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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A informação é o melhor instrumento para o jovem alienado iniciar sua participação na vida política, com maior consciência e peso político positivo.

Do portal do DIÁRIO DO COMÉRCIO
Por Paulo Saab - 18/9/2008 - 22:00

Ano eleitoral favorece que os interesses para a questão política fiquem mais aguçados junto à
população. Favorece também a busca da atenção da juventude brasileira pela motivação que a disputa, colocada a nu pela mídia e pelo horário obrigatório no rádio e na televisão. É uma ocasião relevante para se firmar entre os jovens a educação política que não seja a da rejeição pura e simples, contaminada pela falta de conhecimento sobre o valor de vivermos uma nação democrática, o exercício do voto e - pior - a ação dos maus políticos, que atuam justamente no vácuo criado pelo desinteresse de participação da maioria da população. Existe ainda uma distância muito grande entre o que a democracia representativa demanda da sua juventude e o que de fato acontece nessa fase da vida. Um verdadeiro fosso separa a vontade de entender e participar do potencial de contribuição e formação que o País necessita.

Quando uma campanha eleitoral está em andamento, como a atual, o impacto da comunicação política sobre a população - e certamente sobre os estudantes brasileiros - é bem mais acentuado. Os partidos políticos poderiam aproveitar melhor a ocasião e não ficar apenas na corrida atrás do voto. O que é compreensível, mas... Deveriam investir no ingresso de jovens nas agremiações, para se tornarem militantes da política - como a maioria é do futebol, por exemplo - e constituir novas levas

de cidadãos e cidadãs jovens capazes de participar da vida pública com menos vícios e os erros decorrentes da deformação de nossa história, onde prevalece a má fama da política.

O grau de indiferença ainda é maior, bem maior, do que a democracia brasileira exige de sua juventude na política, primeiro para entendê-la e segundo para dela participar. Muitos estudantes ainda confundem, por exemplo, a capacidade de tirar o título de eleitor a partir dos 16 anos como uma obrigação imposta, quando na verdade se trata de uma conquista, o exercício do direito ao voto facultativo antes dos 18 anos. Muitos repetem discursos mofados, regados pelo desconhecimento, alimentados pelas más práticas de representantes populares e governantes que desrespeitam seus mandatos e os eleitores.

A época da campanha eleitoral é um bom momento para chamar os jovens à discussão, ao debate, sobre o que é a democracia, o voto, o sistema político. Ouvir suas queixas, reclamações, desilusões e informar-lhes. A informação é o melhor instrumento para os estudantes brasileiros, alienados da vida política, criarem condições de discernir por si mesmos e iniciarem o processo de compreensão e participação, formando uma nova geração de cidadãos, com maior consciência e peso político positivo na vida do Brasil.

O vácuo de renovação de lideranças capazes propiciou na vida nacional o surgimento de políticos de terceira linha, comprometidos apenas com seus interesses escusos e absolutamente distantes de ações voltadas para o desenvolvimento do País e melhoria da qualidade de vida de sua população (a não ser, claro, dos políticos que ocuparam esse vazio e se auto-beneficiam).

Investir na educação em geral - e na política, em particular - é contribuir para acelerar a oxigenação da vida pública brasileira. O poder público, os partidos políticos, as organizações sociais, a iniciativa privada, a sociedade como um todo, deveriam tomar isso como meta prioritária e agir. Todos teríamos a ganhar a curto, médio e longo prazos. Não votar por votar. Pensar na escolha de alguém que, de fato, possa fazer algo por todos e não apenas por si e seus apaniguados.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".