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segunda-feira, 16 de julho de 2012

E-mails divulgados pelo site Mídia Sem Máscara não foram enviados pelo Deputado Federal Jean Wyllys. Publicação 3 de 3

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

Dever cumprido

ESCRITO POR OLAVO DE CARVALHO | 16 JULHO 2012
ARTIGOS - DIREITO

Em nota divulgada no seu site, o deputado Jean Wyllys reconhece que este jornal eletrônico publicou o seu desmentido, e anuncia que vai processar somente aquelas pessoas ou grupos que continuem a espalhar pela internet, sem esse desmentido, os dois e-mails falsos enviados em seu nome por meio de um provedor checo.

Já é alguma coisa. Mas não é tudo.

As palavras do deputado deixam a impressão de que o Mídia Sem Máscara simplesmente recebeu um desmentido e o publicou.

Na verdade, não recebemos desmentido nenhum, nem qualquer pedido de que o publicássemos.

Qualquer pessoa que veja falsas mensagens publicadas em seu nome num jornal eletrônico ou impresso tem como reação lógica, espontânea e quase obrigatória solicitar aos redatores a retificação do erro, exercendo nisso, sem mais delongas, o direito de resposta que a lei lhe assegura.

O Sr. Wyllys, surpreendentemente, não fez nada disso. Manteve-se em completo silêncio, apenas colocando na sua própria página do Twitter uma brevíssima notificação do ocorrido, da qual não recebemos nem cópia, e que só chegou ao nosso conhecimento por amabilidade de um leitor.

Imediatamente tomamos, por nossa própria e exclusiva iniciativa, as providências necessárias para localizar a fonte dos e-mails falsos. Tão logo identificamos essa fonte, denunciamos a fraude, sem que nenhuma solicitação nesse sentido nos chegasse da parte do Sr. Wyllys ou de seus assessores.

Se não fosse a intervenção daquele leitor gentil, teríamos permanecido no erro e estaríamos agora entre os ameaçados de ação judicial.

Não entendemos por que o Sr. Wyllys se omitiu de exercer o seu direito de resposta, nem por que agora ele deixa de reconhecer explicitamente que, até o momento, a única iniciativa concreta para restabelecer os fatos e defender a sua reputação partiu deste jornal – não dele próprio, nem de seus assessores. Se não fosse pela nossa investigação, o desmentido do Sr. Wyllys ainda estaria pairando no ar como uma simples asserção sem provas. Uma coisa é esbravejar que teve seu nome usado indevidamente: foi o que fez o Sr. Wyllys. Outra coisa é prová-lo – e disto nos incumbimos nós.

Não estamos pedindo que ele nos agradeça pelo simples fato de colocarmos nossa obrigação jornalística acima de eventuais desacordos ou desavenças que possamos ter com ele. Mas o fato é que até agora, neste episódio, fizemos mais pela boa imagem do Sr. Wyllys do que ele mesmo fez.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".