| 01 FEVEREIRO 2011
MEDIA WATCH - OUTROS
MEDIA WATCH - OUTROS
Gilberto Braga e a Rede Globo têm um assunto pronto para neutralizar sem debates, sem aporrinhações, a consciência do público: a história novelesca vai abordar a tão alardeada "homofobia".
Eu não costumo ver novelas na TV. Na verdade, não costumo nem mesmo ver a TV. O nível da programação é tão baixo e a desinformação dos jornais televisivos é tão assustadora, que me contento em ler os jornais locais impressos ou a internet (e olha que os jornais locais não são melhores). As pessoas falam dos personagens estúpidos do Big Brother Brasil? Ignoro totalmente. Quando me deparo com a figura do "Grande Irmão", sempre penso e tão somente em George Orwell e "1984". Convém afirmar, uma verdadeira novela política, um clássico do século XX, que denuncia a destruição da privacidade e individualidade humana pelo totalitarismo, agora é usado justamente para promover a destruição da privacidade e da individualidade. O povo transforma as bisbilhotices da vida privada de alguém em cotidiano. Faz daquelas criaturas idiotas como cobaias do bizarro no falatório comum. Fulano fez sexo com outro, fulano é homossexual, sicrana é prostituta. O grotesco fascina. E as revistas de fofocas ganham horrores com os personagens criados pela cultura do bizarro. A privacidade, como um valor supremo da individualidade, deixa de existir.
Se não bastasse o festival de inutilidades para idiotizar a cabeça do povo, o Jornal Nacional é um show de mistificações deprimentes. A última falsificação do mês foi a tentativa de colocar a culpa nos conservadores americanos do grupo "Tea Party", pelo atentado causado por um lunático no Arizona, que feriu uma deputada democrata e matou mais seis pessoas. A histeria recaiu sobre os republicanos da ativista "conservative" Sarah Palin, já que nos mapas apresentados para suas atividades políticas na internet, havia "alvos" desenhados nos estados americanos, dentre os quais, o do estado do Arizona, palco da tragédia. Os democratas e a esquerda americana estão ficando cada vez mais petistas na mentira. Exploram a tragédia de sua própria deputada em causa própria, sem o menor escrúpulo. No entanto, quando a polícia detectou um vídeo do YouTube gravado pelo atirador, descobriu que além do sujeito ser maluco, o mesmo declarava ter como livros de cabeceira algo evidentemente "conservador" , como o Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels e o Mein Kampf de Hitler. Alguém poderia revidar: - Mas Hitler não era direitista? Só no Brasil é que nacional-socialismo é considerado de direita, no sentido conservador do termo. Naturalmente pouca gente sabe que Hitler foi leitor entusiasta de Karl Marx e admirava os métodos de dominação de massa dos socialistas e bolchevistas, além de ter sido um apologeta do Estado total, dentro da cartilha marxista. Hitler nunca foi da direita conservadora, tal como Sarah Palin e os membros do "Tea Party", defensores do livre mercado, do Estado mínimo, do individualismo político jamais foram nazistas. Óbvio que a Rede globo e muitos articulistas de esquerda escamotearam o "Manifesto Comunista" nas leituras do assassino. Mas quem disse que o Jornal Nacional serve pra esclarecer ao público? O noticiário da Rede Globo é o Pravda em escala tupiniquim. . .a voz oficial do governo, que é de esquerda!
Se a agendinha esquerdista e politicamente correta ficasse apenas nos jornais, já seria grave por si só. Porém, a TV não se contenta com noticiários. Quer é moldar comportamentos, gostos e crenças do público, de forma sutil, através das novelas e demais programações. Ao que parece, o PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos), aquele calhamaço totalitário do PT assinado pelo ex-presidente Lula está sendo aplicado nelas.
A Rede Globo, no cúmulo da promoção da agendinha politicamente correta, apresenta a novela "Insensato Coração", com um número recorde de personagens gays. De fato, o autor do folhetim, o Sr. Gilberto Braga, já nos previne, em reportagem na Revista Veja, que "não haverá beijo gay. As telespectadoras não estão preparadas". Essa opinião reflete uma característica básica de degeneração moral, ética e psicológica da democracia. Os ativistas sociais não se prestam mais a discutir publicamente as idéias. Eles simplesmente impõem, através de sutilezas imperceptíveis e inconscientes, modos, crenças e costumes estranhos à própria população, através da educação, da mídia e do entretenimento. O povo não deve opinar ou refletir antes: primeiro, deve passar pela sabatina ideológica, para ser "doutrinado" a aceitar as idéias pernósticas das ONGs ou movimentos sociais, sem perceber que está sendo manipulado. Mesmo os chamados "debates" públicos sobre tais assuntos são jogos de cartas marcadas, cheios dos mais escandaloso unanimismo. Da campanha pró-aborto ao desarmamento até chegar à agenda cultural homossexual, o povo é entorpecido a aderir a concepções e modos que não acredita, através de uma insistência insidiosa de propaganda em massa. Na democracia entendida por eles, não vale a discordância, só a aceitação bovina. Enquanto isso, o outro lado que diverge é boicotado, perseguido e até criminalizado, sendo tal prática cópia fiel das velhas práticas stalinistas da União Soviética. "Preparação psicológica", na cabeça de Gilberto Braga, significa entorpecimento moral, indiferença ou aceitação tácita da homossexualidade como algo "natural", através da imposição lenta e indolor das cenas de uma novela. É claro que gente como ele teme a reação do público. Outras novelas já tiveram rejeição parecida ou até pior, quando outro folhetim teve que matar duas lésbicas, porque o telespectador médio respondeu profundamente mal à história.
Mas Gilberto Braga e a Rede Globo têm um assunto pronto para neutralizar sem debates, sem aporrinhações, a consciência do público: a história novelesca vai abordar a tão alardeada "homofobia". Criará personagens que supostamente vão ser agredidos ou hostilizados por homofóbicos imaginários e a novela será uma encenação de um mundo gay kitsch, onde há homossexuais felizes e homofóbicos malvados. Tudo, claro, para favorecer uma legislação nascente que criminaliza a aversão à homossexualidade. Eu digo, "imaginários", porque a histeria anti-homofóbica não sobrevive a uma análise séria da realidade. Os homossexuais no Brasil são muito respeitados. Há atores, músicos, poetas, estilistas, apresentadores, pintores, que jamais foram hostilizados por conta de sua homossexualidade. Pelo contrário, são até idolatrados, objetos de admiração e referência. E não pensemos que isso acomete aos famosos.
Já vi cidades inteiras do interior admiradoras de indivíduos homossexuais assumidos e que, inclusive, participavam de comemorações religiosas na Igreja Católica. Quando as famílias assistiam à passeata dos travestis no chamado Orgulho Gay, em São Paulo, carregavam o mesmo tipo de pensamento de velhinhas conservadoras que contemplavam os homossexuais no carnaval. O brasileiro médio, em geral, ama o pecador, mas odeia o pecado. Aceita os homossexuais, sem aceitar a homossexualidade. Constitui uma minoria bem insignificante as pessoas que odeiam realmente os homossexuais. E mesmo a maioria dessas pessoas odientas jamais agrediu ou matou um homossexual na vida. Grande parte dos assassinatos envolvendo gays é praticada pelos próprios, vide as brigas violentas com garotos de programa ou então a vida do submundo da prostituição. Isto porque há homicídios sem quaisquer motivações de ódio à vítima homossexual. Com todo esse histórico, a média de homossexuais perde, de longe, dos cálculos de mortos envolvendo heterossexuais em assassinatos.
Contudo, a militância homossexual não aceita tal rejeição. Quer a imposição compulsória de seus gostos e projetos políticos sobre a população, seja através da manipulação ou da intimidação. Quer leis especiais, privilégios, regalias, em nome da homossexualidade. Em nome da igualdade de direitos, os homossexuais fazem de si indivíduos distintos do resto, como se a sexualidade deles, em si mesma, demandasse direitos particulares. Os gays militantes podem reclamar da "discriminação sexual", ao mesmo tempo em que exigem tal discriminação, seja no tratamento especial, nos direitos, nas atribuições. No Rio de Janeiro, os militantes que elogiavam a criação de uma delegacia exclusiva pra gays são os mesmos que reclamaram quando se criou um banheiro específico para eles. Lógica absurda e infantil de criancinhas mimadas.
O movimento homossexual é intelectualmente desonesto e fraudulento: o sentido da palavra "homofobia" é generalizado e dilatado para criminalizar a aversão à homossexualidade, quase do mesmo nível que o ódio violento contra gays. E em nome disso, eles exigem uma legislação que viola frontalmente a liberdade de expressão e de consciência, através de uma confusão propositada de termos e práticas. De fato, já criaram precedentes para isso, através da ação de juízes, promotores e advogados, que forjam jurisprudências e falsas analogias para uma tipificação penal que ainda não existe. E criminalizam quaisquer discordâncias ao seu modo virulento de ação política, seja na mídia, como na educação.
Um exemplo disso foi o que ocorreu no Piauí, no ano passado, quando um professor foi demitido de uma faculdade, acusado de homofobia. Fundamentalmente, seu texto não pregava ódio aos homossexuais e sim as incongruências da homossexualidade no direito de família. O mero fato de opinar algo que vai de encontro à agendinha politicamente correta gay fez com que o sujeito fosse criminalizado e difamado, sem ao menos existir lei para isso. Perdeu o emprego e foi estigmatizado. Não será espantoso quando a população cristã for criminalizada por ler a Bíblia. O livro sagrado também será acusado de "homofóbico", tal como as opiniões do pobre professor.
A novelinha da Rede Globo quer nos convencer de que a crítica "homofóbica" deve ser censurada e os seus opinadores devem ir pra cadeia, ora porque são caretas, ora porque odeiam gays. Os militantes GLS querem inventar uma polícia política do pensamento sexual, vigiando idéias ou expressões contrárias. Como típicos puritanos fanáticos, querem policiar até ofensas e insultos jocosos aos homossexuais. Opinar contra eles é como matá-los.
As mulheres idiotas que assistem novelas estão dando ibope para um folhetim vagabundo cujo recado é censurar as crenças de seu próprio público. E não sou eu quem diz que esse público é idiota. O autor compartilha da minha mesmíssima opinião, quando afirma que "a telespectadora" (sic) não está preparada para suas idiossincrasias. Ele a trata como gado para declarar isso.
Gilberto Braga, o autor da novela, fez jus ao nome do folhetim que escreve: Insensato Coração. E por que não dizer, insensata cabeça? Pena que não é só a cabeça dele. A de seus telespectadores também. Opinião de sensato coração e sensata cabeça: desligue a TV, coloque os filhos pra dormir e mande a agendinha politicamente correta dos gays para o inferno!
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