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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

DOIS CRITÉRIOS, DOIS RESULTADOS

Do portal FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
Alejandro Peña Esclusa, 08/09/2008
Consultor do FDR

Durante o governo de Andrés Pastrana, se considerava – erroneamente – que a Colômbia se encontrava em guerra civil. Estabelecia-se que existiam dois partidos – o governo e a guerrilha -, cada um com seus respectivos argumentos e motivações que proporcionavam legitimidade à sua luta.

Para impedir o derramamento de sangue entre irmãos, se justificava estabelecer uma zona de distenção, um território neutro, onde se pudesse negociar uma trégua e propiciar um diálogo de paz, inclusive com a intermediação de fatores internacionais que facilitassem um acordo.

Como era de se esperar, este critério não produziu nenhum resultado positivo porque, – no meio do diálogo – as FARC continuaram seqüestrando, assassinando, extorquindo e traficando drogas. Na prática, só serviu para que a guerrilha adquirisse maior poder, pondo o Estado quase de joelhos.

Quando Álvaro Uribe chegou à Presidência, ele estabeleceu um critério totalmente diferente, conhecido como Política de Segurança Democrática, segundo o qual a Colômbia não estava em guerra civil, senão assediada por um bando de criminosos que deviam ser tratados como tais, e não como uma força insurgente legítima.

Como conseqüencia, as FARC foram atacadas sem contemplações, como se deve fazer com qualquer máfia de asassinos e de narco-traficantes, com todo o poder do Estado e com toda a força da Lei.

Em poucos meses a Política de Segurança Democrática começou a dar seus frutos. Hoje em dia, apesar de ainda restarem guerrilheiros na selva, o cidadão colombiano pode transitar livremente pelo território nacional, sem temor de ser seqüestrado ou extorquido.

Dois critérios contrapostos – um errado e outro certo – produziram resultados diametralmente opostos.

O mesmo fenômeno ocorre na Venezuela. Atualmente prima um só critério – o de partidos políticos – segundo o qual o regime de Chávez é simplesmente um mau governo que deve afastar-se de maneira progressiva, única e exclusivamente pela via eleitoral, primeiro ganhando espaços nas eleições regionais, depois nas parlamentares e, finalmente – no ano de 2012 –, nas eleições presidenciais.

Como é natural, este critério só pode produzir fracassos, porque Chávez – além de cometer fraude – aproveitará todo esse tempo para acabar com o pouco que resta das instituções democráticas, e para manter-se no poder com o uso da força.

Porém existe outro critério – o da sociedade – segundo o qual Chávez é um criminoso, por haver massacrado a população em 11 de abril de 2002, por haver tergiversado resultados do referendo revocatório de 2004, por associar-se ao narco-terrorismo colombiano, por promulgar leis totalitárias e por dilapidar nossos recursos no exterior.

Um funcionário público que cometeu graves delitos não pode continuar exercendo suas funções, não importa quão alto seja seu cargo. Deve-se dar-lhe tratamento de criminoso. Deve ser deposto de imediato, sem esperar que finalize seu período.

Quando este critério prevalecer na Venezuela, os resultados serão vistos de imediato. Começarão os protestos de rua, amparados nos Artigos 333 e 350 da Constituição, e as Forças Armadas se negarão a reprimir o povo, criando as condições para a tão ansiada mudança de governo.

Assim como na Colômbia se respira atualmente um ambiente de liberdade, de otimismo e desenvolvimento, assim também na Venezuela se respirará esse mesmo ambiente. Para consegui-lo, basta mudar de critério.

Tradução: Graça Salgueiro

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".