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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A análise do capitalismo selvagem por alguns selvagens do socialismo de extorsão...

Do portal da BBCBrasil.com
(título "pinçado"do BLOG DO CLAUSEWITZ com análise do mesmo logo abaixo)
19 de setembro, 2008

Os mercados de ações estão em crise e vários bancos de investimento estão quebrando. O que isso significa para o futuro do capitalismo? Alguns economistas e analistas dão a sua visão.

O filósofo Noah Chomsky diz que o capitalismo erra ao não calcular os custos de quem não participa das transações financeiras, e por isso entrou em crise.

Para Peter Jay, um dos diretores do Bank of England, o banco central britânico, houve excesso de confiança de investidores no capitalismo e, de agora em diante, não haverá mais tanto otimismo com o sistema.

Patrick Minford, que foi assessor do governo britânico nos anos 80, acredita que apenas alguns ajustes são necessários na regulação do sistema financeiro para que o capitalismo volte a se fortalecer.

Jon Danielsson, economista da London School of Economics, alerta que é preciso evitar que esta crise leve a um excesso de regulamentos.

Confira abaixo as análises.

Noah Chomsky*, filósofo e lingüista

Os mercados têm ineficiências conhecidas e inerentes. Um fator é a falha para calcular os custos de quem não participa destas transações. Estas "externalidades" podem ser gigantes. Isso é particularmente verdade no caso de instituições financeiras.

A tarefa deles é assumir riscos, calculando custos potenciais para si mesmos. Mas eles não levam em consideração as conseqüências das suas perdas para a economia como um todo.

A intervenção do Federal Reserve revela, mais uma vez, o caráter profundamente antidemocrático das instituições capitalistas.

Logo o mercado financeiro "subestima o risco" e é "sistematicamente ineficiente", como escreveram John Eatwell e Lance Taylor há uma década, alertando para os perigos extremos da liberalização financeira e revendo os custos substanciais que estão implicados – e também propondo soluções, que foram ignoradas.

A intervenção sem precedentes do Federal Reserve (o banco central americano) pode ser justificável ou não em termos estreitos, mas revela, mais uma vez, o caráter profundamente antidemocrático das instituições capitalistas, feitas em grande medida para socializar o custo e o risco e privatizar os lucros, sem uma voz pública.

Isso não é, é claro, limitado ao mercado financeiro. A economia avançada como um todo se ampara pesadamente no dinâmico setor estatal, com a mesma conseqüência em relação ao risco, custo, lucro e decisões – características cruciais dos sistemas político e econômico.

* Noah Chomky é filósofo e professor de lingüística do Massachusetts Institute of Technology.

Peter Jay*, economista e jornalista

Na medida em que nomes grandes de Wall Street estão indo à lona, destruídos pela própria arrogância e pelo ambiente financeiro mais hostil em quase 80 anos, nós devemos nos perguntar: por que estamos tão surpresos? Logo nós, que deveríamos ser especialistas? Por que não previmos isso?

A verdade é desconfortável. Nós ficamos cada vez mais cínicos sobre o discurso marxista de contradições do capitalismo, porque o próprio marxismo fracassou nos anos 70, enquanto o capitalismo sobreviveu. Ele fracassou tanto que seus seguidores foram desacreditados.

Por que estamos tão surpresos? Por que não previmos isso?

As pessoas de uma geração mais antiga acreditavam verdadeiramente que alguma combinação das idéias de Walter Bagehot e J. M. Keynes tornariam impossível um novo colapso do sistema financeiro e uma depressão da macroeconomia.

Os bancos centrais nunca deixariam isso acontecer de novo.

Para uma geração mais nova, os anos 30 parecem que são algo do passado distante e que as crises desde então terminaram sem catástrofes. A complacência é o preço do sucesso.

Mas agora nós precisamos enfrentar a possibilidade real de que as mudanças de humor dos mercados financeiros não podem para sempre serem baseadas em otimismo; quanto mais as ações subirem, mais elas cairão, e essa falha no capitalismo não pode ser consertada – nem mesmo por Alan Greenspan – porque está cunhada na imutável psicologia humana.

* Peter Jay é diretor não-executivo do Bank of England e ex-editor de economia da BBC

Patrick Minford*, economista

No atual desastre financeiro, já se ouve vozes pedindo mais regulamentos para "cortar os excessos do capitalismo".

É preciso lembrar primeiro que já existe muita regulação sob os acordos de Basle.

O problema é que os bancos evitaram as leis usando "veículos especiais de investimento" nos seus balanços.

Um ajuste necessário seria simplesmente assegurar que, no futuro, isso seja corrigido.

O capitalismo tem um bom histórico de melhorar dramaticamente os padrões de vida do mundo ao longo de grandes períodos.

Em segundo lugar, os bancos de investimento, como o Lehman Brothers, praticamente não são regulados e estão completamente fora dos acordos de Basle. No entanto, estes animais passaram por um banho de sangue e provavelmente não se comportarão mais desta maneira nunca mais.

O capitalismo tem um bom histórico de melhorar dramaticamente os padrões de vida do mundo ao longo de grandes períodos.

A legislação bancária – que goza do privilégio do "credor de último recurso" com recursos dos contribuintes – é necessária para proteger o contribuinte de abusos.

Mas nós precisamos de um sistema bancário e financeiro vigoroso e competitivo. Qualquer ajuste à estrutura regulamentar atual precisa manter isso em mente.

* Patrick Minford é economista da universidade de Cardiff. Ele foi assessor informal da ex-premiê britânica Margaret Thatcher.

Jon Danielsson*, economista

Nós ouvimos que a onda de fusões, nacionalizações e falências no mundo financeiro representam o fracasso da velha forma de se fazer negócios, e que o futuro é um mundo pesadamente regulado, como nos anos 50.

Nada pode estar mais longe da verdade do que isso. O custo de prevenir crises significa uma economia como em Cuba ou na Coréia do Norte.

A verdadeira tragédia seria se a reação oficial à crise fosse o excesso de regulação mal-pensada e politicamente motivada.

Enquanto alguns bancos, com a anuência de reguladores e com o apoio de governos, se colocaram em dificuldade, é a reação a essa crise que realmente interessa. O sistema financeiro está passando no teste até agora.

Nós sairemos desta crise tendo aprendido que é importante para os bancos não deixarem seus ativos tão complicados que nem eles, nem ninguém os entende.

A verdadeira tragédia seria se a reação oficial à crise fosse o excesso de regulação mal-pensada e politicamente motivada. Um sistema financeiro livre é essencial para a prosperidade internacional.

Por favor, legisladores não nos coloquem de volta em 1929 ou nos anos 50.

* Jon Danielsson é integrante do grupo de mercados financeiros da universidade London School of Economic

Uma pequena análise feita pelo Blog do Clausewitz:

► Como não sou economista, evitarei ser um blogueiro pretensioso e me limitarei a analisar os intelectuais que opinaram à BBC, a respeito do destino sombrio que alguns deles esperam para o capitalismo, por seus perfis... dos quatro, dois tem visões bem anti-capitalistas e os outros dois, pela pesquisa que eu fiz, ficaram em cima do muro... vejamos então Mr Noam Chomsky, segundo a wikipédia: "...Além da sua investigação e ensino no âmbito da Linguística, Chomsky é também muito conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos da América. Chomsky descreve-se como um socialista libertário havendo quem o associe ao anarco-sindicalismo..."... de Sir Peter Jay, analisemos o resumo de seu livro "A riqueza do homem": "Haverá uma moral para os capitalistas, sempre..., na história de como os indianos pegam macacos, contada por Arthur Morgan? “Segundo a história, tomam de um coco e abrem-lhe um buraco, do tamanho necessário para que nele o macaco enfie a mão vazia. Colocam dentro torrões de açúcar e prendem o coco a uma árvore. O macaco mete a mão no coco e agarra os torrões, tentando puxá-los em seguida. Mas o buraco não é bastante grande para que nele passe a mão fechada, e o macaco, levado pela ambição e gula, prefere ficar preso a soltar o açúcar"." ... Patrick Minford é um burocrata de centro-direita, tanto é que fez menção à necessidade de apenas alguns ajustes... Jon Danielsson por sua vez desenvolveu uma teoria chamada extreme value, que eu achei muito parecida com a surplus value de Karl Marx... portanto, o destino do capitalismo por dois votos contra, um a favor e uma abstenção foi decretado como fim de jogo...

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".