesar e indignação" a morte de Paschoalin, afirmando que ele foi "um exemplo de liderança na região", lutando "pelos avanços de Jandira ao longo de seus três mandatos à frente da prefeitura. Sua morte abrupta é uma perda inestimável para o PSDB e para o estado de São Paulo. As circunstâncias deste crime hediondo devem ser imediatamente apuradas e os culpados devidamente punidos", diz o texto.
Outros crimesNo dia 8 de julho deste ano, um ex-vereador de Jandira foi assassinado depois de uma tentativa de assalto, em casa. Waldemiro Moreira de Oliveira foi vereador da cidade entre 2005 e 2008. Quando os criminosos entraram na casa, a vítima havia acabado de sair para comprar pão. Só estavam no local a mulher do vereador e o filho do casal.
No dia 20 de setembro, sete homens armados invadiram o prédio onde mora a filha do prefeito e um vereador, na Rua Henrique Sammartino, no bairro Anita Costa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o grupo foi até à casa de um porteiro que trabalhava no edifício e rendeu ele, a esposa e um vizinho. Em seguida, foram até o prédio onde mora a filha de Paschoalin, renderam o porteiro e tentaram arrombar a porta do apartamento dela. A filha do prefeito e o marido seguraram a porta e os criminosos fugiram levando apenas a bateria do celular do porteiro rendido na portaria do edifício. Na época, a filha de Paschoalin disse à polícia que acreditava que os ladrões estavam atrás do dinheiro arrecadado em uma festa, em Jandira.
Em outubro, a filha de Paschoalin foi alvo de uma tentativa de sequestro. No final do ano passado, a casa do prefeito foi invadida por ladrões, que roubaram joias, dinheiro e agrediram a família dele.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".