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quinta-feira, 8 de março de 2012

Bebês recém-nascidos “não são pessoas” e podem ser mortos, afirma artigo de conceituada revista médica britânica

 

IPCO

5, março, 2012

Edson Carlos de Oliveira

A cultura da morte não dorme no ponto. Aproveitando-se das leis iníquas que permitem o aborto, ativistas procuram englobar o infanticídio como uma de suas formas, simplesmente alterando o nome da prática.

Dois “especialistas em ética” publicaram um artigo noJournal of Medical Ethics (23/2/2012) intitulado: “After-birth abortion: why should the baby live?“ (Aborto pós-parto: por que os bebês devem viver?) no qual defendem a tese de que matar um bebê nos primeiros dias de vida não é infanticídio mas “aborto pós-parto”.

Francesca Minerva e Alberto Giubilini, autores do texto, afirmam que os recém-nascidos, que eles comparam com fetos, não são pessoas por não ter consciência da sua própria existência, e por isso não possuem estatuto moral semelhante ao dos adultos.

Para eles, os pais teriam direito de assassinarem seus filhos se estes nascessem com doenças e malformações não detectadas durante a gravidez ou se os pais não tiverem condições psicológicas ou materiais para cuidarem do bebê.

Devido aos inúmeros protestos recebidos, o editor, Julian Savulescu, escreveu um artigo, no blog do jornal (28/2/2012), justificando a publicação. Ele afirma que a defesa do infanticídio, “que os autores chamam de aborto pós-parto”, não é nova e que o “objetivo do Journal of Medical Ethics não é apresentar a verdade ou promover algum ponto de vista moral (…). Os autores argumentaram, de uma forma provocadora, que não existem diferenças morais entre um feto e um recém-nascido (…). Se o aborto é permitido, o infanticídio deve ser também. Os autores procedem logicamente a partir de premissas que muitas pessoas aceitam e que muitas outras poderiam rejeitar”.

Ora, se os autores admitem que “não existem diferenças morais entre um feto e um recém-nascido”, a conclusão lógica deveria ser a de que não se pode matar nem um nem outro. E que, portanto, tanto o infanticídio quanto o aborto constituem assassinatos. De onde se vê a que abismos nos conduz a propaganda abortista: a matar inclusive recém-nascidos.

Se o infanticídio passa agora a ser chamado de “aborto pós-parto”, o que não diminui em nada a gravidade do crime, como passará, no futuro, a ser chamada a eutanásia? “Aborto pós-maturidade”? Ou melhor, de acordo com os clichês linguísticos da cultura da morte, “interrupção voluntária da vida”?

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A teoria marxista da “ideologia de classe” não tem pé nem cabeça. Ou a ideologia do sujeito traduz necessariamente os interesses da classe a que ele pertence, ou ele está livre para tornar-se advogado de alguma outra classe. Na primeira hipótese, jamais surgiria um comunista entre os burgueses e Karl Marx jamais teria sido Karl Marx. Na segunda, não há vínculo entre a ideologia e a condição social do indivíduo e não há portanto ideologia de classe: há apenas a ideologia pessoal que cada um atribui à classe com que simpatiza, construindo depois, por mera inversão dessa fantasia, a suposta ideologia da classe adversária. Uma teoria que pode ser demolida em sete linhas não vale cinco, mas com base nela já se matou tanta gente, já se destruiu tanto patrimônio da humanidade e sobretudo já se gastou tanto dinheiro em subsídios universitários, que é preciso continuar a fingir que se acredita nela, para não admitir o vexame. Olavo de Carvalho, íntegra aqui.
"Para conseguir sua maturidade o homem necessita de um certo equilíbrio entre estas três coisas: talento, educação e experiência." (De civ Dei 11,25)
Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ação. Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus atos: eles moldam seu caráter.
Cuidado com seu caráter: ele controla seu destino.
A perversão da retórica, que falseia a lógica e os fatos para vencer o adversário em luta desleal, denomina-se erística. Se a retórica apenas simplifica e embeleza os argumentos para torná-los atraentes, a erística vai além: embeleza com falsos atrativos a falta de argumentos.
‎"O que me leva ao conservadorismo é a pesquisa e a investigação da realidade. Como eu não gosto de futebol, não gosto de pagode, não gosto de axé music, não gosto de carnaval, não fumo maconha e considero o PT ilegal, posso dizer que não me considero brasileiro - ao contrário da maioria desses estúpidos que conheço, que afirma ter orgulho disso". (José Octavio Dettmann)
" Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. " Citação de Olavo de Carvalho em "Virtudes nacionais".