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terça-feira, 2 de novembro de 2010

A falácia de Vannuchi: aborto, tema de saúde pública?

IPCO
2, novembro, 2010


Ao afirmar que "aborto é uma questão de saúde pública" Paulo Vannuchi está querendo nos vender gato por lebre.
Atilio Faoro
O ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, mais uma vez veio a público para defender o PNDH-3, lançado pelo presidente Lula em dezembro do ano passado e revisado em maio deste ano.
Em nota de 14 de outubro último, postada no site da Secretaria e intitulada “Esclarecimentos sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3”, o ministro Vannuchi procura passar a idéia de que o PNDH-3 não defende a legalização do aborto.
Segundo a nota, o esclarecimento foi redigido “tendo em vista a divulgação de informações equivocadas, distorcidas e inverídicas sobre a terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3”.
Argumenta o ministro Vannuchi: “Esclarecemos que o  PNDH-3 não trata da legalização do aborto. A redação diz: Considerar o aborto como tema de saúde pública, com garantia do acesso aos serviços de saúde”.
Como se sabe, na primeira versão, publicada em dezembro de 2009, o texto defendia a “descriminalização” do aborto. Na versão retocada em maio, a formulação mudou para “considerar o aborto como tema de saúde pública, com garantia do acesso aos serviços de saúde”.
A nova formulação não desfaz a preocupação da grande maioria dos brasileiros de que o perigo da liberalização do aborto está anulado. Pelo contrário, ela aumenta a desconfiança de que Paulo Vannucchi está querendo nos vender gato por lebre.
Foi ou não suprimida a prática do aborto no PNDH-3? Quem fala em “tema de saúde pública” fala em defesa de um bem a ser tutelado pelo Estado, com apoio jurídico, recursos materiais e pessoais do Estado. Em consequência, o ministro Vannuchi está a defender que o aborto seja tutelado pela Estado. Ou seja, o direito de matar e não o direito à vida.
É um contrasenso dizer que está envolvido um “tema de saúde pública” quando se trata de um crime contra a vida, com a eliminação de um nascituro indefeso no ventre da mãe.
Não existe – não pode existir – um Estado de Direito que defenda como “tema de saúde público” um CRIME CONTRA A VIDA. O aborto não pode ser tutelado pelo Estado, quer na sua ordenação jurídica, quer nas redes de saúde pública, com ou sem “garantia do acesso aos serviços de saúde”.
Cai no vazio pois afirmar que o PNDH-3 “não trata da legalização do aborto”. Colocar oCRIME DO ABORTO sob a proteção do Estado como “tema de saúde pública” é defender o aborto.
Resta saber uma questão moral de fundo: entende o ministro Paulo Vannuchi que o aborto é UM CRIME CONTRA A VIDA? A nota emitida por sua Secretaria é técnica e esquiva, fazendo crer que ele não tenha uma posição pró-vida. Se ele quer afastar ” equivocadas, distorcidas e inverídicas” deveria ele ser claro neste ponto.
Ademais, como ativista em movimentos eclesiais católicos, e com numerosos contatos com religiosos e bispos, ele não pode ignorar a doutrina da Igreja a respeito do aborto. Na sua biografia reproduzida no próprio site da Secretaria dos Direitos Humanos (www.direitoshumanos.gov.br/ministro) lemos que, entre os anos 1977 e 1985, Paulo de Tarso Vannuchi foi:
a) Cofundador e membro do Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae (fundada pela controvertida Madre Cristina, religiosa da Congregação de Nossa Senhora – Cônegas de Sto. Agostinho) ministrando programas de formação política para comunidades de base em bairros pobres da periferia de São Paulo;
b) Proferiu cursos, palestras e atividades de assessoria política à Comissão Pastoral da Terra, Pastoral Operária e Comunidades Eclesiais de Base;
c) Proferiu cursos de formação e assessoria política para lideranças, religiosos e bispos em vários estados (Pará, Maranhão, Goiás, Ceará, Piauí, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo).
Não se iluda, ministro Vannuchi. Os brasileiros sabem que, além de crime pelo Código Penal, o aborto é uma violação da Lei natural posta por Deus no coração dos homens e sobretudo constitui um pecado grave, segundo a moral católica, pois trata-se de uma falta contra o 5º Mandamento da Lei de Deus: “Não matarás”.
O povo brasileiro é profundamente cristão e sabe distinguir entre o Bem e o mal, entre a verdade e a falácia. Ele está farto de ouvir a cantilena de que o “aborto é tema de saúde pública”. Para nós, cristãos, a VIDA é um tema de saúde pública. Jamais a morte.

5 comentários:

Anônimo disse...

Em meu pequeno horizonte de pessoa comum, sem significado e influencia social alguma, creio ser dever do estado não discriminar ninguem e isto inclue as miminorias. Creio ser dever do estado respeitar o direito de pessoas que são ateus e atéias e estes terem direito a não criminilização do aborto. Não é porque é crime que que não existe!!!
Agora, se armar de uma religião para impedir direitos dos demais é retrogrado!!! Quem quer ter fé que o tenha, mas que não imponha suas idéias, que evangelize, que seja formador de consciencia... Agora o marketing religioso esta dificil com tanto caso de pedofilia não criminalizado!!!

Cavaleiro do Templo disse...

Nem mesmo entendi seu comentário. Digo, o que quis dizer...

Michel Brandoni disse...

A comunidade nazi-fascis do Brasil está de luto. A verdade e a honestidade venceram a calúnia e o golpismo.

elaine disse...

Vannuchi, Entre na página do DATASUS, o banco de dados do sistema único de saúde, com os dados oficiais do próprio governo. Clique em “informações de saúde” e depois em “estatísticas vitais – mortalidade”. Aí você escolhe o período, a região e a causa de mortalidade. Em 2008 morreram 1.517 gestantes, sendo 117 por aborto, incluindo os espontâneos e os provocados. Questão de saúde pública, Vannuchi, é tuberculose, AIDS, dengue, diabetes, hipertensão, burrice e falta de caráter. Isso sim atinge a saúde dos brasileiros e demanda recursos e medidas enérgicas.

Cavaleiro do Templo disse...

O rapaz escreve que "A verdade e a honestidade venceram a calúnia e o golpismo."

Em qual país isto se deu, qual foi o evento descrito?

CT

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".