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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Celso Arnaldo traduz o primeiro falatório da presidente eleita: ‘Viveremos os quatro anos mais medíocres da nossa República’

AUGUSTO NUNES
01/11/2010 às 2:38 \ Direto ao Ponto


Não há tempo a perder, avisou o título do post anterior. Nem tréguas a conceder, completa o texto do jornalista Celso Arnaldo Araújo. Quando Dilma Rousseff apareceu para o primeiro discurso como presidente eleita, o grande caçador de cretinices já estava pronto para o recomeço do duelo entre a razão e a insensatez, entre a lógica e o absurdo, entre a civilização e o primitivismo. Os pastores da escuridão não poupam os brasileiros decentes. O país que pensa não lhes dará trégua.
“Primeiro eu queria agradecê aos que estão aqui presentes, nessa noite que pra mim é uma noite que cês imaginam completamente especial. Mas eu queria me dirigi a todos os brasileiros e às brasileiras, os meus amigos e as minhas amigas de todo o Brasil. É uma imensa alegria está aqui hoje. Eu recibi de milhões de brasileiros e de brasileiras a missão, talvez a missão mais importante de minha vida”
As primeiras palavras de improviso da presidente eleita Dilma Vana Rousseff, antes de ler o discurso escrito na véspera pelos assessores, são o prólogo de uma era que se anuncia histórica, como histórica são todas as eras vividas — mas esta por um prenúncio: viveremos os quatro anos mais medíocres da nossa República.
Foram palavras modelares de uma funcionária pública sem obra e sem credenciais pessoais que, herdando o mais alto posto da nação por uma dessas armadilhas do destino que só um ficcionista poderia elocubrar, tem o desplante de afirmar — por absoluta incapacidade de expressão — que a presidência da República é “talvez” a missão mais importante de sua vida. Qual seria outra?
Dilma Vana Rousseff, presidente da República. Ao ouvir essa chocante combinação entre nome e posto, me sinto transportado sem escalas a Macondo, “uma aldeia de vinte casas de barro e taquara”, segundo o célebre início de “Cem Anos de Solidão”. A Dilma Rousseff sistematicamente desconstruída nesta coluna, ao longo dos últimos 15 meses, não teria credenciais para dirigir Macondo. Ter sido eleita presidente do Brasil, “oitava economia do mundo”, soa como um despropósito até pelos cânones do realismo fantástico, onde o irreal e o estranho são algo cotidiano e comum — não por ser neófita, não por ser a primeira mulher, não por ser petista, não por ser madrinha da Erenice, não por ser escolha arbitrária de Lula, mas por ser a Dilma Rousseff que ela mesma se encarregou de expor e escancarar, sem retoques – produzindo contra si mesma o veredicto de uma flagrante inabilitação para o cargo, em sentença transitada em julgado.
Só numa Macondo governada por Lula – e Macondo é banana, na língua bantu — a eleição de Dilma Rousseff como presidente do Brasil seria tristemente real. Como num romance do realismo mágico, sua ascensão é fruto de um tempo distorcido, para que o presente se repita ou se pareça com o passado.
Tomara que exista outra Dilma, que não conhecemos ainda.
Boa sorte, presidente Dilma Rousseff.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".