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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Enquanto as FARC rearticuladas atacam, seus opositores militares purgam na cadeia!

 

IPCO

4, julho, 2012

Hélio Dias Viana

A Colômbia sob o governo de Álvaro Uribe era o único país latino-americano que vinha tomando uma atitude firme e coerente em face da subversão comunista coadjuvada pelo bloco bolivariano, travando contra as FARC uma vitoriosa guerra, em visível contraste com a política entreguista e concessiva dos governos anteriores.

Contudo, colaboradores da narcoguerrilha aninhados em movimentos de direitos humanos e Ongs da mesma orientação, prevalecendo-se de uma brecha deixada por Uribe – a transferência do foro militar para a alçada civil – vêm obtendo das instâncias judiciais a prisão de milhares de militares, acusando-os da prática de crimes diversos.

Entre eles encontra-se a elite das Forças Armadas, cujos membros são detentores de uma inigualável folha de serviços prestados à Colômbia e, por consequência, ao continente. Assim, nada menos que seis generais, trinta coronéis, centenas de oficiais e suboficiais figuram entre os 2.420 militares atualmente presos.

Estão, por exemplo, nessa situação, o general Del Río e o coronel Plazas, ambos da reserva. O primeiro foi o mais destacado comandante militar colombiano na luta contra a subversão, tendo sido destituído pelo governo claudicante do ex-presidente Andrés Pastrana por imposição das FARC. E o segundo ficou imortalizado pela sensacional invasão e resgate, em 1985, do Palácio de Justiça (foto acima), ocupado por terroristas do M-19. Enquanto o general Del Río aguarda na prisão há cinco anos por julgamento, o coronel Plazas foi recentemente sentenciado a pagar 30 anos de reclusão por conta de uma acusação cujo autor se desconhece…

Figuram ainda, entre os presos, um coronel que foi um dos militares mais condecorados, considerado um dos maiores oficiais colombianos de todos os tempos (na prisão há cinco anos aguardando julgamento), e o major responsável pela organização e execução da espetacular Operación Jaque (xeque-mate), em decorrência da qual foram libertados, sem necessidade de um só tiro, Ingrid Bettancourt e diversos reféns da narcoguerrilha farcista.

Enquanto defensores da Pátria são assim jogados inexoravelmente nas prisões, ex-guerrilheiros ocupam cada vez mais posições de destaque no cenário político, chegando alguns deles à desfaçatez de propor o desarmamento das pessoas honestas. E os ataques terroristas crescem ao mesmo tempo em todo o país, um dos quais foi perpetrado recentemente em movimentada artéria de Bogotá, ceifando a vida de dois guarda-costas do ex-ministro da Justiça, Fernando Londoño, ferindo a este e diversas pessoas do público.

A ofensiva contra as Forças Armadas adquiriu tal proporção que “El Tiempo”, o principal jornal colombiano, noticiou em sua edição de 25 de junho de 2012, que dos 2.420 militares atualmente presos, somente 16% foram julgados. E que outros cinco mil encontram-se sob investigação. Mas que os atualmente presos que assinarem um termo de aceitação prévia de culpa – de acordo com o referido jornal, 2.200 já o fizeram – terão suas penas mitigadas.

Segundo o jornal, essa clamorosa situação levou o presidente da Associação Colombiana de Oficiais da Reserva, general Jaime Ruiz, a declarar: “Os militares não estão combatendo. Como o país se encontra hoje e com as garantias que está dando a seus soldados, não vale a pena defendê-lo”.A esta declaração – que ele diz traduzir o pensamento dos oficiais da ativa que não podem falar – soma-se uma dura carta enviada pelos militares da reserva ao presidente Juan Manuel Santos, na qual a certa altura dizem: “A Colômbia é o único país do mundo que enfrenta um conflito armado com legislação de paz e sem foro militar”.

“El Tiempo” conclui: “O certo é que muitos dos militares que ontem foram heróis públicos hoje estão na iminência de passar a metade de suas vidas na cadeia”.

Nossa conclusão é que, em nome dos “direitos humanos”, está sendo sacrificada a liberdade não só de valorosos militares injustamente punidos por terem ousado punir a subversão em defesa da Pátria ameaçada, mas a de 45 milhões de colombianos agredidos pelas FARC e que consideram suas Forças Armadas como a instituição de maior credibilidade do País.

Um comentário:

G. Salgueiro disse...

Esqueceram de nomear o General Jesús Armando Arias Cabrales, com mais de 70 anos, doente, que encontra-se preso e condenado a 35 anos pelos mesmo processo infame e vil do Coronel Plazas, do assalto ao Palácio da Justiça pelo M-19.
Escrever sobre um tema porque está na moda sem conhecer a história a fundo, dá nisso...
MG

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".