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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Países criticam fortemente tentativas de criar novo “direito” à educação sexual na ONU

JULIO SEVERO
31 de outubro de 2010

Samantha Singson
NOVA IORQUE, EUA, 28 de outubro de 2010 (C-FAM/Notícias Pró-Família) — Delegados irados ocuparam a tribuna da ONU nesta semana para denunciar um relatório que promove um novo direito humano à educação sexual explícita para crianças novas.
Os blocos de países africanos e caribenhos levaram à hostilidade generalizada para com o relatório ao registrar sua “forte rejeição” e “forte desaprovação”.
O relatório defende um novo direito humano à educação sexual citando recomendações sem poder legal e outros relatórios da ONU que incluem as polêmicas normas da UNESCO sobre educação sexual e os Princípios de Yogyakarta. O autor do relatório, Victor Muñoz, argumenta que os países têm a obrigação de garantir esse novo direito “desde as fases iniciais da vida”.
Furando o protocolo de praxe, Muñoz submeteu seu relatório à ONU sem estar presente para defender suas recomendações e análise.
Muñoz respeita, da boca para fora, o direito de os pais escolherem a educação de seus filhos, o qual é parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas acrescenta que “essa autoridade jamais poderá se opor aos direitos das crianças e adolescentes”. De acordo com Muñoz, a educação sexual abrangente vai além de simples informações biológicas ou reprodutivas.
Ignorando o acalorado debate existente na ONU por causa de termos que lidam com “orientação sexual” e “identidade de gênero”, Muñoz insiste em que a educação sexual inclua informações sobre “diversidade sexual”. Muñoz critica agressivamente os programas de abstinência, os quais ele argumenta normalizam estereótipos e promovem imagens discriminatórias porque são baseados na “heteronormatividade”.
Muñoz acrescentou que negar a existência de uma população lésbica, gay, transexual, transgênera e bissexual expõe esses grupos à discriminação.
Embora não tivessem podido se dirigir diretamente a Muñoz, os delegados frustrados que representam a África, a América Latina, o Caribe e a Organização dos Países Islâmicos se alinharam para denunciar o relatório. Eles criticaram a tentativa de Muñoz redefinir sozinho o sistema de direitos humanos e introduzir assuntos polêmicos tais como orientação sexual, educação sobre sexualidade e identidade de gênero como conceitos universalmente aceitos.
Malauí, representando o bloco de países africanos, disse que não há “consenso universal acerca das noções de educação sexual”. A tentativa de Muñoz de criar um novo direito e reinterpretar a compreensão existente de direitos humanos “desdenhou” o código de conduta, disse Malauí. O grupo africano expressou choque com o que chamou do uso seletivo que Muñoz fez de citações de outros documentos da ONU, os quais não constituem um “reflexo fiel de fatos objetivos”.
O bloco caribenho também registrou sua “forte desaprovação a essa tentativa de Muñoz de criar um novo direito dentro do direito universalmente consagrado à educação, de longe excedendo seu mandato”. Os países caribenhos acusaram Muñoz de “satisfazer seus interesses pessoais à custa” das delegações e exigiram um relatório reescrito que seguisse as normas estabelecidas da ONU.
Embora muitos outros — inclusive Rússia, África do Sul, Marrocos, o Grupo Árabe, a Santa Sé e os Estados Unidos — também tenham denunciado a defesa de um novo direito a uma abrangente educação sexual, a Suíça, a Noruega, o Canadá e a Argentina deram seu apoio. A União Europeia expressou seu apoio “total e de todo o coração” a Muñoz e seu relatório.
A Assembleia Geral não tomou ação alguma sobre o relatório desta semana, mas a expectativa é que irá considerá-lo de novo em dezembro.
Este artigo foi publicado com a permissão de: www.c-fam.org
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/oct/10102803.html
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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".