JUVERCY JUNIOR, 05/09/2008
Estudo divulgado pela Fiocruz aponta que em cada dez imprevistos em unidades hospitalares, seis poderiam ser evitadas
Um dado alarmante foi divulgado nesta sexta-feira durante o 1º Fórum de Erros em Medicina, no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Um estudo do pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Walter Mendes, apontou que em cada dez imprevistos ocorridos em ambiente hospitalar, seis ocorreram devido a falhas médicas e poderiam ter sido evitadas. Mendes analisou 1.103 prontuários de 2003, em três hospitais universitários do Rio de Janeiro.
Segundo a pesquisa, essas situações imprevistas - incluído os erros médicos - ocorrem principalmente na sala de cirurgia (36,2%), durante os procedimentos médicos (30,5%) e no diagnóstico (9,5%). Em seguida, vêm a obstetrícia (8,6%), problemas com medicamentos (5,7%) e fraturas (1,9%).
Os números assustam, porém, o pesquisador afirma que nem todo imprevisto deve ser encarado como falha médica, já que os enjôos provocados pela quimioterapia - tomando como exemplo - são contratempos que não podem ser controlados e, portanto, não são considerados como falhas.
Além disso, Mendes deixa claro que o Brasil apresenta incidência de eventos adversos em torno de 7,6%, porcentual similar ao encontrado em estudos internacionais em outros países.
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