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domingo, 7 de setembro de 2008

BRASIL SOBERANO

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Por VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino

02 de setembro de 2008

"Incorporando-me à Marinha Brasileira, prometo(...) dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida".

Esse juramento solene, proferi-o diante da Bandeira Nacional, em 11 de junho de 1954, na Escola Naval, e tem sido compromisso de toda a minha vida. Repito-o neste instante, com toda a alma!

Juramentos semelhantes têm sido feitos, ao longo da História e até o dia de hoje, por todos os militares do Brasil e pelos reservistas das Forças Armadas, apenas alternando as expressões "Marinha Brasileira", "Exército Brasileiro","Força Aérea Brasileira", conforme os casos.

Os militares do Brasil são os defensores da Pátria e da sua soberania, os garantidores da sua independência e da integridade do patrimônio nacional, e os responsáveis maiores por sua segurança, embora esta seja tarefa a ser compartilhada por todos os cidadãos.

As Forças Armadas não são guardas pretorianas de governantes, nem milícias de governos, nem apenas instrumentos de coação do Estado, mas sim servidoras e defensoras da Nação Brasileira, a cuja realização dos Objetivos Permanentes subordinam sua existência, põem à disposição seu gládio e o uso da violência, que é seu apanágio, se e quando necessário. Por isso, são as orgulhosas Forças Armadas Nacionais!

A partir de 1990, um vento de loucura, diabólica e deliberadamente concebido e fomentado, vem varrendo nossa sociedade, atingindo os fundamentos básicos da nacionalidade – Homem, Terra e Instituições – e relegando à desimportância valores, costumes e tradições que sempre nos caracterizaram como brasileiros, um povo único e capaz de grandes feitos.

Tudo se vai deteriorando e tornando relativo, mesmo os conceitos de justiça, ética, paz, democracia, e cunhas e divisões se vão, de propósito, plantando numa civilização que sempre foi considerada abençoada, exatamente por ser modelo de harmonia e de fraterno entendimento entre os distintos. Invejados pelo mundo, construíamos uma civilização que era a radiosa promessa para o amanhã, irmanados por aquilo que nos distinguia, destacava e unia: éramos, todos e apenas, Brasileiros!

Os governos do Brasil, ao longo da História e como era natural, sempre colocaram o interesse nacional em primeiro lugar. O mesmo sempre têm feito os governos dos países mais fortes, os que maior influência exercem na arena internacional, a despeito de eventuais arranhões à imagem, antipatias e reações que tal atitude possa provocar. Estranha e infelizmente, porém, a partir de 1990 os sucessivos governos da República vêm cedendo a pressões externas, aceitando imposições e adotando medidas que acabam limitando a soberania e gerando fontes de intranqüilidade no presente e de insegurança para o futuro.

Casos emblemáticos são os da delimitação do chamado "território ianomâmi", e demais terras que passaram a ser consideradas "indígenas" ou "quilombolas", e da abertura do mercado nacional aos centros mundiais da usura. O resultado foi a crescente e descabida interferência externa em nossa vida nacional, fato jamais antes visto em nossa trajetória de país independente, e a subordinação crescente da política governamental aos centros mundiais de poder, estatais ou financeiro-econômicos, em detrimento das sólidas Política e Estratégia Nacionais que havíamos formulado ao longo dos tempos, e que nos conduziam ao encontro de glorioso porvir.

Um auge dessa situação negativa foi alcançado no governo FHC, com toda a sorte de concessões tendentes a "permitir o ingresso do País no Primeiro Mundo", grande e perigosa ilusão adotada a partir do governo Collor. Assim se passou com o generalizado e ainda pouco claro "processo de privatização", pelo qual importantes projetos estratégicos, concebidos, criados e desenvolvidos por brasileiros e com nossos recursos, para acelerar o crescimento nacional e aumentar os fatores nacionais de segurança num mundo marcado de conflitos, foram transferidos, a preço vil, a privilegiados "investidores" estrangeiros e nacionais, e muitas empresas estatais estratégicas, construídas também com o esforço e os recursos brasileiros, uma vez "privatizadas", passaram ao controle de estatais estrangeiras! Acentuou-se, então, de forma dramática, o processo iniciado em 1990, deliberado e cumulativo, de enfraquecimento do Estado Nacional e de suas Forças Armadas, as quais passaram a ter cada vez mais diminuído seu papel na vida nacional e restringidos os recursos para aparelhamento e prontificação e para remuneração digna dos seus integrantes.

O danoso processo de apequenamento do Poder Nacional continua em andamento nos últimos anos, agravado pelas tintas ideológicas da adoção de uma renascida "experiência socialista" em âmbito sul-americano, comandada pelos governos esquerdistas da região, entre os quais se inclui o nosso, influenciados por Fidel Castro e sob a égide do chamado "Foro de São Paulo", que tenta compensar a Queda do Muro de Berlim e o fim do império soviético. Na economia, continuam vigindo os ditames herdados do período anterior, o que "deixa bem" a situação com os centros capitalistas de poder, enseja fontes paralelas de recursos aos poderosos de plantão e mantém iludida a nação, sob a versão, amplamente difundida pela propaganda oficial e pela mídia aliada, e aceita pela maioria pouco crítica e esclarecida da população, de "prosperidade econômica generalizada". Na política interna, porém, recrudesce e ganha forças o processo de estabelecimento de "nova ordem" baseada nos ensinamentos de Marx e Lênin, mas sob as roupagens mais atraentes, eficazes e fáceis de ser digeridas pelos desavisados, quase sem sentir, de Gramsci! Na política externa, sucessivos e constrangedores episódios têm demonstrado maiores consideração e apoio aos interesses dos parceiros ideológicos externos, do que aos interesses e direitos do Brasil e dos seus nacionais! E as Forças Armadas permanecem sob ataque revanchista, cada vez mais ampliado, contidas, desprovidas dos recursos essenciais ao cumprimento de sua nobre e imprescindível missão, sofrendo em silêncio seu próprio calvário e o da nação esquartejada...

A violência crescente dos criminosos comuns contra os cidadãos é uma praga nacional, gravíssima nas grandes cidades, sem solução à vista. Soma-se a isso a agitação, de cunho político-ideológico, que se estende orquestrada e ciclicamente por todo o país, através das ações criminosas dos chamados "movimentos sociais", MST e congêneres à frente, nas cidades e no campo, toleradas e mesmo incentivadas por quem tem o dever constitucional de as coibir. Tudo se processa como se vivêssemos situações e episódios de autêntico terrorismo guerrilheiro!

Dando palpites indevidos e de má-fé, porque subordinadas aos interesses ocultos a que servem, sobre assuntos amazônicos e outros, de exclusiva alçada e responsabilidade do País, proliferam, aos milhares e com ampla liberdade de ação, as chamadas ONGs, grande parte das quais estrangeiras e financiadas de fora, em ação paralela e coordenada com as "nacionais", a maioria das quais recebe subvenção do Estado. Animam-se todas a imiscuirem-se nos assuntos nacionais, a dizerem-nos o que fazer e não fazer e a cobrarem, ruidosamente, obediência às suas ordens!

Assim, também em decorrência desse suspeito proselitismo, vão aumentando geométricamente as "áreas indígenas demarcadas", cujas superfícies gigantescas e limites, inclusive na faixa de fronteira, são definidos por pequenos grupos de burocratas, reunidos a portas fechadas, sem auscultar os legítimos interesses nacionais, nem ouvir a opinião da Nação, nem mesmo dos seus representantes! Coincidentemente, grande parte delas assenta-se sobre a mais rica província mineral da Terra, plena de recursos raros, alguns dos quais somente aqui encontrados, e extremamente cobiçados pelos poderes internacionais e transnacionais.

Segundo relatos extensamente repetidos, existem já vastas regiões em que brasileiros são proibidos de entrar, na Amazônia Brasileira! E o canhestro e estranho, injustificável voto da diplomacia brasileira na ONU, em setembro do ano passado, se não corrigido e anulado, cria o risco de possíveis secessões no futuro, num país gigantesco cuja grande e invejada característica sempre foi o da unidade nacional, pelo estabelecimento de "nações indígenas" retiradas do território pátrio, a virem a ser reconhecidas internacionalmente pelos centros de poder que as vêm fomentando, para satisfação de seus próprios interesses e apetites sobre tão rica região!

Estamos, aqui e agora, para bradar, aos quatro ventos, nossa fidelidade, visceral e sem limites, ao Brasil Soberano e Senhor dos seus destinos! Sem aceitar interferências indevidas de quem quer que seja, convidamos os brasileiros a cerrar fileiras em torno do Brasil, para voltamos a construir nosso destino de grandeza, com a graça de Deus e o nosso esforço de patriotas!

O grande Projeto Nacional, que com tanta justiça e há tanto tempo acalentávamos, de uma Pátria dadivosa, fraterna e justa para todos os seus filhos, tão citado e conhecido como o "País do Futuro", não é um sonho inalcançável, mas sim, se quisermos, realidade palpável, ao alcance das mãos e do nosso trabalho continuado, honrado e bem orientado!

Vamos unir nossos esforços, militares e civis, por todos os rincões do nosso Brasil Amado, e cumprir nosso dever de patriotas! Atendendo à exortação da Sabedoria Divina, que cada um doe os seus talentos – morais, espirituais, intelectuais, físicos, financeiro-econômicos - em benefício de todos e sem coisa alguma esperar em troca. Quem mais tiver para oferecer, que abra mais seu coração, mas que todos participemos da grande obra de redenção nacional. Ninguém é tão pobre, que nada tenha a ofertar, nem tão rico que nada tenha a receber!

Voltemos a buscar o Bem Comum, a procurar alcançar os Objetivos Nacionais Permanentes – soberania, integridade do patrimônio nacional, integração nacional, democracia, progresso e paz social – num ambiente de fraternidade sadia, de Segurança e Desenvolvimento, de Ordem e de Progresso. Isso é responsabilidade de todos nós, que nos orgulhamos de ser brasileiros, filhos desta Terra abençoada e dotados de fiel e dedicado coração verde- amarelo-azul-e-branco. Por isso, não traímos, não vendemos o Brasil, nem nos vendemos!

"Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós como lobos rapaces vestidos em peles de cordeiro". Num ambiente de profunda desorganização ética e moral como o que vivemos, a mentira torna-se arma política de uso permanente, para semear confusão e divisão nas almas e inverter e perverter crenças e lealdades. É preciso vigiar e estar atentos, e jamais perder de vista o BEM e por ele lutar! A grandeza soberana do Brasil, o aproveitamento dos incomparáveis recursos de nossa terra para benefício de todos os brasileiros e a felicidade do nosso povo devem orientar nosso pensamento e nossa ação.

Olhares cobiçosos voltam-se para a Amazônia e projetos espúrios de assalto ao poder rondam o Brasil. Em sinistra simbiose, promovida por seus agentes mancomunados, a pinça internacionalista do capitalismo sem pátria e da mais ultrapassada ideologia de esquerda radical manobra nas trevas, para ameaçar o futuro da Pátria. Fiquemos de pé, com coragem e determinação, prontos a "combater o bom combate", em todas as frentes, formas e modalidades, pela Terra de Santa Cruz!

A programada destruição da base ética e moral da sociedade, o endeusamento de falsos líderes, o crime, a corrupção, a violência e a impunidade que se espraiam, o repetido mau exemplo das pessoas que detêm o poder, o desprezo pela população, usada como massa de manobra, a aparente apatia de quem teria o dever de reagir ao mal que se espalha, a falta sentida de lideranças e de bons exemplos, vão conduzindo segmentos cada vez maiores do povo à desilusão, à descrença , à desesperança e à perigosa alienação. Impõe-se vigorosa e pronta reação das pessoas de bem!

Sem jactância, voltemos às raízes de nossa alma brasileira, para tornar a construir a grande civilização dos trópicos, exemplo para o mundo, capaz de ser poderosa, mas sem hegemonismo. Subserviência e tibieza, porém, jamais!

Esta portentosa Amazônia Brasileira é nossa, pela garra, pelo valor e pela bravura dos heróicos ancestrais, portugueses e brasileiros, que a penetraram, desbravaram e conquistaram. Custou-nos sacrifício, suor, lutas e sangue, e suas fronteiras – que nos cumpre guardar, proteger e defender - foram demarcadas e estão internacionalmente reconhecidas, graças ao talento diplomático, à cuidadosa, alentada pesquisa histórica e geográfica de brasileiros ilustres, que produziram resultados irretorquíveis e aceitos universalmente. Todos esses heróis da guerra e da paz, com justa razão, são venerados, celebrados e eternizados no seio da nossa História e na memória dos concidadãos.

As inigualáveis riquezas da terra, do subsolo, da água, da biodiversidade são patrimônio dos brasileiros, de todos eles, os cento e oitenta milhões de hoje e todos os demais, dos tempos que hão de vir, e não apenas de pequenos grupos ou facções. De estrangeiros, nunca!

O Brasil é muito maior que os males terriveis que hoje nos assolam, e a solução só depende de nós! Confiemos na Graça de Deus e em nós mesmos, para libertar o País das sombras do atraso que sobre nós, momentaneamente, se abateram! Nossa fé, nossa união, nosso esforço de grande povo serão abençoados, e o Sol da Esperança voltará a brilhar sobre a Terra Amada!

Repetindo o bravo índio do sul, na sua heróica resposta à ameaça de invasão do seu território, elevo meu brado ao mundo e à consciência cívica dos meus concidadãos, de todas as latitudes e longitudes, aos civis comprometidos com o Brasil e aos militares do juramento à Bandeira, esperando que encontre forte eco e pronta resposta: "Esta terra, esta Amazônia Brasileira tem dono!"

E os donos, mercê de Deus, "à força do Direito ou do Canhão", somos nós, os brasileiros!

TUDO PELA PÁTRIA!
VIVA O BRASIL!

Rio de Janeiro, RJ, 31 de julho de 2008.
(Discurso proferido na Universidade Catedral, Boa Vista, RR, 15 de agosto de 2008).

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
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‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".