Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro concede Medalha Tiradentes a Olavo de Carvalho. Aqui.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Papa Bento XVI, sobre a reforma litúrgica conciliar: Houve muitos equívocos e irregularidades.

 

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terça-feira, 19 de junho de 2012

 

“Com base numa apreciação cada vez mais profunda das fontes da Liturgia, o Concílio promoveu a participação plena e ativa dos fiéis no Sacrifício Eucarístico. Hoje, olhando os desejos então expressos pelos Padres Conciliares sobre a renovação litúrgica à luz da experiência da Igreja universal no período transcorrido, é claro que uma grande parte foi alcançada; mas vê-se igualmente que houve muitos equívocos e irregularidades. A renovação das formas externas, desejada pelos Padres Conciliares, visava tornar mais fácil a penetração na profundidade íntima do mistério; o seu verdadeiro objetivo era levar as pessoas a um encontro pessoal com o Senhor presente na Eucaristia, e portanto com o Deus vivo, de modo que, através deste contato com o amor de Cristo, o amor mútuo dos seus irmãos e irmãs também pudesse crescer. Todavia, não raro, a revisão das formas litúrgicas manteve-se a um nível exterior e a ‘participação ativa’ foi confundida com o agitar-se externamente. Por isso, ainda há muito a fazer na senda duma real renovação litúrgica. Num mundo em mudança, obcecado cada vez mais com as coisas materiais, precisamos de aprender a reconhecer de novo a presença misteriosa do Senhor Ressuscitado, o único que pode dar respiração e profundidade à nossa vida.”

“A Eucaristia é o culto da Igreja inteira, mas requer também pleno empenho de cada cristão na missão da Igreja; encerra um apelo a sermos o povo santo de Deus, mas chama também cada um à santidade individual; deve ser celebrada com grande alegria e simplicidade, mas também de forma quanto possível digna e reverente; convida-nos a arrepender dos nossos pecados, mas também a perdoar aos nossos irmãos e irmãs; une-nos a todos no Espírito, mas também nos ordena, no mesmo Espírito, de levar a boa nova da salvação aos outros.”

- Papa Bento XVI, na conclusão do 50º Congresso

Eucarístico Internacional em Dublin

17 de junho de 2012

O Papa traça – como de costume – uma linha entre o que desejavam os padres conciliares e o que aconteceu efetivamente após a sua realização. Com a explosão da contracultura e da revolução sexual dos anos 70 moldou-se um certo “espírito do Concílio” – o aggiornamento proposto por João XXIII passaria de “transmissão da fé cristã ao mundo moderno” para uma completa “secularização do Evangelho”. Aquilo que pretendiam os bispos, em comunhão com o Santo Padre, foi totalmente deturpado. Os modernistas surgiram para fazer da mensagem de Cristo aquilo que bem entendiam, esquecendo-se da fidelidade à Tradição de dois mil anos da Igreja. O resultado foi devastador… Os frutos amargos de toda esta distorção do Vaticano II quem colhe somos nós.

Especificamente no que se refere à Liturgia, são visíveis os estragos feitos nesta realidade que deveria ser tratada com todo respeito e diligência. Os sacrários foram para o canto das igrejas: Jesus era tirado do centro; em seu lugar, deixava-se um solene vazio. A cruz foi tirada do altar: a Missa “deixava de ser” sacrifício, para representar uma mera celebração festiva, um banquete. O canto gregoriano foi substituído por algumas músicas animadas, de louvor – e a ideia de sacrifício caia definitivamente em ostracismo.

Como recuperar o verdadeiro espírito da Liturgia – ou seja, o espírito de sacrifício, de solenidade? O caminho é simples: passa pela senda da obediência. Ao falarmos de Liturgia, devemos recorrer à figura da sarça ardente. “Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia. (…) Vendo o Senhor que Moisés se aproximava para observar, Deus o chamou do meio da sarça: ‘Moisés, Moisés! (…) Não te aproximes daqui! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é chão sagrado’.” (Ex 3, 2.4-5). Sacerdote, vais celebrar o Santo Sacrifício? Então, “tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é chão sagrado”. Vais rezar a Oração Eucarística? “Tira as sandálias dos pés”, não tenhas a pretensão de alterar uma vírgula do que lês, afinal “o lugar onde estás é chão sagrado”. Vais receber o Corpo e Sangue do Santíssimo Redentor, “tira as sandálias dos pés”… E esta atitude pode ser indicada não só aos sacerdotes, como também aos religiosos, aos leigos e a todos que, na Igreja, são chamados a assistir à Santa Missa. A Liturgia católica é um “chão sagrado” e qualquer um que pretenda, como Moisés, aproximar-se, deve imediatamente “tirar as sandálias”, reconhecer a sublimidade do mistério que vai contemplar: se Moisés ficara intrigado com uma sarça, quanto não deveríamos ficar extasiados com o milagre da transubstanciação, do pão e do vinho que se transformam na carne e no sangue do próprio Deus!

Que possamos participar sempre com mais devoção e fervor da Santa Missa, tendo em mente que foi por meio desta celebração que, ao longo dos séculos, inúmeros servos da Igreja se santificaram; que foi recebendo o Corpo e Sangue do Cordeiro que se sustentaram as almas dos bem-aventurados; que foi celebrando este Sacrifício que uma incontável legião de sacerdotes salvaram a si mesmos e aos seus.

Graça e
Salve Maria Santíssima! - Everth Queiroz Oliveira

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".