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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Delenda est legionis!

Do portal BRASIL ACIMA DE TUDO
Por Heitor de Paola, Jornal Inconfidência , 22 de setembro de 2008

Delenda est Cartago!

Com esta frase (Cartago precisa ser destruída!), que se tornou proverbial, Catão, o Velho, terminava seus discursos no Senado Romano. Embora as duas partes estivessem em paz desde o fim da Segunda Guerra Púnica, Roma não conseguia ficar tranqüila, pois mesmo com todos os embargos e imposições que o tratado de paz fixado entre as duas cidades na última guerra, Cartago, superando todas as adversidades, voltara a prosperar. Catão advertia que o perigo continuava, depois de ter visitado Cartago e de lá trazer frutas que mostravam o re-erguimento do inimigo. O tratado impedia Cartago de fazer a guerra a qualquer nação sem autorização do Senado, mesmo se atacada, e Roma preparou um ardil para justificar seu ataque e o desencadeamento da Terceira Guerra Púnica. Desencadeada em 149 a.C. terminou com a total destruição de Cartago e seu solo foi salgado para que nada mais nascesse lá.

Esta lembrança vem a propósito da campanha de ódio desencadeada – na verdade, nunca suspensa, sempre esperando as melhores oportunidades – pelo dois últimos governos contra as Forças Armadas, particularmente o Exército. Já se viu que uma nação que governa contra suas próprias forças armadas vai mal e tende à autodestruição. A experiência foi terrível nos Estados Unidos com a campanha contra a Guerra do Vietnam e a retirada das tropas desmoralizadas exatamente quando estavam perto da vitória. Fui testemunha do desprezo com que eram tratados os bravos soldados que defenderam seu País com o próprio sangue. Em visita ao Memorial dos mortos da guerra em Washington, D.C., em meio às lágrimas dos familiares vi veteranos aleijados esmolando e passando uma lista de assinaturas para pedir maior assistência por parte de um governo que os abandonara. Anos mais tarde vi o renascimento do orgulho nacional da era Reagan. Depois de levados novamente a realizar atos temerários que deram errado nos oito anos Clinton, Bush levantou novamente sua moral no Iraque e no Afeganistão.

Interessante notar que a Segunda Guerra Púnica teve como um dos seus Generais mais importantes Quintus Fabius Maximus Verrucosus, o Cunctator ('retardador') que jamais enfrentou as tropas de Aníbal de frente, sempre negando batalha. Dele deriva o nome da Sociedade Fabiana à qual pertence o primeiro Presidente a atacar nossas Forças Armadas, FHC. Tipicamente fabiana foi a decisão de deixar para Lula vetar a modernização da Força Aérea, o Projeto FX, que FHC teria vetado de qualquer modo. Mas retardando ao estilo fabiano e deixando para o próximo governo, saiu de bonzinho e não enfrentou diretamente o inimigo. Foi dele a iniciativa de abrir os processos de indenização das "vítimas da ditadura", um monte de terroristas e parasitas aproveitadores. Mas, o serviço mais porco, mais uma vez ficou para Lula!

Em dois artigos anteriores (aqui e aqui) já abordei este tema como um estratagema para dividir as Forças Armadas ou para dar a falsa impressão de revanchismo. Também Olavo de Carvalho abordou o tema de sua forma contundente usual.

Existem outros aspectos pelo quais o assunto deve ser abordado. Um deles, que se refere simbolicamente ao Vietnam, foi a ida de Lula e grande entourage a Ho Chi Mihn City e sua lacrimejante visita ao nonagenário Vo Nguyen Giap com todos os salamaleques comuns entre terroristas comunistas e com direito a apresentação de sua provável candidata Dilma Roussef, uma "admiradora" do velho General. As palavras de Lula foram eloqüentes: um panegírico abjeto e rasteiro ao chefão comunista que teria "derrotado" os americanos. Estes, como sempre, nem interpretaram a viagem como uma declaração de guerra, que agora foi desencadeada pelos aliados do Foro de São Paulo Morales e Chávez. Nunca deve ser esquecida a frase de Che Guevara: 'é preciso criar vários Vietnans na América Latina', o que começa a ocorrer agora com a indefectível aliança com os russos cuja presença na Venezuela, inclusive com cruzadores nucleares e bombardeiros estratégicos TU-160. (É estranho o silêncio dos nacionalistas e de nossos militares que tanto se preocuparam com a reativação da IV Frota Americana na região).

O segundo ponto é o uso de falsos testemunhos de "torturados" e familiares, o que repete situações passadas como, por exemplo, no caso Herzog. A denúncia do três mosqueteiros, Sobel, Arns e Wright ficou provada recentemente como sendo um fake pois nenhum dos três sequer viu o corpo da vítima. Denúncias baseadas em depoimentos secretos levantaram parte da intelectualidade brasileira contra o DOI-CODI, o que é mentira porque a prisão de Herzog foi no DOPS. Da mesma forma o caso Zuzu Angel, baseado exclusivamente em suposições delirantes e fantasiosas a respeito de um atentado por parte do Exército.

Criados os heróis é preciso criar também os vilões, pois acusações generalizadas contra o Exército não têm abalado a confiança da população nesta instituição – todas as pesquisas de opinião mostram um índice de confiança acima de 75%. O papel foi atribuído principalmente ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Para isto levantam-se "experts" da ONU e o onipresente Juiz espanhol Baltazar Garzon, e toda a Nova Ordem Mundial interferindo em nossas leis e querendo levar este e outros casos para o Tribunal Penal Internacional.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".