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sexta-feira, 9 de março de 2012

Quem divide a Igreja

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR GABRIEL VIVIANI | 07 MARÇO 2012
ARTIGOS - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

O site do Instituto Humanitas Unisinos tem apoiado abertamente a desobediência dos diretores da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP) que, chamados a adequar o currículo universitário ao texto da Constituição Apostólica ex corde ecclesiae, querem conservar sua “independência”. Conhecida por defender o progressismo católico e a esquerda radical, a PUCP contou, durante anos, com a presença de Gustavo Gutiérrez Merino, tido como o precursor da Teologia da Libertação.
Ora, se a Pontifícia Universidade Católica do Peru está longe de ser obediente às diretrizes do catolicismo, a Unisinos e todas as outras universidades católicas no Brasil encontram-se nesta mesma situação.

Recentemente, o Instituto Humanitas Unisinos publicou, no site, uma entrevista com Telia Negrão, coordenadora da ONG Coletivo Feminino Plural. O conteúdo é, como se deve supor, a repetição dos mesmos clichês esquerdistas a respeito do aborto como “direito” fundamental da mulher e do cristianismo como opressor do universo feminino.

Segundo Telia Negrão, sendo um problema de saúde pública, o aborto precisa ser legalizado no Brasil, vetando-se, antecipadamente, qualquer argumentação contrária à proposta:

"O aborto inseguro, por exemplo, é um problema de saúde pública, não tem que discutir, tem que acabar com o aborto inseguro, assegurando o acesso à educação sexual, planejamento produtivo, anticoncepção de emergência, informação, acesso ao misoprostol e ao
aborto seguro."

Neste ponto, o Instituto Humanitas Unisinos dá abrigo, em seu site, não somente à defesa do infanticídio, como também promove a secularização dos debates, ou seja, a censura prévia de qualquer posicionamento religioso. De fato, Telia Negrão diz ainda que pretende "desmascarar a falsa moral dos argumentos trazidos pelas religiões."

Poder-se-ia supor, talvez, que o posicionamento da coordenadora da ONG Coletivo Feminino Plural não representa o mesmo posicionamento da Unisinos. Não obstante, seguindo o discurso ideológico da Teologia da Libertação, a universidade e seu instituto, fundados por sacerdotes jesuítas, repetidas vezes já admitiram seu apoio às causas da esquerda, como o feminismo radical, o abortismo e aquilo que os teólogos da libertação chamam identidade de gênero (gayzismo).

Questiono: alinhar-se com a agenda do movimento revolucionário é obedecer à Constituição Apostólica ex corde ecclesiae?

Longe de serem centros de formação católica, tanto a Unisinos quanto a PUCP – ou seus similares brasileiros – são, na realidade, núcleos estratégicos do movimento revolucionário. Sequer poderiam ser denominadas católicas, já que desobedecem confessadamente a doutrina da Igreja, enquanto, em contrapartida, promovem as diretrizes dos partidos socialistas. Se a Igreja diz não ao aborto e também ao casamento gay, a Unisinos clama: Morte aos fetos e viva todas as políticas de gênero!
Cumpre-se, portanto, o objetivo da Teologia da Libertação: ser um contraponto ao que vem de Roma, divindindo a Igreja, e lançando-a, como consequência, no estado de confusão e paralisia. Os comunistas infiltrados são, de fato, os verdadeiros promotores da discórdia. São lobos em pele de cordeiro. São mentirosos desde o princípio.

Curiosamente, nestes últimos dias, o padre Paulo Ricardo, sem dúvida o principal representante do clero católico a dedicar-se com seriedade à defesa da ortodoxia, foi acusado, de modo covarde, de desobedecer ao Magistério. Tal acusação, é claro, não pode ter qualquer fundamento, pois ao contrário dos perniciosos militantes travestidos de sacerdotes (se é que usam batina), o padre Paulo Ricardo defende a vida, defende a fé, defende a Igreja.
Se a Igreja Católica contasse com mais homens como o padre Paulo Ricardo, aqui no Brasil, o catolicismo seria forte e resistente, ao invés de estar em frangalhos.

Gabriel Viviani é escritor e reside em São Paulo.

3 comentários:

gutenberg j disse...

Boa tarde

O articulista Viviani está correto ao dizer que centros de ensino outrora católicos deixaram de sê-lo. Não sei como a Igreja deixou que isso acontecesse, mas as universidades católicas são celeiros de esquerdistas, e dos mais rançosos.
Sei muito bem do que estou falando, pois sobrevivo com imensa dificuldade em meio a esse povo.
Não é fácil abordar certos temas e não lembrar-se, imediatamente, da Hitlerjugend.
No caso do Perú, a vitória do candidato alinhado com o Foro de São Paulo, que teve apoio de marqueteiros petistas, o ambiente é favorável à "conscientização" dos alunos.
Não devemos nos esquecer de que foi de uma universidade peruana que saiu o cruel líder do grupo terrorista maoista Sendero Luminoso, um prof. universitário (ora cumprindo pena de prisão perpétua), grupo responsável direto por mais de 50 mil mortes em uma década! Violentíssimo.
Certamente os parceiros do Foro de São Paulo -incluindo o Brasil- apoiarão as aventuras gramscianas em terras peruanas.
Gutenberg

Cristovam disse...

O Pe Paulo, verdadeiro instrutor católico, está sendo perseguido pela súcia dessa escatologia da libertação. Uma obra prima da desordem pregada pela mistura equivocada da fé com a ideologia. E se não houver um movimento forte contra essa praga, corre, os católicos, o risco de aos poucos deixarem de existir.

Anônimo disse...

É realmente lamentável. Pessoas que se dizem católicas defendendo idéias contrárias ao magistério da Igreja, são inimigos, que semeiam confusão, são muito piores que os inimigos externos.Apesar de tudo isso, tenho a impressão que as coisas estão melhorando, lentamente, mas estão. Bento XVI está ai, na luta! Vejo também muitos jovens, leigos e seminaristas tomando consciência da situação, conhecendo o verdadeiro tesouro da fé, e "Lutando",como dizem alguns, essa é a "geração Bento XVI". Rezemos,para que Deus nos ajude.

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".